Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
História

Menino de liceu

Esta história contém:

Menino de liceu

Vídeo

“Minha família é tradicional na Mooca e, como não podia deixar de ser, eu estudei num colégio do bairro. Esse colégio se chama Liceu Santa Cruz. Ele existe até hoje. Eu fui muito cedo para a escola. Eu via a minha mãe levando a minha irmã e queria ir também, queria por todo modo ir junto. Tanto insisti que minha mãe resolveu fazer teste, até com dor no coração, coitada, porque eu era muito novinho. Eu tinha pouco mais de dois anos. Mas enfim ela me levou lá no Liceu Santa Cruz e eu me saí muito bem no teste. Então entrei no colégio ali no início dos anos 80 e continuei estudando ali até a conclusão do segundo grau, médio hoje. Como eu fiquei esse tempo todo no mesmo lugar, fiz muitos amigos, muitos que conheci pequenininho e que cresceram comigo. Eu sempre morei no mesmo lugar: Avenida Paes de Barros, 1.136; e o Colégio devia estar no número 700, 600, sei lá. Ficava a duas quadras da minha casa. Então, desde muito jovem eu já ia a pé para a escola. Não ia sozinho porque tinha um amigo do prédio que também estudou nessa mesma época no Liceu. Ele morava no segundo andar e eu no sétimo, então a gente sempre se encontrava e ia junto para o colégio; estudava na mesma classe. E havia outros amigos que moravam no caminho também, então todo dia a gente ia encontrando o pessoal e chegando junto na escola. Era uma grande farra ir para a escola, era um momento de alegria. Para mim nunca foi chato ir para a escola. A gente encontrava os amigos e passava momentos bem legais. Outra coisa que me vem à memória é o momento de comprar o material escolar. Hoje as escolas quase que vendem um pacote. Não existe mais aquele ritual. Eu me lembro de ir com a minha mãe ao mercado do Yamauchi, que também é tradicional do bairro. Eles têm uma área no pavimento superior que é de brinquedos, papelaria, e a gente sempre estava comprando coisas por ali. Mas não que eu fosse caprichoso, porque nem eu, nem meus amigos éramos do tipo que liga...

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

P/1 – Bom, Marco, primeiramente eu gostaria de agradecer a sua participação. E pra começar eu gostaria que você me falasse o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Marco Alfredo Di Cunto Júnior, nascido em São Paulo capital em 14 de maio de 1980.

P/1 – Você pode me falar o nome dos pais?

R – Marco Alfredo Di Cunto, eu sou Júnior e Irene Soares Di Cunto.

P/1 – Tá certo. Você poderia descrever um pouquinho eles pra gente?

R – Com certeza. A minha família é maravilhosa, então, eu posso falar bem deles. Minha mãe é a grande responsável, ela sempre esteve com a gente. Minha mãe muito família, muito amorosa, muito cuidadora, sempre foi. Eu recentemente me casei e já to sentindo saudade dessa mãe, ela tava sempre coladinha com a gente. Minha mãe é uma grande guerreira, sem dúvida, um maravilhoso exemplo pra gente. De uma origem bastante humilde, uma família muito simples. Meus avós chegaram a trabalhar na roça, trabalharam na agricultura durante muitos anos. E minha mãe nasceu dentro dessa família com princípios muito fortes. Então, uma família grande, ela tem quatro irmãos e ela sempre cresceu vendo os pais trabalharem muito, trabalhar muito. E isso fez com que ela tivesse força pra tentar facilitar a vida dos pais – não sei se essa é a palavra – mas ela queria ajudar os pais de alguma forma; fazer com que eles trabalhassem menos, se desgastassem menos. Então, ela começou a trabalhar muito jovem. Tanto que dos cinco irmãos ela foi a única que conseguiu, com o próprio esforço, um título, um ensino superior, se tornou professora. Então, sempre correndo atrás daquilo que ela precisava. Ela mesma bancou os estudos dela, sem dúvida um exemplo muito forte pra mim e pra meus irmãos, com certeza. Então, ela ainda muito jovem foi trabalhar. Deixa eu lembrar algumas histórias da minha mãe que são muito interessantes. (risos) Antigamente, hoje não existe mais isso, é difícil. Vocês são...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.