Senhor Abílio e dona Irene, pais de Maria Isabel, moravam em Indaiatuba, mas como naquela época as crianças nasciam em casa com parteiras, sua mãe foi para de sua avó em Campinas, onde nasceu. Com quinze dias de vida, retornou para seu querido lar em Indaiatuba.
Ela era uma menina muito levada e curiosa, crescendo nesta cidade pacata, com ruas de terra, com poucos habitantes, onde todas as famílias se conheciam.
Ela e suas amigas, Sonia, Tereza, Ivone e Ana, brincavam o dia todo até anoitecer, e suas brincadeiras preferidas eram pular corda e jogar queimada. Maria Isabel adorava aquela vida livre e feliz.
Ás vezes ia à Campinas, visitar sua avó, em uma casa com quintal grande, onde passava a linha do trem e sua avó levantava a cancela para ele passar, enquanto ela ficava olhando da porteira.
Seu pai era carpinteiro, lia muito e também escrevia poesias, mais tarde, se tornou corretor de imóveis. Homem muito enérgico fazia questão que seus filhos estudassem. Assim, Maria Isabel foi crescendo incentivada por seu pai pelos estudos.
Sua mãe era dona de casa e também costurava roupas para as meninas ricas da cidade, pois, naquela época, não havia lojas de roupas prontas, somente de tecidos.
Uma de suas professoras inesquecível foi Dona Áurea Moreira da Costa, que a alfabetizou, uma mulher linda, de cabelos negros e compridos, sempre bem vestida - salto alto, saia preta justa com bolsos - um exemplo para a menina que a imitava enquanto criança na sua maneira de se vestir, agir... Na idade adulta, continuou a imitá-la até na profissão.
Dona Áurea era muito caridosa, fazia queijadinhas e as vendia para comprar enxoval para as crianças pobres.
Certa vez, Maria Isabel, teve que faltar à escola. Ficou em casa brincando de escolinha, e para imitar a professora, amarrou uma blusa de lã do lado avesso na cintura, pois assim ficaria idêntica à saia da professora, com as mangas no lugar dos bolsos laterais.
Naquela época, as...
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Senhor Abílio e dona Irene, pais de Maria Isabel, moravam em Indaiatuba, mas como naquela época as crianças nasciam em casa com parteiras, sua mãe foi para de sua avó em Campinas, onde nasceu. Com quinze dias de vida, retornou para seu querido lar em Indaiatuba.
Ela era uma menina muito levada e curiosa, crescendo nesta cidade pacata, com ruas de terra, com poucos habitantes, onde todas as famílias se conheciam.
Ela e suas amigas, Sonia, Tereza, Ivone e Ana, brincavam o dia todo até anoitecer, e suas brincadeiras preferidas eram pular corda e jogar queimada. Maria Isabel adorava aquela vida livre e feliz.
Ás vezes ia à Campinas, visitar sua avó, em uma casa com quintal grande, onde passava a linha do trem e sua avó levantava a cancela para ele passar, enquanto ela ficava olhando da porteira.
Seu pai era carpinteiro, lia muito e também escrevia poesias, mais tarde, se tornou corretor de imóveis. Homem muito enérgico fazia questão que seus filhos estudassem. Assim, Maria Isabel foi crescendo incentivada por seu pai pelos estudos.
Sua mãe era dona de casa e também costurava roupas para as meninas ricas da cidade, pois, naquela época, não havia lojas de roupas prontas, somente de tecidos.
Uma de suas professoras inesquecível foi Dona Áurea Moreira da Costa, que a alfabetizou, uma mulher linda, de cabelos negros e compridos, sempre bem vestida - salto alto, saia preta justa com bolsos - um exemplo para a menina que a imitava enquanto criança na sua maneira de se vestir, agir... Na idade adulta, continuou a imitá-la até na profissão.
Dona Áurea era muito caridosa, fazia queijadinhas e as vendia para comprar enxoval para as crianças pobres.
Certa vez, Maria Isabel, teve que faltar à escola. Ficou em casa brincando de escolinha, e para imitar a professora, amarrou uma blusa de lã do lado avesso na cintura, pois assim ficaria idêntica à saia da professora, com as mangas no lugar dos bolsos laterais.
Naquela época, as professoras iam à casa dos alunos faltosos para verificar o motivo da falta, e Dona Áurea foi até a sua casa.
Entretida com a brincadeira, Maria Isabel não percebeu a chegada da professora, que ao vê-la quase igual a ela, deu um grande sorriso. A menina ficou envergonhada e sua mãe explicou a professora o motivo de sua falta na escola.
O tempo passou e Maria Isabel cresceu. Apesar de esperta e curiosa, a menina apresentava algumas dificuldades de aprendizagem na escola.
Certa vez, quando estava na 4ª série, estudando com a dona Iolanda, fez uma prova de leitura e ficou curiosa para saber a sua nota.
Ela havia visto que a professora havia guardado a folha com as notas na sua gaveta, mas naquele tempo, ninguém mexia nas coisas da professora, ficando as gavetas e armários sem cadeados ou fechaduras.
Apesar disso, a curiosidade foi maior, e ela e sua amiga, esperaram todos saírem da sala, entraram e foram remexer nas provas. De repente surge a professora e as pega no flagra.
Como castigo, tiveram que escrever 100 vezes “Não devo mexer nas coisas da professora”. Seu pai ficou muito bravo, e aumentou o castigo, exigindo que ela escrevesse o dobro, 100 vezes pela professora e 100 vezes por ele. Naquele dia, Maria Isabel, ficou com a mão doendo de tanto escrever, mas aprendeu a lição.
Mas nem tudo em sua vida foi de felicidade. Quando Maria Isabel tinha 11 anos, seu pai faleceu e para criar os filhos sua mãe teve que se dedicar ainda mais a costura, para dar conta de criar as filhas.
Maria Isabel continuou os estudos, fez o Ginásio na Escola Estadual Randolfo Moreira Fernandes e o Colegial na Escola Estadual Dom José de Camargo Barros. Depois, cursou o Magistério em Itu, sempre com a ajuda e incentivo da mãe, porque não dava para trabalhar e estudar.
Depois que se formou Maria Isabel se casou. Teve dois filhos, Adriana, que seguiu a carreira da mãe, desde pequena a imitava em seus afazeres como professora e acreditem, também se formou professora e hoje leciona na escola que tem como patrona a professora que sua mãe tem ótimas recordações, “Dona Áurea Moreira da Costa”, e Marcelo, que é administrador de empresas.
Maria Isabel iniciou sua carreira, lecionando na Fazenda Santa Eliza, em Indaiatuba, onde ficava a semana toda e exercia várias funções: professora, merendeira.... e só voltava para casa nos finais de semana, de carona, na perua do padeiro, Sr. Laércio Mattioni.
Posteriormente, Maria Isabel, foi lecionar na Escola Àurea Moreira da Costa, até se aposentar, em 1989.
Hoje, Maria Isabel, é uma pessoa feliz. Realizada profissionalmente, curte os netos e mantém uma vitalidade invejável. É um exemplo a ser seguido.
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