O nome do entrevistado é Marcos Boulos, ele tem 76 anos. A primeira parte da entrevista é o Marcos contando um pouco sobre a geografia do país de onde o pai dele veio, o Líbano, e de como os países da Arábia foram colonizados por diferentes países da Europa. Na verdade, não eram países, eram tribos e grupos religiosos, era só nas capitais que realmente havia algo próximo de uma cidade. Depois ele conta como muitas famílias que migram para o Brasil mantêm o contato e visitam familiares no país de origem; e ele comenta que com a família dele não foi assim porque poucas pessoas ficaram no seu país de origem. Ele comenta que seu pai chegou ao Brasil em 1924. Ele fala sobre o cenário da vida dele quando a mãe do pai dele havia morrido; o pai se casou com uma outra mulher e logo após o casamento esta morreu, porém, como o pai tinha vários parentes no Brasil, ele resolveu vir para cá com os seus 4 irmãos. Então acontece a chegada do pai e de seus irmãos no Brasil, e mesmo sendo um choque com a mudança de país, foi algo leviano, porque todos da família que estavam no Brasil já sabiam francês e árabe. O pai dele morava em uma região onde havia muito comércio árabe, porém eles não eram comerciantes. Em um determinado período, todos os irmão viraram caminhoneiros, inclusive um dos irmãos dele ficou em São José do Rio Preto. Ele também teve muitos outros trabalhos, como: no mercado, em açougue, em um determinado momento ele criou uma empresa, depois ele foi gerente e revendedor. Isso tudo em outros estados do Brasil. Depois ele veio para São Paulo e comprou uma mercearia. Acordava às 5 da manhã e tinha que trabalhar duro, e depois de um tempo ele morreu. Em relação às tecnologias da época, não havia muita coisa, no máximo o rádio, e o avião estava sendo criado na época. O Marcos diz que uma coisa que sempre uniu muito a família era a comida, as festas e as danças; as mulheres eram criadas para cozinhar, e cozinhar para...
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O nome do entrevistado é Marcos Boulos, ele tem 76 anos. A primeira parte da entrevista é o Marcos contando um pouco sobre a geografia do país de onde o pai dele veio, o Líbano, e de como os países da Arábia foram colonizados por diferentes países da Europa. Na verdade, não eram países, eram tribos e grupos religiosos, era só nas capitais que realmente havia algo próximo de uma cidade. Depois ele conta como muitas famílias que migram para o Brasil mantêm o contato e visitam familiares no país de origem; e ele comenta que com a família dele não foi assim porque poucas pessoas ficaram no seu país de origem. Ele comenta que seu pai chegou ao Brasil em 1924. Ele fala sobre o cenário da vida dele quando a mãe do pai dele havia morrido; o pai se casou com uma outra mulher e logo após o casamento esta morreu, porém, como o pai tinha vários parentes no Brasil, ele resolveu vir para cá com os seus 4 irmãos. Então acontece a chegada do pai e de seus irmãos no Brasil, e mesmo sendo um choque com a mudança de país, foi algo leviano, porque todos da família que estavam no Brasil já sabiam francês e árabe. O pai dele morava em uma região onde havia muito comércio árabe, porém eles não eram comerciantes. Em um determinado período, todos os irmão viraram caminhoneiros, inclusive um dos irmãos dele ficou em São José do Rio Preto. Ele também teve muitos outros trabalhos, como: no mercado, em açougue, em um determinado momento ele criou uma empresa, depois ele foi gerente e revendedor. Isso tudo em outros estados do Brasil. Depois ele veio para São Paulo e comprou uma mercearia. Acordava às 5 da manhã e tinha que trabalhar duro, e depois de um tempo ele morreu. Em relação às tecnologias da época, não havia muita coisa, no máximo o rádio, e o avião estava sendo criado na época. O Marcos diz que uma coisa que sempre uniu muito a família era a comida, as festas e as danças; as mulheres eram criadas para cozinhar, e cozinhar para muita gente. No final, ele comenta que a inclusão não foi difícil, contando que a maior parte das pessoas do dia a dia deles já era árabe e oriental, então não teve muito preconceito e a inclusão foi fácil.
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