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História
Personagem: Fernando Selmi
Por: Museu da Pessoa, 29 de agosto de 2007

Música e pastifício

Esta história contém:

Música e pastifício

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IDENTIFICAÇÃO Meu nome é Fernando Selmi e sou nascido em Campinas no dia 12 de junho de 1954. FAMÍLIA Os meus pais são Marino Selmi e Cândida Ruas Selmi; os dois são falecidos. O meu pai nasceu em Picciorana, na Itália, Estado de Lucca, e a minha mãe nasceu em Portugal numa província chamada Trás-os-Montes. Meu pai veio da Itália com 15 anos. Ele nasceu em 1915, então sua chegada deve ter sido em 1930. O meu avô materno era ferroviário. Inclusive dizem que ele foi o maquinista da máquina blindada na revolução de 1932. Ele era o maquinista que levava os soldados na revolução. Meu pai conheceu a minha mãe, começaram a namorar e casaram-se em 1942. Tudo na minha família acontecia de seis em seis anos. O meu irmão nasceu em 1948 e eu, seis anos depois, em 1954. Somos apenas nós dois. E foi constituída a nossa família. O meu avô morreu com 106 anos; há pouco tempo, uns dez, quinze anos atrás. Eu convivi com ele desde criança. Ele ficou viúvo cedo e passou a freqüentar a minha casa. Eu passeava com ele, ele contava as histórias dos trens quando era maquinista da antiga Mogiana. Até andei bastante de trem com ele. O meu irmão quis ser padre, mas depois saiu. Acho que ele entrou no seminário com 10 anos de idade e ficou por nove anos. Era seminário de padre mesmo; hoje, por exemplo, o seminarista freqüenta a casa paroquial, estuda na PUC, faz Teologia. Naquele tempo, seminário era fechado, regime interno; ele nos recebia numa sala. Eu, minha mãe, meu avô e o meu pai íamos visitá-lo duas vezes por ano. Estou falando de 1964, 65. Eu tinha 10, 11 anos. Carro era muito difícil, nós íamos de trem. O trem demorava 12 horas para chegar. Fazíamos baldeação em Santa Rita do Sapucaí e pegávamos aquele trem maria-fumaça. Foi nessa máquina que o meu avô trabalhou quase a vida inteira. Ele ia me falando de todas as cidades nas estações em que o trem ia parando. Ele falava: “Tal cidade é...

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Dados de acervo

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P/1 - Senhor Fernando, por gentileza, o senhor poderia, por favor, dizer o seu nome completo, local e data de nascimento?

R - Fernando Selmi, eu nasci em Campinas, 12 de junho de 1954.

P/1 - Quais os nomes dos seus pais?

R - O meu pai chamava, os dois já são falecidos. Marino Selmi e Cândida Ruas Selmi.

P/1 - Qual é a origem da sua família?

R - O meu pai nasceu na Itália em _________[grafia não localizada], estado de Lucca e a minha mãe nasceu em Portugal numa província chamada Trás-os-Montes. E aí eles vieram. O meu pai veio da Itália com 15 anos. Ele veio para o Brasil

P/1 - O senhor lembra mais ou menos o ano que ele veio?

R - Ele nasceu em 1915. Então 1930, né? Aí ele conheceu a minha mãe que o meu avô era ferroviário, inclusive tem até uma passagem que o meu avô foi o maquinista da máquina blindada na revolução de 32.

P/1 - Que interessante.

R - Ele era o maquinista que levou os soldados na revolução já tão comentada. E aí ele conheceu a minha mãe e começaram a namorar e aí eles casaram em 1942 e aí tudo na minha família acontecia de seis em seis anos, né, porque o meu irmão nasceu em 1948 e eu nasci seis anos depois em 54. somos só nós dois, né? E aí a gente constituiu a nossa família, né? Quer que eu continue aí do falando do pastifício e tudo?

P/1 - Claro, por exemplo, o senhor disse que senhor seu pai era, o senhor seu avô era maquinista?

R - É o pai da minha mãe.

P/1 - Isso, o seu avô pai da sua mãe.

R - O meu avô materno.

P/1 - O senhor lembra deles?

R - R - Sim. O meu avô ele morreu com 106 anos e ele morreu faz pouco tempo, uns dez, quinze anos atrás. Eu tive toda a convivência com o meu avô desde criança. Depois ele ficou viúvo logo cedo, né, novo e aí ele passou a freqüentar a minha casa e eu passeava com ele e ele me contava as histórias dos trens que ele era maquinista da antiga Mogiana, né? E até eu andei bastante de trem com ele porque o meu irmão o meu irmão ele quis...

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