Memória Lello 70 Anos
Entrevista de Márcia Vavassori, José Antônio Farias, Edson Nascimento e Simone Leite
Entrevistados por Lucas Torigoe
São Paulo, 10 de outubro de 2023
Realização: Museu da Pessoa
Entrevista LELLO_RH001
Transcrita por Selma Paiva
Revisada por Genivaldo Cavalcanti Filho
(00:35) P/1 – Vamos começar. Gente, obrigado por vocês estarem aqui de novo.
A gente vai começar com as primeiras perguntas, então, começando com o Edson. A primeira pergunta é muito difícil: qual é seu nome, em que dia você nasceu e em que local foi?
R/1 – Meu nome é Edson Ricardo do Nascimento. Eu nasci em São Paulo, no dia seis de janeiro de 1970. E a outra pergunta?
(01:04) P/1 – A outra? A segunda, aí sim, é: qual é a sua história, um pouquinho antes de você chegar na Lello? O que você estava fazendo?
R/1 – Eu trabalhava na DPaschoal Automotivo, com suporte técnico também. Saindo de lá eu mandei meu currículo para o dono da empresa onde minha esposa trabalhava, o Manoel. Ele tinha trabalhado com o seu Almeida, passou meu currículo pro seu Almeida e ele me chamou pra uma entrevista. Ele coordenava a parte de tecnologia da Lello e me convidou pra vir trabalhar na Lello.
(01:59) P/1 – Em que ano foi?
R/1 – Foi em 1998.
(02:04) P/1 – E você conheceu a Lello como? Você já conhecia antes?
R/1 – Tinha uma filial perto, na Zona Norte. Eu sou nascido e criado na Zona Norte, tinha uma filial lá, então eu conhecia a Lello, sabia que era uma imobiliária que tinha no meu bairro. Basicamente, era isso que eu conhecia da Lello.
(02:26) P/1 – Eu vou só continuar um pouquinho aqui: como é que foi a entrevista, quando você chegou?
R/1 – Foi supertranquila. Na época, o Almeida não trabalhava direto na Lello, ele tinha um escritório e eu fiz a entrevista no escritório, com ele. Ele já devia ter pegado meu perfil com o Manoel, a minha esposa trabalhava já há muitos anos com o Manoel e ele trabalhou muitos anos com...
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Entrevista de Márcia Vavassori, José Antônio Farias, Edson Nascimento e Simone Leite
Entrevistados por Lucas Torigoe
São Paulo, 10 de outubro de 2023
Realização: Museu da Pessoa
Entrevista LELLO_RH001
Transcrita por Selma Paiva
Revisada por Genivaldo Cavalcanti Filho
(00:35) P/1 – Vamos começar. Gente, obrigado por vocês estarem aqui de novo.
A gente vai começar com as primeiras perguntas, então, começando com o Edson. A primeira pergunta é muito difícil: qual é seu nome, em que dia você nasceu e em que local foi?
R/1 – Meu nome é Edson Ricardo do Nascimento. Eu nasci em São Paulo, no dia seis de janeiro de 1970. E a outra pergunta?
(01:04) P/1 – A outra? A segunda, aí sim, é: qual é a sua história, um pouquinho antes de você chegar na Lello? O que você estava fazendo?
R/1 – Eu trabalhava na DPaschoal Automotivo, com suporte técnico também. Saindo de lá eu mandei meu currículo para o dono da empresa onde minha esposa trabalhava, o Manoel. Ele tinha trabalhado com o seu Almeida, passou meu currículo pro seu Almeida e ele me chamou pra uma entrevista. Ele coordenava a parte de tecnologia da Lello e me convidou pra vir trabalhar na Lello.
(01:59) P/1 – Em que ano foi?
R/1 – Foi em 1998.
(02:04) P/1 – E você conheceu a Lello como? Você já conhecia antes?
R/1 – Tinha uma filial perto, na Zona Norte. Eu sou nascido e criado na Zona Norte, tinha uma filial lá, então eu conhecia a Lello, sabia que era uma imobiliária que tinha no meu bairro. Basicamente, era isso que eu conhecia da Lello.
(02:26) P/1 – Eu vou só continuar um pouquinho aqui: como é que foi a entrevista, quando você chegou?
R/1 – Foi supertranquila. Na época, o Almeida não trabalhava direto na Lello, ele tinha um escritório e eu fiz a entrevista no escritório, com ele. Ele já devia ter pegado meu perfil com o Manoel, a minha esposa trabalhava já há muitos anos com o Manoel e ele trabalhou muitos anos com o Manoel, então foi um bate-papo superdescontraído. Depois, quando eu vim pra Lello, fiz uma outra entrevista, com a Sarita, na época, que era controle de gestão e dois dias depois eles me chamaram pra participar do quadro.
(03:17) P/1 – E você entrou fazendo o quê?
R/1 – Eu já entrei no suporte e alguns meses depois já comecei a coordenar o departamento e a estruturar, porque o departamento ainda era um pouco descentralizado. Cada equipe de suporte cuidava de um determinado produto: DataFlex, Rede Novell. Entrei com a função de aglutinar, juntar todos esses sistemas e fazer um suporte só.
(03:53) P/1 – Entendi. E você começou a trabalhar em que filial, que área?
R/1 – No início eu fiquei na filial Jardins. O suporte eu comecei lá, na filial Jardins. Depois de um tempo a gente montou o departamento na Vila Mariana, depois a gente foi pra sede.
(04:14) P/1 – Entendi. Obrigado. Vou passar, então. Já voltamos. Simone, qual o seu nome completo, onde você nasceu e em que dia foi?
R/2 – Meu nome é Simone Leite de Oliveira Constantino. Eu nasci aqui em São Paulo, no dia 25 de novembro de 1968.
(04:34) P/1 – Você se lembra quando foi a primeira vez que você viu a palavra Lello, soube da empresa?
R/2 – Foi quando agendaram a entrevista comigo. Primeiramente, na época, foi a Roseli que fez esse contato. Eu fui até lá, pegaram a minha experiência e logo depois ela agendou uma outra reunião, com a gerência.
Nessa época, eu até falo brincando pro pessoal, eu fui sabatinada. Fiquei sentadinha lá e à minha volta estava o Couto, o Almeida, a Sarita e o Ricardo, que na época era gerente também. Eles ficaram lá, cada um fazendo uma pergunta em relação à experiência que eu tinha em Departamento Pessoal. Fizeram a entrevista, tiraram as dúvidas e logo depois… Passou alguns dias, entraram em contato comigo, informando que eu tinha sido aprovada pra vaga.
(05:32) P/1 – E você tinha quantos anos, nessa época?
R/2 – Tinha 27.
(05:36) P/1 – Já tinha trabalhado na área, antes?
R/2 – Sim, sim. Eu venho da do ramo de terceirização. É um ramo que, como condomínios, tem muitos funcionários que prestam serviço, então era área correlata, como escritório de contabilidade, no ramo de terceirização também. Eu vinha com experiência de dez anos, já, cinco anos em duas empresas, cada uma.
(05:57) P/1 – E você entrou lá em que área?
R/2 – Entrei no Departamento Pessoal mesmo. Eu não sei se eu era coordenadora, ou encarregada, mas de Departamento Pessoal.
Na época, cada filial tinha um encarregado que cuidava daquele número de clientes daquela filial. Quando eu comecei a trabalhar, a pessoa anterior a mim tinha saído e eu assumi o departamento, junto com uma assistente.
(06:26) P/1 – Em que ano foi e em que filial você começou a trabalhar?
R/2 – Comecei na filial Jardins, por isso que a gente tem mania de falar que a filial Jardins, na época, era...
R/1 – ... o top.
R/2 - ... a filial modelo. Na realidade, eles a tinham como filial modelo, então todos os eventos, tudo que acontecia normalmente era na filial Jardins, mesmo. Não tinha a sede ainda, a Casa Lello veio depois.
Comecei a trabalhar lá, na filial Jardins, em maio de 1996. Tinha saído da empresa em que eu estava antes, fiquei três meses parada, aí eu comecei a trabalhar lá.
(06:57) P/1 – Começaram pertinho, também.
R/2 – É. Tanto que, quando ele começou, eu já estava lá e a gente se conheceu. A gente se conhece, sempre conversa, começa a lembrar das coisas que aconteceram naquela época, as pessoas que passaram por lá. A gente sempre tem essas conversas.
(07:16) P/1 – Essa filial existe ainda?
R/2 – Hoje não. Por conta da pandemia a Lello [se] reorganizou e agora tem as hubs, mas a filial, até acho que ano passado...
R/1 – Fechou acho que ano passado.
R/2 – É. Até o ano passado ainda existia, mas aí reestruturou e está tudo na hub, agora.
(07:33) P/1 – Qual era o endereço dessa filial?
R/2 – Era [Rua] Estados Unidos, 716.
R/3 – Esquina com a [Avenida] 9 de Julho, praticamente.
R/2 – É, exatamente.
R/1 – É, tinha um Banco Santander e a Lello era do lado.
R/2 – Exatamente.
(07:46) P/1 – Entendi. Aqui perto de onde a gente está.
R/2 – Trabalhei lá, fiquei lá uns dois anos. Depois surgiu a oportunidade, entrou um gerente de RH, que era o José Maria, e ele precisava de uma pessoa pra coordenar as filiais, auxiliá-lo; ele me deu oportunidade e me transferiu para lá, pra central. Eu fiquei lá na casa, mesmo, na Paes de Barros. No começo era a casa.
(08:12) P/1 – Entendi.
R/2 – Fiquei lá, até... Estou até hoje. Fui assumindo outras responsabilidades. Entrei como encarregada, depois passei a supervisora. A empresa foi crescendo e eu, junto com a empresa, também. Hoje eu sou gerente do Departamento Pessoal.
(08:32) P/1 – Maravilha!
R/4 – Meu nome é José Antônio Cordeiro Farias. Eu nasci em Pernambuco, em treze de junho de 1961.
(08:49) P/1 – Em que cidade de Pernambuco você nasceu?
R/4 – Pesqueira.
(08:52) P/1 – Ah, em Pesqueira? Minha mãe é de lá, também.
R/4 – É?
(08:54) P/1 – É.
R/4 – Vai ver que nós somos parentes!
(08:56) P/1 – É, a gente conversa disso. Engraçado, minha mãe é de lá. Eu cresci lá, também.
R/4 – Em Pesqueira você cresceu?
(09:05) P/1 – Em Pesqueira, até os sete anos de idade.
R/1 – Eu vim com cinco. Conterrâneo!
(09:11) – P/1 – A gente tem uma conversa depois.
R? – Mundo ‘grande’, né? (risos)
(09:15) P/1 – Seu José, vamos lá! Você veio pra São Paulo quando?
R/4 – Que eu me recordo, foi em 1966. Eu tinha cinco anos.
(09:27) P/1 – E você conheceu a Lello, como foi?
R/4 – (risos) A Lello foi... como é que eu falo? Não conheci, porque tem uma senhora que era vizinha e aí ela trabalhava [lá], era copeira. Ela falou pra minha mãe me ‘tirar da rua’ e me ‘jogou’ na Lello. (risos) E fui pra Lello.
(09:50) P/1 – Com quantos anos?
R/4 – Isso em 1977.
(09:55) P/1 – Você tinha...
R/4 – Quinze anos.
(09:58) P/1 – Como assim, ‘na rua’? Você estava fazendo o quê? Estava andando por aí?
R/4 – Bola. Era bola, só. Era garoto.
(10:05) P/1 – E você cresceu onde, em que bairro?
R/4 – No bairro de Vila Ema.
(10:12) P/1 – E tinha uma Lello lá perto?
R/4 – Não. A Lello, quando eu entrei, naquela época era na [Avenida] Paes de Barros e só tinha uma filial, no Tatuapé. As outras filiais...
(10:24) P/1 – Você entrou em 1977, então o senhor foi trabalhar na Paes de Barros, não é isso?
R/4 – Na Paes de Barros, 1306.
(10:32) P/1 – E como é que o senhor fazia pra ir pra lá?
R/4 – Era ônibus.
(10:39) P/1 – Entrou com que função? O que o senhor fazia?
R/4 – Naquela época era office-boy, né? Quando eu entrei na Lello trabalhei dois dias de office-boy e aí fui trabalhar na área de locação, [como] arquivista, aí foi indo. Trabalhei [por] seis anos na locação. Naquela época a Lello estava montando departamento de condomínios, então tudo que é lugar na área da Lello eu passei. (risos)
(11:16) P/1 – Como era ser office-boy, nessa época?
R/4 – Era muito ‘de boa’, porque eu trabalhei dois dias, mas era... (risos). Você ia pro Centro. Se eu não me engano o metrô na Sé ainda estavam montando. A gente fazia cartório, banco. Era tudo.
(11:40) P/1 – E quem aceitou você lá dentro? Teve uma entrevista, alguém conversou com você?
R/4 – Não, porque quando essa pessoa me apresentou… Cheguei lá, no dia seguinte já mandaram trabalhar: “Vem pra cá”. Não gostei muito, porque trabalhar naquela época era complicado, mas aí fui ficando e estou aqui até hoje.
(12:08) P/1 – Foi passando de que função pra qual função, que cargo?
R/4 – Bom, eu entrei, fui office-boy, trabalhei dois dias, depois trabalhei na área de locação [por] oito anos. [Era a] época da máquina de escrever, acho que não é do seu tempo. Depois da locação trabalhei no DP, área do Departamento Pessoal, depois fui pra área de condomínio e depois fui pra área de TI - na época, era CPD que chamava, né? Era logo que a Lello... Acho que em 1980, se não me engano, 1979, 1980 estava montando o Departamento de Processamento de Dados, aí eu fui pra lá. Pra mim foi até bom, porque eles precisavam, na época estava implantando. Como eu passei por vários lugares, [isso] ajudou bastante o pessoal que estava desenvolvendo. E aí fiquei e estou até hoje.
(13:11) P/1 – E quantos anos de empresa você tem?
R/4 - Quarenta e cinco.
(13:14) P/1 – Você está em qual filial agora?
R/4 – Eu estou na [Rua do] Oratório, em Operações. O primeiro emprego, porque... Você dá risada? Mas ficou o quê? Desses 45... A minha vida toda, praticamente, foi lá dentro da Lello.
(13:43) P/1 – E o senhor vai se aposentar em breve, ou ainda está pensando?
R/4 – Não, eu já me aposentei. Aposentado, mas continuo trabalhando. E tem que trabalhar, porque os boletos chegam, né? (risos)
(14:03) P/1 – Está certo. Vou passar, então, pra Márcia e depois a gente volta. Qual é o seu nome completo, local e data de nascimento?
R/3 – É Márcia Regina Servente Vavassori. Nasci em 28 de junho de 1968, em São Caetano do Sul.
(14:20) P/1 – Legal. [Quando] você começou a trabalhar na Lello, você já estava em São Paulo, então, é isso?
R/3 – Sim. Eu sempre morei em São Paulo, só nasci lá. E sim, quando eu comecei na Lello, eu já estava por aqui, em São Paulo.
(14:37) P/1 – Entendi. Como é que você soube da Lello, na época?
R/3 – Eu trabalhava na Paes de Barros, no finzinho da Paes de Barros, quase com a Rua da Mooca, numa escolinha, como se fosse uma creche. Eu era ajudante da ajudante da professora, né? (risos) Cuidava lá de crianças. Era meio período, eu era nova.
Eu passava de ônibus em frente à Lello, na Paes de Barros, 1229, e vi uma placa: “Precisa-se de Recepcionista”. Parei, fiz a entrevista, fiz uma ficha. Nem entrevista eu fiz, fiz uma ficha. No dia seguinte me chamaram, bati um papo com o diretor da época e no mesmo dia eu fui contratada, como recepcionista.
(15:23) P/1 – E você já conhecia a Lello antes, porque você trabalhava ali perto?
R/3 – É, eu passava em frente e via. Tinha [os números] 1229 e 1306, porque eram duas casas divididas ali. A gente passava, eu via aquela empresa bonita, grande, chamava atenção.
(15:42) P/1 – Entendi. Você entrou como recepcionista, é isso?
R/3 – Entrei como recepcionista, na área de locação. Éramos eu e mais uma pessoa e a gente fazia os atendimentos todos: atendia os inquilinos que queriam alugar, os que já eram inquilinos, que queriam boleto de aluguel.
A gente fazia contrato, tudo, na época, como o Zé falou, na máquina de escrever. A gente datilografava os contratos, os boletos. Imagina, os boletos de aluguel não saíam... Eles iam pelo correio, mas se extraviavam a pessoa ia lá pegar uma segunda via. A gente tinha que datilografar em três vias, com carbono. Os contratos também, né? Coisa de louco.
Foi o início da jornada, em 1986. Eu tinha dezessete anos, nem tinha dezoito anos completos. Entrei em janeiro e fiz dezoito em junho.
(16:41) P/1 – E como era receber as pessoas, na época? Teve algum caso que você lembra, de...
R/3 – Ah, a gente tem vários casos. Acontecia de tudo, mas era um pouco diferente, não é como hoje. As pessoas não eram, sei lá, tão exigentes, se a gente pode falar assim; eram mais pacientes. Fazia aquela fila, a gente pensava até em pôr televisão, pra agradar as pessoas que ficavam esperando ser atendidas. Totalmente fora dos padrões. Mas era interessante. Trabalhar com o público é sempre muito desafiador, interessante.
(17:25) P/1 – Você ficava o dia inteiro digitando também?
R/3 – O dia inteiro digitando. Eu acho que fui a primeira que ganhou uma máquina elétrica. Era top da inovação, na época.
R/2 – Quem não pegou, né?
R/3 – E a gente fazia isso: atendia as pessoas, recebia aluguel, mexia com dinheiro...
(17:44) P/1 – Já era uma responsabilidade.
R/3 – É, mas era uma realidade diferente. As coisas, o sistema era diferente, a operação era diferente. A empresa estava começando, ali... Começando, não, mas estava no caminho de...
R/4 - ... crescimento.
R/3 - ... de crescimento, de organização, né?
(18:02) P/1 – Você começou na Paes de Barros mesmo?
R/3 – Comecei na Paes de Barros e segui por várias áreas. Depois disso eu fui ajudar, trabalhar com os advogados, na renovação de contratos. Depois fui pra Vila Mariana, como coordenadora de locação. Trabalhei na [filial] Jardins como corretora de imóveis de alto padrão, na época, e foi passando, até que eu consegui ser promovida pra gerente de locação da Mooca; fiquei bastante tempo lá.
De uns anos pra cá a gente fez uma reestruturação e eu assumi toda a área de relacionamento com o cliente. Já são 33 anos na Lello.
(18:52) P/1 – Nesse caso, então, pelo que eu entendi você estava sempre trabalhando com as pessoas?
R/3 – Sempre com pessoas, sempre com atendimento. Trabalhei muito na Mooca, a gente... Na Mooca não, na locação. Como eram várias filiais, a gente tinha um formato que era tanto a área comercial quanto relacionamento numa única gestão. Desde a parte comercial, depois que o inquilino alugava a gente fazia toda a gestação, durante a locação, era uma gestão única. Então, a gente tinha todo esse viés também pra área comercial, mas cuidava do processo como um todo, desde que ele entrava até o momento da saída. Depois a gente mudou a estrutura, mas sim, sempre [trabalhei] com pessoas, sempre [com] atendimento, porque é o nosso core - o relacionamento com cliente, cuidar dessas locações, interagir com as pessoas. É muito legal.
(19:47) P/1 – Bacana. Eu vou finalizar essa primeira rodada, então, por agora. Vamos voltar agora pro Edson. Essa pergunta a gente pode responder agora, ou depois também, durante o resto da nossa conversa, mas na sua história da Lello você teria algum dia, algum acontecimento, alguma pessoa que te marcou bastante? Acho que tem, obviamente, mas teria alguma coisa que você queira contar pra gente agora, que vem na sua cabeça?
R/1 – Bom, a Lello se confunde muito com a minha história, do meu casamento, da minha família, porque eu entrei na Lello [quando] eu tinha acabado de casar, casadinho de novo. E logo que eu entrei na Lello, alguns meses [depois], minha esposa ficou grávida, então minha filha, desde quando eu trabalho aqui, foi criada comigo trabalhando na Lello. Hoje ela já é formada, já trabalha.
Praticamente a minha história, do meu casamento, se resume à história da Lello, se fundem, praticamente. E a Lello, pra mim, como pessoa, foi tudo, porque tudo que eu tenho, toda a minha história, do meu casamento, da minha família, dos meus filhos, foi passada aqui dentro da Lello. É mais ou menos isso.
A Lello tem hoje aquele [slogan] “Viver Une”, então a minha união matrimonial se confunde com a história da Lello. É isso, mais ou menos, que é a minha história.
(21:56) P/1 – E tem alguma pessoa que, pra você, foi muito importante na sua carreira, dentro da Lello?
R/1 – Sim, o seu Almeida. [Foi] ele que me contratou e que me conduziu por muito tempo aqui, na Lello. [Por] muito tempo ele me coordenava aqui dentro, me deu muito ensinamento. Ele é uma pessoa muito, assim... Um cara muito inteligente, sempre pensando ‘fora da caixinha’, como falam hoje. Ele era meu mentor, aqui dentro da Lello, e por muitos anos eu tive o apoio dele, aqui dentro. Ele foi a pessoa que mais me marcou, aqui dentro da Lello.
(22:41) P/1 – E o que ele fazia? Ele não está mais na Lello, né? É isso?
R/1 – Não, hoje o seu Almeida não está mais na Lello, mas ele era como se fosse um CEO da Lello. Ele que dava todas as coordenadas, que fazia todos os projetos. Inclusive a gente estava falando, o primeiro programa que ele implantou aqui na Lello foi o PLAT, o Programa Lello de Atendimento. Eu lembro muito bem que todos os colaboradores que tratavam com o cliente tinham os pedidos, em vez de ser CI [comunicação interna]...
R/2 - Ou ligar, né?
R/1 - ... cadastrava no sistema...
R/2 – Já caía na...
R/1 - ... ia um pop-up pra ele: tem um novo atendimento. Foi ele que introduziu isso na Lello. O último projeto dele na Lello foi a pasta de prestação de contas.
R/2 – Exato, que foi uma inovação.
R/1 – Ele era um cara muito pra frente do nosso tempo, aqui. Todos os sistemas da Lello, até o fim, passavam pela cabeça dele, vinham da cabeça dele.
(24:03) P/1 – Entendi. Eu vou passar, então, e a gente já volta pra roda.
Simone, você tem alguma pessoa, algum dia que te marcou mais na Lello, alguma história que te contaram? O que vier na sua cabeça.
R/2 – A minha vida, como a do Edson também, se mistura com a da Lello, porque eu estou aqui há 27 anos. O meu filho nasceu aqui, só faltou vir brincar aqui dentro, com o pessoal. Meu casamento não, porque eu já era casada, mas meu filho nasceu aqui, eu me formei aqui, fiz faculdade, estudei, tudo isso aqui dentro. Tudo que eu tenho foi o trabalho da Lello que me ajudou a ter. Então, eu não posso [dizer]: “Ah, não...”. Eu gosto, tanto que eu sempre falo pras pessoas: “Eu amo o que eu faço e eu gosto, adoro, amo muito trabalhar na Lello”.
Às vezes a pessoa fala: “Ah, mas...”. Eu gosto de fazer o que eu faço, atender cliente, ver um problema e pegar, pra resolver. Tem uma situação, o cliente precisa de ajuda, você vai até lá, faz uma reunião, resolve o problema dele. A satisfação que o cliente tem… Isso, pra mim, é muito bom. E estar sempre atualizada, pra poder ajudar o cliente, pra mim é muito importante.
Além disso, uma coisa que eu lembro muito foi a primeira vez que a Lello - nosso termo técnico seria compra de carteira – comprou uma carteira, quando a gente praticamente aprendeu como fazer, que era uma coisa nova. A Lello viu uma administradora que estava interessada em vender a sua carteira e [foi] uma das coisas que me marcou, porque [era] uma coisa muito nova, não existia, praticamente, no mercado.
Uma coisa é você ir no mercado e pegar um condomínio aqui, outro ali; uma coisa é você pegar cinquenta, cem condomínios e integrá-los dentro da Lello. Foi uma coisa, pra mim, muito inovadora, muito diferente. Tive que aprender e entender como atender esses clientes, como fazer esses clientes entrarem aqui e não sentirem a diferença, porque o mais importante é isso: entrar na carteira, entrar na Lello e não sentir que saiu de uma administradora e veio pra outra. [É] o contrário: veio e foi normal, conseguiu se adaptar, a Lello conseguiu atender.
Isso, pra mim, é um diferencial que eu vejo e que a gente aprendeu muito; da primeira compra até hoje, a gente hoje está praticamente craque, né? Estamos craques nisso.
Essa é uma coisa que eu vejo que a gente vivenciou. Outra coisa também que eu vejo como uma vivência foi quando a gente mudou, saiu da casa e foi para o prédio. Pra mim foi uma mudança. A Lello, pra mim, dentro do que eu penso, saiu de uma casa, onde todo mundo trabalhava ali de uma forma...
R/4 – ... amontoado.
R/2 – ... muito diferente. Aí você vai pra um condomínio, um prédio com cinco andares... Seis andares, com divisões: área de diretoria, área de locação, área de condomínio. Pra mim também foi um ponto bem... E foi bem a virada de 1999 pra 2000.
Eu lembro bem disso: cada um com sua sala, móveis, tudo novo. Pra nós era uma coisa: “Estamos nos profissionalizando mais ainda”.
(27:40) P/1 – Mudou de patamar?
R/2 – Exato. Pra mim foi uma linha de corte bem legal, mesmo.
(27:45) P/1 – E teve alguém, algumas pessoas que você ficou mais próxima durante esse tempo de trabalho, que te ajudaram mais?
R/2 – Eu tive o José Maria, que foi meu chefe direto, na época que eu vim pro CA, que eu trabalhei na central. Com ele eu aprendi muito. Trabalhou comigo [por] mais de dez anos, bem mais. Hoje ele não está mais na empresa; é uma pessoa que me ajudou muito. Depois dele eu tive mais dois chefes, dois gerentes que me deram aprendizado também, um foi o Altair e o outro foi o Coletti, que hoje é meu diretor. Cada um no seu tempo foi me ensinando, me orientando e um aprendizado. São pessoas diferentes, com aprendizados diferentes.
(28:36) P/1 – Você supervisiona, cuida das pessoas novas, que entram na Lello. Passam por você, ou não?
R/2 – Na realidade, eu cuido de condomínios. Os funcionários que trabalham nos condomínios têm que ter um Departamento Pessoal por trás, que faz toda a gestão de admissão, demissão, férias, folha. Essa gestão é nossa, tem uma equipe e a gente gerencia essa equipe.
A parte do RH, do corporativo, que a gente fala, no começo eu cuidava também; depois, a empresa foi crescendo e acabou que dividiu-se, então: “Fica com o cliente e agora vai ter um corporativo aqui, que vai ter um gerente”. Abriu-se essa possibilidade e aí fiquei com o Departamento Pessoal do cliente, sempre voltado pro cliente.
(29:24) P/1 – Legal. Vamos passar, então, agora, pra você, seu José. Teve algum dia, alguma pessoa, alguma coisa que aconteceu que te marcou mais, na empresa?
R/4 – Não, porque eles já falaram quase tudo. É o primeiro emprego, estou [nele] até hoje e tudo eu aprendi na Lello. Entrei como garoto, fui me formando um jovem, depois fui virando adulto e casei também, tudo, na Lello, então minha vida está dentro da Lello. O seu José Roberto e o Couto sempre, também, ficavam... Naquela época eu era muito garoto, principalmente o José Roberto pegava muito no meu pé, porque... Eu o tenho praticamente como um pai; [ele] me orientou, porque era difícil, naquela época, um garoto ir… [A empresa] estava crescendo, já tinha um formato de crescimento e aí fui aprendendo. Eles me orientaram muito, muito.
(30:37) P/1 – Eles te orientavam como? Davam conselhos?
R/4 – Sim. Conselhos, setor, como lidar com as pessoas… Foram formando a gente, foram moldando, dando parecer do que queriam na empresa, que estava crescendo. Eu fui aprendendo um pouquinho sobre o setor e estou aqui até hoje.
(31:06) P/1 – E tem alguma pessoa... Você falou alguns nomes, mas pra você quais foram as pessoas mais próximas que trabalharam com você, que você lembra mais, que você, de repente, sente saudade de encontrar?
R/4 – Da época quase todo mundo saiu, já, da empresa. Tem a Márcia, que pegou também um pedaço…
R/3 – (risos) A Ivete, né?
R/4 – A Ivete, que era da secretaria, a secretária do Couto, é da minha época também.
R/3 – A Elaine, né?
R/4 - A Elaine, que não veio hoje. Dá pra contar nos dedos, é meia dúzia de pessoas dessa época. E o pessoal hoje é tudo gente nova, né?
(31:57) P/1 – Pouca gente que está desde os anos setenta, então. É isso?
R/4 – Isso. Deve ter meia dúzia, dá pra contar. A maioria, depois, é tudo de noventa pra cá.
(32:10) P/1 – Certo. A gente volta já, aqui, também, com vocês.
Márcia, então, a mesma pergunta: tem algum dia, ou alguma pessoa que te marcaram mais, alguma conquista, algum desafio que moldou você aqui, na Lello?
R/3 – Eles falaram bem. Não tem como dissociar a vida da gente com essa trajetória da Lello, porque são muitos anos convivendo aqui. Na Lello eu me tornei adulta, conheci meu marido aqui, me casei e a gente vira uma coisa só, né? Tudo que a gente cresce como pessoa, como profissional, tem tudo a ver.
A Lello é uma empresa de muita idoneidade, de muita honestidade e ela sempre tem pessoas engajadas com esses propósitos. É legal, porque tem muita gente antiga. Pode não ter muita gente de oitenta e tal, mas tem muita gente que já está na Lello há dez, quinze anos. Isso é muito comum na Lello, em todas as áreas, então a gente não tem como desassociar.
Vários momentos foram importantes. A sede, quando a gente mudou pro Edifício Millenium foi, de fato, um marco, porque é como se a gente tivesse saído do caseiro, pra ir pro profissional.
R/2 – É bem isso.
R/3 - E foi desafiador, porque a gente tinha que ter um novo comportamento, novas atitudes, olhar o cliente diferente e foi um momento muito bacana.
Várias pessoas passaram. A Lello tem uma história de nomes fortes: o seu Luís Lello, que foi o fundador; seu Algirdas Balsis. Sempre teve diretores muito competentes, muito inovadores, o próprio Almeida e várias pessoas, mas eu falo que o meu mestre é o José Roberto [de Toledo]. Ele entrou, veio pra Lello em 1972, logo em 1976 já virou sócio e ele é um empresário de visão. Ele já tinha propósitos claros, era inovador pra época; tudo que a gente fez na locação, em especial, tem o olhar dele. O olhar, o direcionamento, a vontade de fazer diferente.
Hoje ele continua sendo uma pessoa que quer inovar, que abre espaço pras pessoas darem opinião e pensar diferente; ele é muito motivador, nesse sentido. Pra mim, sempre foi um mestre e o precursor.
Eu acho que a Lello não teria esse sucesso hoje se não fosse pelo olhar dele, do José Roberto, que desde muito jovem já tinha esse viés de empresário, de empreendedorismo. É um mestre pra gente.
(35:30) P/1 – Bacana. Eu vou, então, fazer umas perguntas gerais.
R/1 – Você sabe que tem uma palavra, hoje, que é muito usada pela juventude em geral: ‘deu match’. Eu acho que a minha história com a Lello ‘deu match’. Resumindo, é mais ou menos isso: ‘deu match’.
(35:58) P/1 – Vocês acham que em outra empresa vocês não iam ser felizes, então?
R/1 – Poderia ser, mas não sei, a Lello é... Tem alguma coisa aqui que encanta. E os nossos presidentes, o Couto e o Zé Roberto, são muito humanos, pessoas boas. Isso faz a gente se apegar mais - eu, pelo menos.
R/4 – Eles cuidam bem, se você olhar.
R/1 – Cuidam da gente. É uma família.
R/4 – Eu sou suspeito pra falar alguma coisa, porque eu cresci lá, com eles. Mas é uma atenção com a gente! Eu, principalmente, na minha época, nossa! Tudo era o Couto e o Zé Roberto, eles tinham muita atenção com a gente. Tinham, não, devem ter, ainda.
R/3 – Você vê que, na pandemia, que foi um episódio totalmente atípico, foi absurdo...
R/2 – ... a rapidez, né?
R/3 - ... o cuidado...
R/2 - ... e a rapidez...
R/3 - ... e a rapidez.
R/1 – A preocupação com os colaboradores.
R/3 – A preocupação. Eu me recordo do Zé Roberto, na sala de reunião. A gente fez uma reunião de emergência com várias pessoas e o Zé Roberto falava: “Não importa...”. (choro) Foi difícil.
R/1 – “O que importa são as pessoas. A gente, agora, vai se preocupar com as pessoas. Não vamos nos preocupar com dinheiro, com lucro. Vamos nos preocupar com as pessoas”, né, Márcia? Eu estava nessa reunião.
R/3 – Foi difícil e foram quase mil funcionários em uma semana dentro das suas casas.
R/2 – Muito rápido.
R/1 – Pra casa, é.
(37:49) P/1 – Ele falou não importa o quê?
R/3 – O quanto a gente vai gastar, pra colocar estrutura pra todas as pessoas…
R/2 – ... trabalharem de casa.
R/4 – Foi do dia pra noite.
R/2 – Foi. Acho que foi a primeira das administradoras… Em uma semana todos estavam trabalhando de casa, equipados… As reuniões, tudo como se estivesse dentro da empresa, da sede.
R/1 – A gente tinha um projeto correndo, de home office, mas tinha duas pessoas participando do projeto.
R/2 – Era até na minha área. Tinha algumas pessoas da minha área.
R/1 – Duas pessoas participando do projeto. Aí de repente a gente tem que colocar mil pessoas em casa.
R/4 – Foi uma correria.
R/2 - Foi rápido e certeiro.
R/1 – Impressionante!
(38:33) P/1 – Tinha que pegar computador, microfone...
R/3 - Sim.
R/2 – Câmera...
R/3 – Pagar internet, que muitas pessoas não tinham.
R/2 - Isso foi bem inovador também.
R/4 – E deu muito certo, porque as coisas funcionaram.
R/2 – Deu.
R/1 – Tudo funcionou.
R/4 – Tinha que funcionar, né? Acho que todo mundo se esforçou o máximo, pra que não aparentasse essa diferença, né?
R/2 – Tanto que o cliente, mesmo, não chegou a sentir. Pelo menos na minha área, que eu tinha os funcionários de condomínio, que eu tinha que fechar pagamento, pagar, admitir, demitir, nós conseguimos fazer toda essa rotina sem o cliente se sensibilizar, ou achar que não estava bom. Não tivemos esse tipo de problema. Foi uma coisa tranquila.
R/3 - É por isso que quando ele fala ‘deu match’, ou a gente gosta, é porque a empresa tem valores que são os nossos e que a gente...
R/4 – As pessoas. O ser humano, né?
R/1 – São muito semelhantes aos nossos valores. Os valores que a gente tem como base a Lello também tem.
R/3 - ... são semelhantes. Exatamente. É isso aí.
R/4 – Uma empresa muito correta, que eu estou, como te falei, há 45 anos, e nesse período a Lello jamais deixou de pagar, porque é importante, também, o funcionário. Eu peguei várias... Eu tive vários amigos que trabalharam, em várias épocas, em situação difícil, as empresas não pagavam em dia. A Lello sempre se preocupou, [era] a primeira coisa: os salários dos funcionários. Essa era uma preocupação que eles têm até hoje, mas já vem lá, de 45 anos atrás. São muito corretos. Sempre pensando no funcionário, porque lógico, a Lello deve ter passado as suas dificuldades em crescimento, mas a primeira coisa era: o funcionário precisa receber. Se tinha dinheiro, se não tinha… [É] uma coisa que a Lello sempre foi muito correta. E é, até hoje.
(40:44) P/1 – Teve uma época que a Lello tinha - pelo que eu soube, me contaram – mais ‘braços’: tinha construtora...
R/3 – Tinha.
R/4 – Teve. Ela teve a construtora, foi incorporadora, teve Lello Veículos...
R/3 - ... consórcio...
R/4 - ... Lello Consórcio.
R/3 – Eu não lembro a data, mas deve ser 1990, 1980? Não sei.
R/4 – Teve a manutenção, a Servitec também. De 1985 pra frente, mais ou menos. Eram todas empresas do grupo da Lello.
R/3 – Eu acho que de 1985 pra frente. Tinha empresa de manutenção, tinha vários ramos de atividade.
R/2 – O próprio prédio onde nós ficamos foi construído pela Lello.
R/3 – É.
(41:28) P/1 – E vocês viveram essa época também?
R/4 – Sim. Eu.
(41:31) P/1 – Tinha várias outras coisas, que não só condomínio.
R/2 – Ele acho que peguei depois, já não tinha.
R/3 – Eu me recordo da Lello Consórcio, Lello Veículos, Servitec. Não sei, enfim, tinha algumas empresas nessa época, de 1990, por aí.
R/4 – Nessa época, de 1977… Depois a Lello começou a crescer, como a Márcia falou. A gente era uma casinha pequenininha e aí começou a expandir, aí pegou a casa do lado, tudo, (risos), o 1326, que é a nossa base. Tudo começou lá.
(42:10) P/1 – Mas recentemente, então, pelo que eu entendi, a empresa acabou simplificando um pouco a sua atuação.
R/3 – A gente tem as verticais de condomínio, locação, imóveis; a gente tem administração e vendas. Esse é o core principal da empresa.
(42:35) P/1 – Essas coisas de consórcio já não estão?
R/4 – Não tem mais.
R/3 – Já não tem mais na rede Lello.
(42:41) P/1 – Entendi. E pra vocês quais foram as mudanças que mais impactaram o trabalho de vocês, ao longo desse tempo todo?
R/3 – A tecnologia vai chegando e é aí que a gente teve as grandes mudanças. Quando a gente disponibilizou a prestação de contas pro cliente no site, quando a gente começou a fazer prestação de contas on-line e mandava por e-mail - a gente parou [de usar o] correio. A gente teve várias situações onde a gente teve ‘pulos’, ‘saltos’ de inovação, em todas as áreas. Condomínio, inclusive, vários.
R/1 – Papel Zero.
R/3 – Papel Zero, aplicativos...
R/1 – A gente teve uma mudança de um milhão e quinhentas impressões...
R/4 – Chegou a dois milhões.
R/1 – Chegou a bater dois milhões?
R/4 – Dois milhões de impressões. Nessa época eu que cuidava lá, das impressões.
R/1 – E no Papel Zero a gente saiu de... Eu lembro que na época a gente estava com um milhão, chegou a bater dois milhões, mas a média era um milhão e quinhentas. A gente baixou pra trezentas mil. Hoje oitenta mil.
R/4 – No impacto, só, ‘de cara’.
R/1 – Imagina! Um milhão e quinhentas pra trezentas mil.
(44:14) P/1 – Por dia, por semana?
R/1 – Não, mês.
R/3 – A locação, por exemplo, hoje não imprime nenhum boleto, nenhuma prestação de contas, é tudo on-line. É zero impressão.
(44:31) P/1 – E o que mais? Teve alguma outra mudança recente, de repente, que vocês…
R/4 – Acho que a mudança mais visível foi quando do portal, em 2000, 2001 pra cá…
R/2 – A parte de tecnologia, mesmo, de 2001 pra cá, foi só aumentando.
R/4 – Aumentou muito, cresceu rápido a área de TI, na Lello. Era uma coisa que o José Roberto gostava muito, queria tudo informatizado. Andou muito rápido.
(45:13) P/1 – E vocês todos tiveram que aprender tudo?
R/4 – Sim.
R/3 – Na ‘marra’, né? (risos)
R/4 – Aprende...
R/3 - ... ou aprende. Mas é isso aí.
(45:27) P/1 – Outra coisa que eu vi em muita gente é a questão da marca, também, de como se apresentar pra fora. A Lello, pelo que eu vi… A gente entrevistou o Ronald Kapaz, é um moço que trabalhou a marca da Lello. Vocês viram também essas mudanças com relação ao logotipo, marketing, comunicação?
R/3 – Hoje, a Lello vem caminhando [pra ser] mais do que ser o básico, ser simplesmente uma intermediadora, uma administradora; chegou em um ponto de querer oferecer mais pras pessoas, conectar pessoas, trazer valor mesmo, diferenciais nessa jornada do viver, como a gente fala, porque as pessoas precisam de outras pessoas. Elas têm seus sonhos, têm que se conectar com outras pessoas, então hoje a Lello caminha por esse horizonte, de oferecer mais pro cliente. Oferecer mais valor, ajudar. A Lello Condomínios tem vários projetos...
R/4 – Sempre inovando.
R/3 - ... nos condomínios, então eu acho que essa é a grande jogada: não é só você ter uma marca bonita, nome bonito, cor bonita. É você, de fato, se comprometer com ações, fazer coisas diferentes, entregar pro outro coisas diferentes. Eu acho que é esse o propósito que a gente vê entre eles.
R/1 – A Lello sempre pensou em pessoas, mas hoje está no Viver Une. Está mais focada nas pessoas, mas a história da Lello já vem com pessoas. Hoje a gente fala mais em cuidar, em pensar mais na pessoa do que no imóvel dela, no sonho do imóvel. Então, acho que...
(47:52) P/1 – No que a gente tem visto parece que é uma coisa que sempre teve na Lello e que hoje é diferencial. Todo mundo quer dizer que tem, né?
R/1 – Isso mesmo.
R/3 – Exatamente.
R/1 – Exatamente isso. Sempre teve, né?
R/3 – É.
R/1 – Mas hoje é mais...
R/2 - ... evidenciado.
R/1 - ... mostrado, sei lá.
R/3 – Mais evidenciado, mas sempre teve esse viés da pessoa. Por isso que quando a gente fala com os colaboradores, as pessoas falam: “Nossa, eu amo estar na Lello, estou há tanto tempo na Lello”, porque tem esse viés pensando nas pessoas.
R/4 – E a Lello muda muito, quer coisa nova. Quando a gente nem espera aparece coisa nova: “Vamos partir pra isso, pra aquilo”.
(48:43) P/1 – Mas muda mantendo as pessoas.
R/3 – É.
R/4 – Sim. Novidades.
R/3 – Muda no sentido de trazer coisas novas, de estar sempre oferecendo coisas interessantes. E é legal, desafiador, porque o tempo todo lá, no nosso dia a dia, a gente tem esse desafio, né, Edson? A gente todo dia tem uma coisa nova, uma ideia nova e você leva. Está no DNA, já, essa busca do diferente.
R/4 – E vai aprendendo, né?
(49:18) P/1 – E vocês têm alguma cultura interna de festa, comemoração? Como é isso? Ou não?
R/4 – Tem. Todo ano tem festa da Lello.
R/2 – (risos) O povo da Lello é festeiro. (risos)
R/4 – O pessoal gosta de festa.
(49:33) P/1 – De fim de ano?
R/2 – Exato.
R/4 – E se bobear, no meio do ano. (risos)
R/3 – A Lello sempre... Antigamente tinha festas bem grandes - inclusive, se eu não me engano, a gente podia levar até esposa, marido. Obviamente, foi crescendo. Depois a gente ficou um tempo sem grandes festas corporativas, mas cada área fazia a sua.
De uns anos pra cá a Lello retomou essa confraternização de final de ano, que reúne todas as áreas, sempre tem um tema e é bem legal. A gente ficou parado na pandemia, mas o ano passado teve e tem sempre, sim, essa preocupação de reunir todo mundo.
R/4 – Essa cultura também é boa, nossa. Mal acabou a festa, chega janeiro, a gente já está pensando...
R/1 - ... na festa do ano que vem.
R/4 - ... na próxima festa.
(50:36) P/1 – E teve alguma que foi mais legal pra vocês? Onde é que, geralmente, vocês fazem? Tem um lugar específico?
R/2 – Não, eles alugam um espaço.
R/1 – Teve muita festa boa.
R/2 – A maioria.
R/1 – Teve uma festa num buffet infantil, você lembra?
R/2 – Ah, é. Essa aí eu lembro.
R/1 – Muito boa.
R/2 – Ali em Moema, né?
R/1 - É. Era festa à fantasia.
R/4 – Aliás, as 45... Se não me engano, teve essa da pandemia e teve mais uma… Acho que um dos donos ficou ruim e não teve esse ano, naquela época [era] o seu Luís. Não teve festa, mas no geral todas, nossa! Se falar de alguma festa, não...
R/1 – Costuma ser muito boa.
R/4 - Muito boa.
(51:15) P/1 – E como é que foi ter uma festa ano passado, na virada desse ano, depois da pandemia? Você estavam lá?
R/4 – Sim.
R/3 – Falar que não deu ‘medinho’... Deu, mas a gente…
R/4 – Mas fomos. Teve muita gente que não foi.
R/3 – Fomos. Mas é legal, é um momento bacana você ver pessoas que no dia a dia você não vê e essa coisa de estar todo mundo unido é bacana pro dia a dia, é legal você conhecer o outro, olhar. Às vezes você conhece pessoas apenas do vídeo, ainda mais com a pandemia, que várias pessoas foram contratadas no remoto e aí são momentos que a gente vai conhecendo e vai olhando as características.
(52:09) P/1 – Como é passar esse tempo todo junto? Vocês se conhecem há bastante tempo, se viram ter filhos, casar, divorciar. Como é olhar pro lado e ver algumas pessoas com os companheiros, companheiras, crescendo juntos?
R/1 – É sensacional. Eu e o Zé Antônio, a gente trabalha junto há muitos anos. A Simone, a Márcia. O Zé Antônio mais próximo de mim. Durante muito tempo a gente trabalhou no mesmo andar, ia almoçar junto; eu sabia de tudo que acontecia na casa dele, ele sabia de tudo que acontecia na minha casa.
(52:57) P/1 – Vocês trabalharam muito tempo no mesmo andar?
R/4 – Na mesma área. A chefia era a mesma, depois que deu uma mudada.
R/1 - Depois que foi pra Oratório.
R/4 – Aí foi o Coletti.
R/1 – Mas a gente trabalhou muito tempo junto.
R/4 – ‘Apanhamos’ muito.
R/1 – ‘Apanhamos’ bastante. (risos)
(53:17) P/1 - Por quê? Como assim?
R/4 – Quando chega o chefe lá, são duas pessoas que ele ‘pega no pé’, no dele e no meu. O José, quando vai lá, e o Couto, meu Deus! Acabou isso, né? Agora você que ‘apanha’.
R/1 – Não. Hoje eles... É um pouco menos essa cobrança direta deles com a gente, né?
R/4 – Antigamente era...
R/1 – Antigamente tinha essa cobrança direta da gente, mas hoje...
(53:47) P/1 – Tinha menos pessoas também.
R/4 – Sim.
R/1 – Cresceu muito, né?
R/2 – Tinha uma proximidade maior.
R/4 - Quando eu entrei na Lello tinha quarenta pessoas, no máximo. Hoje tem mil.
(54:00) P/1 – É bastante gente!
R/1 – Tem muitas pessoas que a gente teve um relacionamento fora da empresa.
R/4 - Porque acaba tendo, não tem como, é muito tempo junto, então...
R/3 – E tem outras gerações, porque já tem gente lá que é o que a gente falou, não tem trinta, quarenta anos, mas já tem dez, quinze e também entraram jovens; estão se formando, estão se casando, têm filhos. Tem muita gente que tem bastante tempo de Lello. Não são poucas pessoas, não. Tem bastante gente que tem uma história grande, já, com a Lello.
R/4 – Em pouco tempo, né? Porque a Lello dá muita chance pro pessoal, então você se apega. Quer crescer? Está ali a Lello.
(54:54) P/1 – E vocês fizeram amigos durante esse tempo todo, dentro da empresa?
R/4 – Sim.
R/2 – Mais amigo aqui, do que onde mora.
R/4 – Mesmo longe, não posso falar. Ela também era inimiga, virou... (risos) A Márcia, nem se fala! Principalmente eu e ela, éramos meninos, ela era uma mocinha quando entrou na empresa. Eu era também, um mocinho bobo.
(55:26) P/1 – (risos) E como é essa amizade fora da empresa? Essas amizades que vocês fizeram. Acompanharam o crescimento do filho um dos outros, casamento? Vocês frequentaram muito a casa um dos outros? Não só vocês quatro aqui, mas quem não está aqui, hoje, com a gente.
R/4 – Tem, né?
R/1 – Eu fui padrinho de casamento do André, não sei se você lembra do André Vibar, que trabalhou com a gente, aqui. Até hoje eu tenho amizade com ele. Eu e o Zé Antônio sempre está se falando, né, Zé? Fora do horário. Um liga pro outro.
R/4 – Sim. “Como é que você está?”
R/1 – “Tudo bem?” Família... A gente tem um relacionamento mais próximo.
R/4 – [Pedíamos] ajuda. O que mais? Aprendizagem, “e isso, e aquilo?”
(56:20) P/1 – E teve também, durante esse tempo, com vocês, essa coisa de se ajudar, da empresa ajudar? Como é que foi isso, pra vocês, na questão pessoal também, não só profissional?
R/3 – Eu acho que a Lello é uma empresa que te dá oportunidades, estão sempre atentos. Eu conheço muitas pessoas, todos nós conhecemos, que já passaram grandes dificuldades de saúde, com a família, problemas financeiros, e a gente tem conhecimento de muita coisa que a Lello fez nesse sentido que você está perguntando, de ter esse olhar atento, essa mão estendida, dando esse apoio pra quem precisa. Não foram poucas histórias, não. A gente conhece várias histórias nesse sentido.
R/1 – Histórias de anos com problema, né?
R/3 - É.
R/4 – Eu mesmo posso falar também, porque financeiramente a Lello sempre me ‘abraçou’. (risos) Vou falar. Meu irmão, a Lello me ‘abraçou’. Aliás, foram eles que pegavam no pé: “___________ . O tempo está passando, se cuida”.
Como diz a Márcia, esse olhar… Não só o profissional, a gente mesmo, a pessoa, né? A Lello sempre teve esse cuidado, né, Márcia?
R/3 – Sim.
R/1 – As pessoas afastadas por alguma enfermidade também, a Lello sempre acompanha. A gente tem histórico de pessoas que a Lello está sempre acompanhando, ajudando. Se tem uma pessoa que é mais próxima dela, o RH sempre se aproxima dessa pessoa, pra ver como está lá. “Tem alguma coisa que está faltando, que a gente precisa ajudar?”
R/3 – Por isso que é aquilo que você comentou: não é moda, não é que a gente pense nas pessoas agora, que é moda, que a gente quer mostrar. É o DNA mesmo. É um valor que a empresa tem desde sempre. Esse olhar pra pessoas, pros colaboradores é legal.
(58:54) P/1 – E o que vocês acham… Vocês acompanharam essa questão de ultimamente ter um laboratório de pensar a vida urbana, essas histórias que a gente ouviu, de juntar condomínios, por exemplo? Vocês viram esse processo de crescimento dessas ideias? Como é que foi pra vocês?
R/3 – O que a gente vê é como o Zé falou agora. A Lello está sempre, a cada dia, trazendo coisas novas. Esse laboratório, pra gente, demonstra que, de fato, a gente está pensando além, em coisas novas, em trazer benefícios. Não só pensar no boleto do condomínio, no boleto do aluguel, no contrato. Pensando em coisas diferentes, que podem trazer benefícios pras pessoas como um todo, com quem a gente lida - não só pros colaboradores, mas pros nossos clientes, pra comunidade em torno. É um diferencial. A gente não vê isso nesse ramo de atividade, nas imobiliárias, nas administradoras. É um diferencial, de fato.
(01:00:09) P/1 – Vocês acham que, durante esse tempo todo, os clientes mudaram, o perfil das pessoas?
R/2 – Mudou muito. Inclusive, até por região; um cliente não é igual ao outro. Você tem o perfil dos clientes da Zona Norte, você tem o perfil dos clientes dos Jardins e não é porque ali é elite; não, é perfil mesmo, da região. Na Mooca os senhorzinhos adoram ir lá na Lello, tomar café, ver como estão as coisas; visitam, querem entender. Já nos Jardins, o pessoal não é... Já é mais ‘antenado’ em outras coisas, ele deixa muito: “Você resolve pra mim, vê pra mim”, entendeu? Cada região tem. No interior, então…
R/3 - Nem se fala! Mas pra quem gosta de trabalhar com o público, com o cliente, isso é demais, porque é muito legal você atender pessoas diferentes, que pensam diferente e isso motiva a gente a fazer diferente também.
Nossos clientes são o nosso ‘ouro’, nosso ‘diamante’. Se a gente não conseguir entender que eles são diversos, que a gente tem que se adaptar e tem que oferecer essa diversidade, a gente não caminha pra frente. Esse perfil do cliente, quanto mais muda, mais desafiador é pra gente e mais a gente consegue entregar e ‘pensar fora da caixinha’, como diz o Edson, pra trazer coisas legais, inovadoras.
(01:01:55) P/1 – E pra quem for ouvir, ler, depois, essas histórias e não é muito especializado no assunto, quais são os desafios entre locação e gestão de condomínio? Qual é a diferença entre esses dois trabalhos diversos? Se vocês quiserem comentar.
R/3 – A locação trata da locação de imóveis de terceiros e a administração do condomínio cuida daquela comunidade, daquele empreendimento, daquele prédio, onde tem várias moradias, várias unidades. Então, o condomínio faz essa gestão financeira...
(01:02:41) P/1 - ... pessoal...
R/3 - ... pessoal, toda a gestão. Na locação vai desde você encontrar o imóvel dos sonhos de quem vai morar, de quem vai abrir o seu negócio e fazer toda essa gestão, depois de receber o aluguel, repassar pro cliente. Às vezes você tem patrimônios de herdeiros, com vários proprietários, então a gente cuida dessa distribuição. Cada um tem seu percentual, então a gente tem todo esse trabalho de fazer esse acompanhamento, essa intermediação, os repasses, renovar contrato, enfim, todo esse caminho, desde a locação, até quando saem do imóvel, porque locação é um casamento, fica ali, às vezes, três, quatro anos.
Eu até mostrei pra você, a gente tem contratos ativos desde 1988 - o mesmo contrato, a mesma locação. É uma vida, né?
Condomínio já tem todo um outro diferencial, e outras tarefas, né, Si?
R/2 - Na administração você olha o todo, então é na casa da pessoa. O prédio onde a comunidade mora… Você tem a questão do condômino, o porteiro, o síndico, aquele que organiza as rotinas, como funciona, e a Lello tem que garantir tudo isso, que o salário do funcionário vai ser pago, que a cota do condomínio vai chegar, que o condomínio vai ser pago. A mesma coisa com as outras despesas. A Lello é a centralizadora de tudo isso e tem que garantir. Nós somos a garantidora.
(01:04:24) P/1 – Garantir todos os pagamentos de todos os fornecedores.
R/2 – Exato.
R/3 – E o bom funcionamento, né?
R/2 – O bom funcionamento do condomínio também. Acompanhar, ver vencimento, porque você tem extintor, tem brigada, uma série de rotinas que são obrigações legais e que a gente precisa ter o calendário, estar em dia e orientar o cliente pra isso, né? Fora a própria legislação no sentido geral, que ela já... Tanto no âmbito trabalhista, como nos demais ela vem mudando muito, então a Lello está sempre ‘antenada’ pra isso, também, pra poder dar informação pro cliente. Então, isso é importante.
(01:04:56) P/1 - E tem algum condomínio que vocês ouviram história, ou estiveram atrelados, que marcou vocês, ou a Lello, por algum motivo, que foi mais difícil, ou era muito grande, ou deu problema, ou foi legal? Vocês lembram de alguma coisa nesse sentido, ou não?
R/2 – O que eu vejo que dá mais... Pra administrar os condomínios muitas vezes grandes e que têm uma rotatividade de síndicos, porque o período não é de dois anos, a cada seis meses, ou um ano troca… Esses condomínios são um desafio, porque cada vez que há troca você tem um pensamento diferente, uma forma de fazer essa gestão e você tem que ver o que o cliente precisa, pra poder fazer essa administração de uma forma com excelência, pra que o cliente gosta. Essas trocas que existem de síndico, de seis meses, um ano, são um desafio. É um bom desafio, mas é um desafio.
R/3 – E tem a diversidade dos tipos de condomínio, porque existem prédios residenciais de pequeno porte; condomínios club, que são enormes; prédios comerciais, mistos. Pra cada situação de prédio existem desafios diferentes, cada um com suas necessidades, suas demandas diferentes. É bem desafiador.
R/4 - Principalmente hoje em dia, né? Construindo condomínios de blocos, muitas vezes quatrocentas famílias, quatrocentos apartamentos.
R/3 – Gigante.
R/4 – Coisa gigante. Está aparecendo bastante gente agora.
R/2 – Agora é difícil você localizar prédios em construção que sejam pequenos, [de] uma torre só, dois apartamentos. Não tem. Agora são prédios grandes, com grandes estruturas, também, pra atender. Antigamente você tinha só o condomínio. Agora, a pessoa, quando vai morar, quer ter mais do que só o condomínio. Quer ter alguma coisa que ela possa... Um mercadinho, um lazer, uma academia, uma piscina e assim por diante. São os condomínios.
(01:07:17) P/1 – Indo pras perguntas finais, já, com respeito ao tempo que a gente tem aqui, são duas perguntas diferentes: o que vocês desejam e o que vocês pensam que pode ser o futuro da Lello? Em primeiro lugar, como vocês veem o futuro, como vocês pensam o futuro da Lello, com os desafios que a gente tem hoje em dia? Você tem o laboratório pra pensar a vida urbana atual, com essas mudanças que vocês estão falando. O que vocês pensam que a Lello vai precisar fazer, ou vai precisar continuar fazendo daqui a dez, quinze, vinte anos?
R/4 – Acho que uma coisa fundamental que a Lello faz é unir, é gestão, as pessoas. Como vou te explicar? O relacionamento em si, entre as pessoas. A Lello também cuida muito disso. Não adianta você ter um prédio bem bagunçado, as pessoas têm que se sentir bem. A Lello se preocupa muito também com isso, não é só, como a Márcia diz, administrar, receber o boleto. Não. É no geral, mesmo. O viver das pessoas. Ela visa bastante isso.
R/1 – Eu acho que a Lello sempre é inovadora. Desde quando estou aqui e vocês estão aqui também, sempre inovadora. Ela sempre está pensando na frente, como o Zé falou, pensando em pessoas. E o futuro está nas pessoas. Se a Lello continuar nesse pensamento de sempre estar focado na pessoa, no bem-estar da família, eu acho que é o que vai nos levar pro futuro.
R/3 – É que quando você fala dez, quinze anos no futuro, hoje é tudo tão rápido! É difícil da gente prever, ou imaginar como vai ser o mundo daqui a quinze anos, considerando toda a evolução que a gente teve em tão curto prazo, mas eu acho que como um todo - não é só a Lello - as empresas que não tiverem um olhar diferente pro mundo, mesmo, de engajar pessoas, de fazer mais pro outro, não vão pra frente. Eu acho que a visão teria que ser essa, ter um olhar pro todo. Eu penso que o caminho é esse, acho que não tem como ser diferente.
A gente já vê isso hoje e é legal ver tantas iniciativas. Acho que daí pra frente é isso, pensando nesse olhar, sabe? Eu acho que administrar o condomínio, o pagar, o receber, isso é um detalhe. Eu acho que a empresa vai ser mais que isso. Penso uma coisa grande e diferente. (risos)
R/1 – Isso a gente já faz muito bem, agora a gente tem que fazer o plus. Hoje, antes de sair de casa, eu usei a inteligência artificial pra perguntar o que é a Lello. É uma administradora de condomínios e uma imobiliária, tem locação e vendas, mas a Lello não é só isso. A inteligência artificial sabe de muita coisa, mas as pessoas têm mais conteúdo: o andamento, a vivência, as experiências.
(01:11:27) P/1 – Não basta só a tecnologia, né?
R/3 – Claro que não.
R/1 – Não.
R/2 – Ela, sozinha, não vai fazer a diferença. Ela ajuda, mas não faz a diferença.
(01:11:38) P/1 – E o que vocês desejam pra Lello? Aí é uma pergunta diferente. Como é que vocês se veem daqui a alguns anos na Lello, dentro da empresa?
R/1 – Eu, pessoalmente, desejo que a Lello rompa fronteiras, que vá pra outros estados. Hoje a gente ainda está fechado aqui em São Paulo. A gente tem Maceió, mas é um projeto ainda pequeno. A minha visão é que a Lello vá pra fora e, se possível, até fora do Brasil. Esse é o meu desejo pra Lello.
(01:12:25) P/1 – Quem mais?
R/4 – Acho que o futuro também pra Lello deve ser fácil isso que ele está falando, porque é um trabalho que a Lello sempre fez, não é de hoje. Vem lá da raiz, com esse olhar. Então, acho que daqui pra frente é rápido esse ‘pulo’ da empresa. Eu também concordo com o Edson, pra outros estados, pro Brasil, em si, né?
(01:12:52) P/1 – Tem alguma história, alguma pessoa que vocês gostariam de lembrar, antes da gente finalizar? Ou alguma mensagem que vocês gostariam de deixar pra quem for assistir, no futuro? Pras novas pessoas que, de repente, vão entrar na Lello, que vão ver esse vídeo. Vocês teriam alguma mensagem pra essas pessoas?
R/3 – Eu acho que a mensagem é assim: a empresa é séria, idônea, mas como tudo, na vida, a gente tem que se esforçar. A gente também não pode esperar só do outro, a gente também tem que se doar. Em tudo que a gente faz, se houver essa troca, dá certo.
Eu espero que a Lello prospere a cada ano, a cada década e que novas gerações, em épocas futuras, estejam aqui também...
R/1 - ... falando da Lello.
R/3 - ... parabenizando, fazendo essa homenagem, que é pra uma empresa tão querida, como o Edson disse, que se entrelaça na nossa vida. Eu espero prosperidade, desejo prosperidade pra empresa e pra todos que estiverem aqui.
R/4 – É, e as pessoas também, torcer pra que elas peguem esse carinho que a gente tem.
R/1 – Isso.
R/4 – Parece que não. Do jeito que a Lello tem carinho com a gente, a gente tem um carinho enorme. Alguém fala mal da Lello, com certeza eu vou estar brigando, com qualquer um: “Quem te falou isso está falando bobeira. Não fala”.
(01:14:36) P/1 – Não vai ser perto da gente, né?
R/1 – É melhor que não seja perto da gente.
R/4 – Estando certo, estando errado, a gente tem que defender. É lá que você cresceu, tem o seu ‘pão’; é a sua casa, tem que tomar conta. A gente toma.
R/1 – Aliás, estamos na Casa Lello.
R/4 – E sempre que a Lello toma conta da gente, a gente tem que tomar conta da Lello.
(01:15:03) P/1 – Então, vou fazer essa pergunta pra vocês três também: se tivesse alguém que estivesse entrando na Lello hoje, o que você falaria pra essa pessoa?
R/4 – Ter esse olhar de carinho.
R/2 – Humano, bem humano.
(01:15:17) P/1 – Que conselho vocês dariam? O que vocês falariam da empresa, pra pessoa?
R/1 – A primeira coisa que eu falaria: “Seja bem-vinda à nossa casa!”
R/2 – “E aproveite, que as oportunidades sempre vão aparecer. ‘Vista a camisa’ que, com certeza, você vai ser visto”. Só não é visto quem não quer.
Na realidade, a Lello dá oportunidades. Você, às vezes, pode até falar: “Ah, não…” Dá oportunidade. Faça sua parte, que as coisas vão acontecer no devido tempo, mas pra quem está entrando: “Vem, que você não vai se arrepender. Você vai adquirir muita experiência”.
(01:16:03) P/1 – Bacana.
R/2 – A gente diz, inclusive, que a Lello é uma escolinha. O pessoal aprende aqui e quando vai pro mercado, quando sai, vai almejar outras coisas, sai daqui formado, com conhecimento, com estrutura, com know-how.
R/1 – E as outras administradoras, imobiliárias ficam de olho: “Passou pela Lello”. O currículo é diferente.
R/2 – Exatamente. Já é um cartão de visitas.
É a mesma coisa: eu trabalho no Departamento Pessoal. Funcionário de condomínio, quando você fala: “A Lello…” “Ah, é a Lello?” Já é outro olhar: “Eu quero trabalhar pra um condomínio administrado pela Lello, porque eu sei que paga direitinho, sei que vocês olham pra mim, me enxergam”. Tem esse olhar, também. Então, é legal você ouvir isso.
(01:16:58) P/1 – Bem, eu queria agradecer, então, a presença de vocês. Foi uma honra, um prazer ouvir vocês.
R/3 – Nós que agradecemos.
(01:17:05) P/1 – E eu tenho certeza: quem for assistir vai ser muito legal também, no futuro e vai ser muito legal também pras pessoas que vão entrar na Lello ouvir um pouco da experiência de vocês, do ponto de vista de vocês. Então, acredito que a gente tem um belo material aqui. Então, eu não conheço vocês, então agradeço por terem se aberto aqui, comigo, com a nossa equipe, vocês estão de parabéns.
R/3 – Obrigada! Nós que agradecemos.
R/1 – Obrigado! E eu agradeço à Lello, por ter a honra de estar sentado aqui.
(01:17:43) P/1 – Representando, né?
R/1 – Representando a Lello.
R/3 – É isso aí!
R/4 – Eu não vou falar nada, que eu sou suspeito. Fui criado lá dentro. Então... (risos)
(01:17:52) P/1 – Obrigado!
R/4 – Obrigada!
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