Armelindo Simão Vieira, natural de Belo Horizonte. Mudou-se para o bairro Palmital devido à enchente do Ribeirão Arrudas, na época tinha 10 anos de idade, junto a mãe e quatro irmãos, que posteriormente se mudaram para outros estados do Brasil. Sua mãe tinha alguns problemas de saúde, o que fez com que constantemente estivesse internada, desta forma, Armelindo e sua irmã Izabel, desde pequenos trabalharam para ajudar a manter a casa. Eles pegavam água na bica, enchiam tambores e vendiam para os demais moradores, muita das vezes trocavam essas águas por alimentos. Também vendiam esterco que pegavam pelas pastagens, essas vendas ajudaram como complemento de renda para que quitassem sua a casa.
A referência feminina na vida de Armelindo sempre foi bem forte, ele afirma que sempre teve uma admiração muito grande pelas mulheres e tinha vontade de fazer uma homenagem a elas, desta forma escreveu o livro “Perfil de Mulher, a fim de denunciar a violência que percebia na vivência das mulheres. O livro foi construído a partir de conversas feitas com mulheres de diferentes idades e profissões, de estudantes à garotas de programas e sua elaboração se deu a partir de um exercício de escuta, orientado por questões sobre temas como sexualidade, amor, trabalho, violências, religião, sonhos e afins.
Após presenciar a morte de seu filho mais novo em um acidente, Armelindo acabou perdendo o desejo de escrever, se desfez de várias coisas e incendiou as poucas versões do livro Perfil de Mulher e um outro livro que estava escrevendo - esse ainda não tinha nome. Na época de seu lançamento foram impressos apenas 300 exemplares do livro, devido à limitação financeira de uma produção independente. Algumas versões foram doadas à escolas e algumas vendidas. Alguma versão do livro pode ser encontrada perdida em alguma estante de algum amigo do bairro Palmital, a última versão encontrada por Armelindo encontrava-se úmida e com algumas páginas...
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Armelindo Simão Vieira, natural de Belo Horizonte. Mudou-se para o bairro Palmital devido à enchente do Ribeirão Arrudas, na época tinha 10 anos de idade, junto a mãe e quatro irmãos, que posteriormente se mudaram para outros estados do Brasil. Sua mãe tinha alguns problemas de saúde, o que fez com que constantemente estivesse internada, desta forma, Armelindo e sua irmã Izabel, desde pequenos trabalharam para ajudar a manter a casa. Eles pegavam água na bica, enchiam tambores e vendiam para os demais moradores, muita das vezes trocavam essas águas por alimentos. Também vendiam esterco que pegavam pelas pastagens, essas vendas ajudaram como complemento de renda para que quitassem sua a casa.
A referência feminina na vida de Armelindo sempre foi bem forte, ele afirma que sempre teve uma admiração muito grande pelas mulheres e tinha vontade de fazer uma homenagem a elas, desta forma escreveu o livro “Perfil de Mulher, a fim de denunciar a violência que percebia na vivência das mulheres. O livro foi construído a partir de conversas feitas com mulheres de diferentes idades e profissões, de estudantes à garotas de programas e sua elaboração se deu a partir de um exercício de escuta, orientado por questões sobre temas como sexualidade, amor, trabalho, violências, religião, sonhos e afins.
Após presenciar a morte de seu filho mais novo em um acidente, Armelindo acabou perdendo o desejo de escrever, se desfez de várias coisas e incendiou as poucas versões do livro Perfil de Mulher e um outro livro que estava escrevendo - esse ainda não tinha nome. Na época de seu lançamento foram impressos apenas 300 exemplares do livro, devido à limitação financeira de uma produção independente. Algumas versões foram doadas à escolas e algumas vendidas. Alguma versão do livro pode ser encontrada perdida em alguma estante de algum amigo do bairro Palmital, a última versão encontrada por Armelindo encontrava-se úmida e com algumas páginas apagadas, esta foi cedida para o projeto Espaço da Memória e hoje compõe parte de seu acervo físico.
Foto: Capa do Livro Perfil de Mulher
Fonte: Acervo Espaço da Memória
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