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História
Personagem: Manoel Gomes Ferreira
Por: Museu da Pessoa, 16 de novembro de 2024

Natureza viva como o ser humano

Esta história contém:

Natureza viva como o ser humano

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Entrevista de Manoel Gomes Ferreira

Entrevistado por Luiza Gallo

Comunidade Bela Vista do Jaraqui – Rio Negro, 16/11/2024

Projeto: Mateiros do Brasil

Entrevista número: MAT_HV002

Realizado por Museu da Pessoa

P/1 – Então, queria que você começasse se apresentando. O seu nome completo, a data e o local de nascimento?

R - Já posso?

P/1 - Por favor!

R - O meu nome é Manoel Gomes Ferreira, eu nasci em 1949. No dia 7 de janeiro de 1949. O meu nascimento. E nascido num Seringal chamado Monte Cristo. Depois eu fui pra Caruari, me criei em Caruari. E de lá de Caruari eu fui cortar seringa, com nove ano eu fui cortar seringa junto com meus pais. Desde lá eu comecei cortar seringa. Na época, eu não tinha o sapato, eu pegava evira de matar, um pau que dá no mato, e tirava aquela envira e fazia um sapato no meu pé, para andar no meio do mato. Andando por cima das raízes, se escorregasse ia até o meio da perna, e caía no buraco. Então, eu me acordava para a uma da manhã para caminhar para a estrada, cortava seringa, andava nove quilômetro de estrada. Aí, defumava o leite lá, quando eu ia chegar de volta em casa, era oito da noite. Era quatro vezes por semana que eu fazia isso, eu e meu pai. E a minha vida foi essa. Depois eu fiquei... Meu pai me deixou eu estudar, estudei o primeiro ano,____. Mas não aprendi nada, porque era só trabalhando, trabalhando na agricultura junto com a minha mãe. Eu tinha meu par de seringueira, duas seringueiras, que era um par, ia um dia num, um dia em outro. Eu fazia trinta quilos de borracha. Eu jogava aquela borracha, de quinze em quinze dias, jogava aquela borracha nas costas, andava seis quilômetros, de Varador... Seis horas, seis quilômetros não, seis horas de Varador, aí depois andava mais nove quilômetros, a pé, para chegar na cidade com aqueles trinta quilos de borracha. Eu com aquela idade. Então, me criei no mato diretamente. Não me sinto magoado, eu me sinto feliz, porque o meu pai me ensinou a...

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