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História
Por: Museu da Pessoa, 29 de julho de 2013

Histórias de carteiro

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Histórias de carteiro

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Eu nasci a 14 de dezembro de 1974 e trabalho na agência de Laranjal do Jari há 14 anos.

Em 1999 eu fiz o concurso.

Eu fiz porque estava desempregado e tinha um concurso que na época era os Correios.

Eu estava estudando um período ainda, porque tinha que ter o segundo grau completo, eu não tinha nem terminado os estudos, foi o tempo que eu terminei, foi onde me chamaram.

Aí eu entrei, não foi assim que eu queria mesmo.

Mas agora, sou carteiro e não quero sair não.

Não quero ser atendente, quero ser carteiro, que eu gosto de ser carteiro.

Das histórias como carteiro tem uma do senhor Raimundo.

Na parte baixa da cidade, morava o senhor Raimundo.

Ele comprou um terreno na parte alta, só que ao comprar o terreno, ele construiu a casa dele, mudou e levou o número da casa junto.

Aí, quando foi um período ele veio na agência fazer reclamação porque não estava mais recebendo a correspondência dele.

Aí, eu disse: “Não, senhor, nós fomos lá na sua residência e o rapaz disse que o senhor mudou”, ele disse: “É, eu mudei, mas eu levei o meu número, está lá na frente da minha casa, você pode ir lá que está o numero, você tem que levar na minha casa” “Não, mas não é assim que funciona.

O senhor tem que atualizar o seu endereço e o número vai ser outro lá”, e o senhor ficou bravo aqui com a gente.

Ah, teve outro senhor, que nós fomos entregar uma carta para o filho dele, eles estavam numa construção do telhado, falamos lá o nome do rapaz, por exemplo: “Manuel”, aí o rapaz disse: “Não, não tem nenhum aqui não”, aí o pai dele estava assim no telhado e disse: “Eh, filha da mãe, tu não está vendo que é tu?” (risos), ele ficou bravo, disse: “Ah, estou acostumado com apelido, nem lembrava mais do nome”.

Teve outra também que foi numa segunda-feira... Continuar leitura

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Correios – 350 anos aproximando pessoasDepoimento de Carlos André Guimaraes SouzaEntrevistado por Rosana MiziaraLaranjal do Jari, 29/07/2013HVC072_Carlos André Guimaraes SouzaRealização Museu da PessoaTranscrito por Mariana WolffP/1 – Carlos, qual é o seu nome, local e data de nascimento?R – Meu nome é Carlos André Guimaraes de Souza, data de nascimento, 14 de dezembro de 1974 e trabalho na agência de Laranjal do Jari há 14 anos.P/1 – Como que você entrou para os Correios?R – Através de concurso públicoP/1 – Que ano que você prestou concurso?R – Em 1999P/1 – Por que você prestou esse concurso? Você tinha um desejo de trabalhar nos Correios, como é que foi essa história?R – Não, eu fiz porque eu estava desempregado e eu tinha um concurso que na época era os Correios e eu fiz. Eu estava estudando um período ainda, que eu tinha que ter o segundo grau completo, eu fiz, fiz, eu não tinha nem terminado os estudos, foi o tempo que eu terminei, foi onde me chamaram. Aí eu entrei, não foi assim que eu queria mesmo (risos). Mas agora, sou carteiro e não quero sair não. Não quero ser atendente, quero ser carteiro, que eu gosto de ser carteiro.P/1 – Por quê é que você gosta de ser carteiro?R – Por estar se envolvendo com a multidão ai na cidade, conhecendo o pessoal do comércio, é bom. Eu acho bom!P/1 – Você deve ter mil histórias para contar, conta alguns causos que aconteceram com você, como carteiro.R – No momento, estou lembrando, na parte baixa da cidade, morava o senhor Raimundo, aí comprou um terreno na parte alta, só que ao comprar o terreno, ele construiu a casa dele e mudou-se e levou o número da casa junto. Aí, quando foi um período ele veio na agência fazer reclamação porque não estava mais recebendo correspondência dele. Aí, nós disse: “Não, senhor, nós fomos lá na sua residência e o rapaz disse que o senhor mudou”, ele disse: “É, eu mudei, mas eu levei o meu número, está lá na... Continuar leitura

Título: Histórias de carteiro

Data: 29 de julho de 2013

Local de produção: Brasil / Pará / Laranjal Do Jari

Entrevistador: Rosana Miziara Lopes
Transcritor: Mariana Wolff
Autor: Museu da Pessoa

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