Antonio Carlos Rodrigues Europa, fim da Primeira Guerra Mundial. Cenários de destruição, miséria, sofrimento e muita carência. Mas, não para dois jovens espanhóis, Antonio Maria Rodrigues e Matilde Rodrigues Torres que da miséria, alimentavam o sonho de liberdade. Decidem, embarcar num navio rumo ao Brasil, em busca da realização destes sonhos: construir uma família, num país de paz e de esperanças. Não se conheciam, mas no balanço das ondas, no vai e vem dos pensamentos, se esbarram e se apaixonam. Ainda, em alto mar, decidem partilhar suas vidas, suas novas vidas, num novo mundo. As esperanças se fortalecem e as certezas também. Agora, juntos, mais fortes para enfrentar as dificuldades, que certamente teriam na nova vida no Brasil. Chegam ao porto de Santos, são levados à São Paulo, no bairro da Mooca, onde se estabelecem. Como carvoeiro, junta o dinheiro do casamento. Como feirante, o sustento do único filho: Antonio Carlos Rodrigues. Assim, nasce o Seu Antonio, em seis de janeiro de 1949. Período conturbado, com o fim da Segunda Guerra Mundial, o Brasil se abre para o mundo e inicia, com sua vida, a vida industrial do pais. Esperança e desejo de progresso moviam os sonhos de todos. Infância simples, vivida entre as brincadeiras de rua, dos pega-pegas, dos carrinhos de rolimã, das peladas de futebol nas ruas ou no campinho da vila. No empinar das pipas, empina também os sonhos de estudar, crescer e ser um homem de bem. Estudou o primário, no Grupo escolar Dom Benedito, no SENAC, onde a professora, Hélia, em cima de sua cadeira de rodas, foi a inspiração e a fortaleza, em que seu Antonio se apegou para se socorrer nos instantes de dificuldades, por toda a sua vida. A adolescência chegou. O tempo dividido entre os estudos, o trabalho como ofice boy e as peladas no campo de futebol, só fortalecem os sonhos, a generosidade daquele garoto. Como gratidão à mãe, comprou e lhe deu de presente, um relógio de cuco, que consumiu todo...
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Antonio Carlos Rodrigues Europa, fim da Primeira Guerra Mundial. Cenários de destruição, miséria, sofrimento e muita carência. Mas, não para dois jovens espanhóis, Antonio Maria Rodrigues e Matilde Rodrigues Torres que da miséria, alimentavam o sonho de liberdade. Decidem, embarcar num navio rumo ao Brasil, em busca da realização destes sonhos: construir uma família, num país de paz e de esperanças. Não se conheciam, mas no balanço das ondas, no vai e vem dos pensamentos, se esbarram e se apaixonam. Ainda, em alto mar, decidem partilhar suas vidas, suas novas vidas, num novo mundo. As esperanças se fortalecem e as certezas também. Agora, juntos, mais fortes para enfrentar as dificuldades, que certamente teriam na nova vida no Brasil. Chegam ao porto de Santos, são levados à São Paulo, no bairro da Mooca, onde se estabelecem. Como carvoeiro, junta o dinheiro do casamento. Como feirante, o sustento do único filho: Antonio Carlos Rodrigues. Assim, nasce o Seu Antonio, em seis de janeiro de 1949. Período conturbado, com o fim da Segunda Guerra Mundial, o Brasil se abre para o mundo e inicia, com sua vida, a vida industrial do pais. Esperança e desejo de progresso moviam os sonhos de todos. Infância simples, vivida entre as brincadeiras de rua, dos pega-pegas, dos carrinhos de rolimã, das peladas de futebol nas ruas ou no campinho da vila. No empinar das pipas, empina também os sonhos de estudar, crescer e ser um homem de bem. Estudou o primário, no Grupo escolar Dom Benedito, no SENAC, onde a professora, Hélia, em cima de sua cadeira de rodas, foi a inspiração e a fortaleza, em que seu Antonio se apegou para se socorrer nos instantes de dificuldades, por toda a sua vida. A adolescência chegou. O tempo dividido entre os estudos, o trabalho como ofice boy e as peladas no campo de futebol, só fortalecem os sonhos, a generosidade daquele garoto. Como gratidão à mãe, comprou e lhe deu de presente, um relógio de cuco, que consumiu todo seu primeiro salário. Mas seu Antonio não se importou. Aquele cuco, que toda hora, saia na janela e cantava, serviu de inspiração para relembrar que na vida, todo momento é um novo momento, e precisa se despertar para ele e aproveitá-lo. E assim, seu Antonio vivia intensamente, sua vida. Numa das muitas festas, que freqüentava, na festa junina da igreja Nossa Senhora de Aparecida, na vila Barcelona, em São Caetano do Sul, conheceu Adelaide Pincowai, que o acompanharia por toda sua vida. Casou-se. Teve três filhos, Marcio Augusto, Carlos Gustavo e Flávio Marcelo. Três razões para trabalhar com dedicação, compromisso e assiduidade. Seu Antonio ainda é do tempo em que permanecer muito tempo numa única empresa, era sinal, de eficiência e prestígio. Trabalhou em duas empresas, apenas, até se aposentar: Brasinca e Autolatina. Neste período, formou-se em Administração de Empresas, viajou a serviço pelo país. Aposentadoria, fim do trabalho, não para seu Antonio. Chegaram os oito netos e, então, participa do concurso para trabalhar na Prefeitura de São Bernardo. Passou, assumiu o cargo de auxiliar de limpeza, onde trabalha até hoje. Vida simples, de um homem simples, mas cheia de encantos, valores, exemplos de dignidade, sabedoria. Dedicado às crianças da EMEB Profº Geraldo Hypólito, a seus netos e família, foi merecedor desta homenagem que lhes prestam os alunos da 2ª série Inicial, período da tarde, da professora Maria da Fé, neste ano de 2011.
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