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História
Por: Museu da Pessoa, 24 de janeiro de 2007

Guaraná modernizado

Esta história contém:

Guaraná modernizado

Meu nome é José Augusto Dias Ribeiro. Nasci em 15 de setembro de 1972 em Maués. O meu pai é Homero Ribeiro Martins, minha mãe é Cassilda Dias. Eles são agricultores. E hoje já não trabalham mais quase. Papai ainda trabalha um pouco, mamãe já está aposentada, anda meio baquiada, mas está sobrevivendo.

Na verdade eu bem pouco brinquei, sempre trabalhei com o meu pai. Não sou muito chegado a esse negócio de brincadeira de bola, não. Prefiro trabalhar. Não, não sou chegado, não. Comecei a trabalhar com o meu pai. Ah, desde os dez anos.

Quando eu deixei de estudar foi pra trabalhar pra eu me autossustentar. Eu estudei até os 16 anos. A gente saía com os amigos. Não, cinema não. Nem em Maués quase não tem, nem sei se tem agora. A gente saía com os amigos por aí pelas comunidades rurais. Tem outras comunidades espalhadas aí e ia para as festas com os amigos. Sempre me acostumei a participar de igreja, encontro religioso e assim outras... Estar no meio deles participando. Se envolvendo como liderança também. A gente várias vezes coordenou aqui este setor aqui com três comunidades na parte religiosa sendo o homem de frente pra conduzir. Ainda sou tesoureiro aqui do setor representando 14 comunidades.

Tem água, tem energia, só que esta energia a gente consome pouco. Que a gente queria mesmo é energia 24 horas pra melhorar esse negócio. Aqui a gente faz muita despesa com o diesel, gelo, às vezes a gente quer tomar uma água gelada e tem que comprar o gelo na cidade e você quer energia e sai caro porque você tem que comprar o diesel, tem que fazer colaboração pra manter esse motor funcionando por poucas horas, entendeu? Só três horas por noite. Chegou essa nossa água aqui já tem mais ou menos 20 anos esse poço artesiano aí.

Investir no guaraná hoje, eu planto o guaraná porque eu sou filho de produtor que trabalhou e se criou, rendeu muito dinheiro com o guaraná , mas hoje ele não é mais aquela fonte de vida pra nós aquilo....

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Dados de acervo

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Projeto Memória dos Brasileiros – Módulo Maués – Saberes e Fazeres

Depoimento de José Augusto Dias Ribeiro

Entrevistado por Thiago Majolo

Maués, Amazonas, 24/01/2007

Realização: Museu da Pessoa

MBMaués_HV011_José Augusto Dias Ribeiro

Transcrito por Augusto César Mauricio Borges

Revisado por Thiago Majolo

Revisado por Paulo Ricardo Gomides Abe

P- Pra começar, José, eu gostaria que você falasse primeiro o seu nome completo?

R- José Augusto Dias Ribeiro.

P- Você nasceu que dia?

R- 15 de setembro de 1972.

P- E onde?

R- Maués.

P- Maués. Conta um pouco agora a origem dos seus pais, do seu pai e da sua mãe, o nome deles, o que eles fazem?

R- O meu pai é Homero Ribeiro Martins, minha mãe é Cassilda Dias. Eles são agricultores. E hoje já não trabalham mais quase. Papai ainda trabalha um pouco, mamãe já está aposentada, anda meio baquiada, mas está sobrevivendo.

P- Eles nasceram aqui também?

R- Aqui também no município de Maués.

P- O senhor tem irmãos?

R- Sim, mas eu tenho com uma outra família, que eu sou adotado por eles, filho único adotado.

P- Ah, conta um pouco desse teu irmão então.

R- Eles estão tudo no Acre, em Rio Branco no Acre.

P- Quantos são?

R- Lá tem dois, tem uma em São Paulo.

P- E o que eles fazem?

R- Eu não sei.

P- Você não sabe.

P- Mas você não sabe nem que profissão eles seguiram, nada? Está bom. Conta um pouco pra gente como que era a cidade aqui quando o senhor nasceu.

R- Eu quando me entendi, a cidade já estava desenvolvida como está hoje. Não tanto quanto aquilo como a gente espera, mas já estava um pouco desenvolvido e a cidade vai continuar crescendo, isso é importante pra nós do interior e o povo que habita lá dentro da sede do município.

P- Quando você diz desenvolvido é exatamente o quê?

R- Já tem hoje um hospital de qualidade, tem pessoas competentes na área de saúde, tem pessoas competentes na área de agricultura, tem pessoas competentes na área da...

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