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História
Por: Museu da Pessoa, 24 de julho de 2008

Grandes lutas, pequenas felicidades

Esta história contém:

Grandes lutas, pequenas felicidades

Vídeo

Vou dar o nome de solteira, né? Era Lydia Dorigon Tavares, data de nascimento: 21 de agosto de 1927.

Nasci em Osasco, na Rua Primitiva Vianco, só não me lembro o número.

Eu sempre morei ali, mesmo depois de mais grandinha eu morei ali.

Ela era arborizada, fechada mesmo, tinha o Clube Floresta, depois tinha uma chácara, uma chácara muito grande.

E do outro lado era só mato.

Entrávamos em casa assim: o trinco, não tinha trinco, era um barbantinho.

Tinha uma sala assoalhada.

A minha mãe sempre foi muito caprichosa.

Então, tinha a sala, depois tinha uma cozinha com fogão a lenha.

Tinha o quarto dos meus pais e tinha o quarto meu e da minha irmã, e minha mãe dividia para fazer o quarto.

Tinha um quintal muito bom, aquele tempo era tijolo, todo atijolado.

A privada, porque não tinha banheiro, era fora.

Depois que o papai fez uma espécie de um barracão, pôs um chuveiro para a gente.

A água era de poço, a gente tinha que puxar água de poço no fundo do quintal sempre.

Mas bem muradinho, uma casinha boa, casa de aluguel.

Tinha o Clube Atlético Floresta.

Então tinha baile, tinha as matinês dançantes com vitrola, e a gente se distraía ali.

E na rua, não sei agora como é que chama, tinha o Cine Collino.

Era um cinema, mas que, quando chovia, você tinha que levantar os pés ou tinha que abrir guarda-chuva, aquele cinema bem antigo.

E uma vez por mês vinha uma orquestra de São Roque, aí tinha o baile à noite.

Aí a gente se preparava toda bonita, tudo para ir no baile, ver os rapazes de São Paulo, para dançar ali.

O Floresta era muito conhecido.

Eu fui criada assim.

Comecei a trabalhar com 13 anos.

Eu tirei documento falso e comecei a trabalhar, porque a gente sempre foi, não digo paupérrimo, mas pobre, né? Precisávamos de ajuda.

Trabalhei uns tempos ali.

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Noivos no Estúdio

Casamento de Lydia e Mario

local: Brasil / São Paulo / Osasco
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Pic-nic na Natureza

Local comum para pic-nic. Lydia frequentou esta chácara, Antonio Mench.

período: Década 1930
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Foto na Luz

Local de tirar fotografias no Jardim da Luz, Centro de São Paulo

período: Ano 1927
local: Brasil / São Paulo / São Paulo
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Caminhando por São Paulo

Passeio pelo centro. Fotógrafo de rua

período: Ano 1937
local: Brasil / São Paulo / São Paulo
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Família Reunida

Família reunida numa rua de Osasco

local: Brasil / São Paulo / Osasco
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Titulo Eleitoral

Titulo de Eleitor de Lydia Tavares Schellenberg

local: Brasil / São Paulo / Osasco
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Documento

Dados de acervo

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Projeto Ponto de Cultura - Museu AbertoDepoimento de Lydia Tavares SchellenbergEntrevistada por Danilo Eiji e Gabriel NascimentoSão Paulo, 24/07/2008Realização: Museu da PessoaEntrevista PC_MA_HV135Transcrito por Andiara PinheiroRevisado por Augusto de Salvo Russo/Viviane AguiarPublicado em 13/07/2009P1 – Eu queria que você falasse o seu nome completo, o local e a data de nascimento.R – Lydia Tavares. Vou dar o nome de solteira, né? Era Lydia Dorigon Tavares, data de nascimento: 21 de agosto de 1927. Nasci em Osasco, na Rua Primitiva Vianco, só não me lembro o número.P1 – Mas você pode me falar um pouco da rua? Você se lembra dela?R – Ah, a rua era um... Antigamente, as ruas eram meio abauladas. E o ônibus passava de manhã, que ia para a cidade, e só voltava à noite. Então, a gente tinha uma condução só para ir, né? E essa Rua Primitiva Vianco, passando dali... Porque eu sempre morei ali, mesmo depois de mais grandinha eu morei ali. Ela era arborizada, fechada mesmo, tinha o Clube Floresta, depois tinha uma chácara, uma chácara muito grande. E do outro lado era só mato.P1 – A rua existe até hoje?R – Existe, é uma rua muito boa, é a rua principal de Osasco. Saindo da Autonomista, a gente já entra na Primitivo, porque a outra, a Rua Antônio Agu, é contramão, é a rua que vai na igreja. Eu tenho muito sentimento deles terem demolido a igreja em que eu casei e batizei meus filhos pra construir uma outra. Então, isso foi uma coisa que ficou. Infelizmente, eu não tenho fotografia da Igreja de Osasco, é muito bonitinha.P1 – A senhora provavelmente viu bem essa transformação de Osasco?R – É.P1 – Desde a década de 20, ali? Mas a gente vai chegar lá. Eu vou começar perguntando um pouco dos seus avós.R – Os meus avós vieram da Itália. Até tem uma passagem interessante que caíram na Hospedaria dos Imigrantes em Santos, aí serviram a comida para eles e puseram aquelas cuias com farinha de mandioca. Aí, meu nonno... Continuar leitura

Título: Grandes lutas, pequenas felicidades

Data: 24 de julho de 2008

Local de produção: Brasil / São Paulo / São Paulo

Entrevistador: Danilo Eiji Lopes
Entrevistador: Gabriel Nascimento
Revisor: Viviane Aguiar
Transcritor: Andiara Pinheiro
Autor: Museu da Pessoa

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