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História
Personagem: Marcelo Hideki Oshiro
Por: Museu da Pessoa, 20 de novembro de 2011

Fecho às oito

Esta história contém:

Fecho às oito

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“Do Terminal de Santana para cima tem aparecido coisa nova: bonbonnières, salões de cabeleireiros; você vai lá, vira e mexe está abrindo uma loja nova, o comércio está subindo mais naquela direção. Antes não, antes era mais centralizado, perto da estação. Agora qualquer um pode ver que já está expandindo, acho que os comerciantes já estão percebendo que o pessoal sai da estação e não fica só por ali. Assim como o pessoal vai se deslocando, tem sempre alguém visando explorar algum ponto novo. Naquele lado antigamente eram só casas, casas para as pessoas morarem. Mas, com a evolução, aconteceu o quê? O pessoal levantou a casa, só que aí ou o sujeito mora na parte de cima e aluga a parte de baixo, que serviria como garagem, ou já monta de um jeito para deixar escritório. Aí já compra uma parte residencial em outra localidade, um prédio próximo, qualquer coisa assim. O pessoal que tem casa lá não quer vender, ou quando quer vender, pede um valor muito alto. E volta e meia você ouve comentários: ‘Vai desativar o Campo de Marte, vão fazer o negócio do trem bala. Então, vamos dar uma segurada. Não vende agora não a casa, espera. Vai valorizar, vamos fazer um galpão aqui. Você sempre escuta esse tipo de comentário de clientes que moram por aqui. E realmente o comércio teve uma expansão forte; tem muitas lojas; muitos bares, inclusive, que funcionam até mais tarde. E isso a gente vê não só em Santana, mas nos bairros vizinhos também. Pelo menos na avenida principal, que é a Engenheiro Caetano Álvares, a gente constata que houve muita mudança; desde melhoria em serviço público até comércio mesmo, porque antes não tinha nada. Hoje já tem atacadista, lojas de veículos, barzinhos. Restaurantes ali, nossa!, encheu. E tudo funcionando até tarde. Funciona para eles, mas para o meu tipo de comércio e ali naquela parte onde eu estou é perigoso. Às vezes, a gente tem ideias:...

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P/1 – Marcelo, primeiramente, muito obrigado por aceitar participar do projeto e pra começar eu gostaria que você me falasse seu nome completo, local e a data do seu nascimento.

R – Meu nome é Marcelo, Marcelo Hideki Oshiro, o local de nascimento São Paulo e não prestei atenção...

P/1 – E a data do seu nascimento.

R – Ah, dia 7 de setembro de 1981.

P/1 – E qual o nome dos seus pais?

R – O meu pai é João Oshiro e minha mãe, falecida já, Emiko Kimuro Oshiro.

P/1 – E o que eles faziam? Você pode descrever isso um pouquinho pra mim?

R – Meu pai é natural de Santos e ele vendia produtos, assim, batata, ele achava até as coisas no chão assim e ia vender na rua, né? Como sacoleiro ambulante mesmo. E minha mãe morava na roça, ela é natural de Bauru. Bauru não, Lins, natural de Lins. Então, ela sempre viveu na roça, ela veio pra cá, trabalhou em confecções, daí conheceu meu pai, tudo e começaram a trabalhar na feira como feirante de rua mesmo. Daí, agora de, no ano de 2000 que meu pai mudou de ideia que a feira não estava, a gente estava pagando mais pra trabalhar do que ganhando, então, meu pai resolveu sair da feira e resolveu abrir um negócio próprio, assim, um estabelecimento fixo. Daí ele arrumou um lugar na Liberdade e a gente montou um mini mercadinho na Liberdade também. Daí como as coisas já não estavam também dando muito certo... E no ano de 2005 eu fui embora, eu fui pro Japão, daí eu regressei em 2008, aí a gente vendeu o outro mercado que a gente tinha na Liberdade e então a gente comprou um ponto ali na região de Santana, né? E eu voltei mais por causa da minha mãe também porque ela teve problema de saúde, então, eu tive que voltar mais por esse fato mesmo, mas hoje já tá tudo em paz, tudo em ordem.

P/1 – E você, seu sobrenome é de origem japonesa, você tem família lá?

R – Tenho, tenho. Tenho dois tios e uma tia, o resto já voltaram tudo pro Brasil já.

P/1 – E você teve...

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