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História
Personagem: Antonio Luiz Colucci
Por: Museu da Pessoa, 12 de julho de 2016

Fazendo o bem no atacado

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Fazendo o bem no atacado

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Antonio Luiz Colucci. Eu nasci na cidade de São Paulo, no bairro da Lapa, em 23 de junho de 1961. Meu pai, Pasquale Colucci, e minha mãe, Altamira de Castro Vieira Colucci. Bom, meu pai é um dos sete filhos de uma família italiana, todos nascidos no Sul da Itália. Dos sete irmãos, foi o único que imigrou logo depois da Segunda Guerra Mundial. A princípio veio pra Bragança Paulista (SP), onde tinha um tio, e depois se radicou em São Paulo (SP), foi comerciante, teve uma tabacaria no Mercado da Lapa onde trabalhou por 35 anos com tabaco, com fumo, e a tabacaria da Rua Trajano. Minha mãe é portuguesa, nasceu no Porto numa família menor, eram duas irmãs. Minha mãe imigrou pro Brasil também logo depois da Segunda Guerra Mundial e aqui ela conheceu meu pai. Casaram-se em 1959, tiveram três filhos, eu sou o mais velho. Eu tenho uma irmã viva, que é a Heloísa, a do meio, e a minha irmã mais nova faleceu. É uma família pequena aqui no Brasil.

Eu ajudava meu pai na tabacaria, então, o cheiro do fumo que era muito forte, eu aprendi a fumar com ele, inclusive ajudando ele quando ia fazer compra... Ele comprava fumo em corda muitas vezes, aliás, o que mais vendia era fumo em corda. Então, o bacana da compra é que as pessoas levavam a produção lá, a maioria delas vinha do Nordeste, de Arapiraca (AL), de Araçá. A gente também viajava muito pro interior, pra Bragança [Paulista], pra Socorro (SP), região produtora de fumo. Então eu lembro do cheiro forte que era abrir a loja de manhã, quando você entrava, era de ficar tonto, porque passava a noite inteira naquele calor, com o fumo, na verdade, cozinhando. É uma coisa interessante e que guardou no cérebro uma lembrança muito forte. O cigarro, o fumo, criou a nossa família, meu pai vivia essencialmente disso. E hoje a gente quando encontra alguém na rua fumando um cigarro de palha ainda lembra muito dele, né? Uma pessoa que viveu do fumo e com isso ensinou a gente um bocado de...

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Dados de acervo

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P/1 – Primeiro, bom dia.

R – Bom dia.

P/1 – Gostaria de agradecer você ter aceitado o convite pra esta entrevista.

R – O prazer é meu. A gente vai falar de Ilhabela, é sempre bom falar de Ilhabela.

P/1 – Então, pra gente começar eu queria que você falasse pra gente o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Antonio Luiz Colucci. Eu nasci na cidade de São Paulo, no bairro da Lapa, em 23 de junho de 1961.

P/1 – Fala pra gente o nome dos seus pais.

R – Meu pai, Pasquale Colucci, e minha mãe, Altamira de Castro Vieira Colucci.

P/1 – Pelo sobrenome já dá pra imaginar, mas conta um pouquinho da origem da sua família, o que você sabe da origem deles?

R – Bom, meu pai é um dos sete filhos de uma família italiana, todos nascidos no Sul da Itália. Dos sete irmãos, o único que migrou logo depois da Segunda Guerra Mundial foi meu pai, que veio para o Brasil. A princípio veio pra Bragança Paulista (SP), tinha um tio e depois se radicou em São Paulo (SP), foi comerciante, teve uma tabacaria no Mercado da Lapa onde trabalhou por 35 anos com tabaco, com fumo, entre a tabacaria do Mercado da Lapa e a tabacaria da Rua Trajano. Minha mãe é portuguesa, nasceu no Porto numa família menor, eram duas irmãs. Minha mãe imigrou pro Brasil também logo depois da Segunda Guerra Mundial e aqui ela conheceu meu pai. Casaram-se em 1959, tiveram três filhos, eu sou o mais velho. Eu tenho uma irmã viva, que é a Heloísa, a do meio, e a minha irmã mais nova faleceu. É uma família pequena aqui no Brasil. Meu pai foi o único que veio para o Brasil, a minha mãe também, então a família é esse núcleo só. A gente não tem uma família grande, a família está toda na Itália, a grande parte, e uma pequena parte em Portugal, eu tenho ainda alguns primos vivos em Portugal, duas tias vivas na Itália e muitos primos.

P/1 – Conta pra gente então dessa infância na Lapa, o que você se lembra de quando era pequeno? Como...

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