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História
Por: Museu da Pessoa, 13 de junho de 2017

Família e fotografia

Esta história contém:

Família e fotografia

Vídeo

Nós somos 12 irmãos, eu sou o filho mais velho, fiquei como arrimo de família, porque meu pai morreu com 48 anos. Minha mãe tava gestante do meu irmão caçula, ele nasceu duas semanas depois que meu pai faleceu. Ele não conheceu o meu pai. Eu ajudei a minha mãe a criá-lo. Tem um sentimento comigo desde criança, que eu tinha pressa de crescer, ser homem logo. Eu via as dificuldades do meu pai e queria ajudar a família.

A casa era chão batido, a parede de enchimento. Assim, eles fazem um pau a pique e fazem como se fosse um formato de tela, umas varinhas amarradas assim atravessadas, e aquilo preenchia com barro. Trabalhava, ficava bonitinho, mas era barro, não era tijolo, a proteção da casa. Fazia as portas às vezes com umas peças de buriti, parecido com caibro, mas era buriti. Na casa do meu pai tinha porta de madeira, mas no paiol, onde eles guardavam os mantimentos, milho, essas coisas, já usava porta de buriti, era uma coisa que não precisava muita segurança. E meu pai colhia as batatas, nós ficávamos com muito frio, aí ele fazia um fogo no meio da sala e colocava as batatas pra assar, e nós ficávamos ali, eles contavam causo pra gente, meus tios iam pra lá, contavam aquelas histórias, mula sem cabeça, não sei mais o quê. Eu tive dois tios que eram muito bons pra contar causos,

No meu tempo de menino, essa rua Goiás era calçada de pedra, aquelas pedras redondas, igual lá em Ouro Preto (MG). Eu alcancei esse tempo e lembro quando removeram as pedras. A Rua Do Ávila, que é a rua que passa em frente à Casa de Cultura também era de pedra. E era meu caminho, eu atravessava elas pra ir pra Escola Sérgio Ulhôa.

A área de fotografia... Eu tive uma primeira experiência antes de 1970, coisa de dois meses, mais ou menos, depois aquele moço foi embora de Paracatu. E posteriormente eu conheci um amigo aqui, Augusto João de Souza, era dono do Arte Foto, um dos estúdios mais antigos da cidade e ele me ofereceu oportunidade....

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A senhora

Não se lembra do nome da senhora, conhecida por sempre ter 114 anos. Uma das coisas que o atraiu a fazer a foto foi a idade e também por ela se lembrar da época da abolição. A fotografia foi tirada na Fazenda Santo Aleixo.

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
crédito: Moacir Correia Guimarães
tipo: Fotografia

Retratos

Filho da senhora da primeira foto, feita quando ele sentou-se numa sombra para descansar.

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
crédito: Moacir Correia Guimarães
tipo: Fotografia

Desfile

Desfile estudantil 7 de setembro da Escola Estadual Antonio Carlos pela Rua Goiás, Paracatu, cada uma representando um estado brasileiro.

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Polícia paracatuense

Formatura do primeiro pelotão de polícia militar de Paracatu.

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

A cana do Córrego Rico

Moagem de cana no sítio "Córrego Rico" do avô, Carlos Correia Guimarães, o seu Carrim: ao lado esquerdo de costas é Benedito (tio) e, de camisa branca, Celso Correia Guimarães (irmão).

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
crédito: Moacir Correia Guimarães
tipo: Fotografia

Vapor no porto Buruti

Barco a vapor movido a lenha que saía de Pirapora levando produtos industrializados, como querosene, gasolina, sal para Paracatu. Na volta, de Paracatu, levava toucinho e outros mantimentos para Pirapora.

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Coral Stela Maris

O coral é dirigido por dona Catita, apresentando no altar da Igreja do Rosário em época de Natal.

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
crédito: Moacir Correia Guimarães
tipo: Fotografia

Fotografando o festival

Festival de Música Popular Brasileira. Moacir ia sempre a trabalho, mas gostava também do clima e das músicas. Na foto, o vocalista é o Botari e, ao fundo, Lula, Luis Gouveia. O baterista era o Corá.

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
crédito: Moacir Correia Guimarães
tipo: Fotografia

Relíquia fotográfica

Tenente Olimpio Gonzaga, primeiro fotógrafo paracatuense, que fotografou muito a história da cidade. Moacir conseguiu a foto de um colecionador.

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Pai

O pai de Moacir exercendo sua última atividade: carroceiro. ele encontra-se em frente à casa do Dr. José Quintino, na Rua Rubens Bittencourt.

período: Ano 1970
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Família

Moacir no colo dos pais no distrito de Santo Antonio do Boqueirão.

período: Ano 1953
local: Brasil / Minas Gerais / Unai
tipo: Fotografia

Festa de casamento

Mãe com os irmãos: Alcir, Gerson, Marizete (colo), Maria Arlete, Elizabete, Celso. Festa de casamento do primo do pai em sua casa no bairro Alto do Açude.

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Vó Martinha

Vó materna Martinha Mendes Teixeira.

tipo: Fotografia

Sítio do avô

Família em frente ao sítio Córrego Rico do avô de Moacir. Da esquerda para a direita, sentados: Marizete, Maria Arlete, Elizabete, pai Pedro Correia Guimarães (estava produzindo um balaio) e Alcir. Da esquerda para a direita, em pé: Celso (irmão,) Valdeci Abadia dos Santos e avô Carlos.

período: Ano 1973
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Pronto para o tiro de galã

Sogro Manuel Cardoso da Mota, de gala para o tiro de guerra de Paracatu.

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Bloco do Pé de Pato

Bloco em homenagem ao Pé de Pato, da banda musical Euterpe pela Avenida Quintino Vargas. Abaixo, está sendo cumprimentado pelo comendador Rui Jordão. Quem conduz o carro é Felix Melo, ex-vereador.

período: Ano 1999
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Tiro de guerra

Sogro Manuel Cardoso da Mota, de gala para o tiro de guerra de Paracatu.

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Dados de acervo

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Projeto Kinross Paracatu

Depoimento de Moacir Correia Guimarães

Entrevistado por Marcelo da Luz e Luiz Gustavo Lima

Paracatu, 13/06/2017

KRP_HV20_ Moacir Correia Guimarães

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Liliane Custódio

P/1 – Então, Moacir, nós agradecemos você ter topado participar dessa entrevista conosco hoje à noite, nesse trabalho do Museu da Pessoa junto com a Kinross. Muito obrigado em nome de toda equipe, do Gustavo também. Bem, para começar, seu Moacir, você poderia dizer o seu nome completo, o local e data de nascimento?

R – Perfeitamente. O meu nome é Moacir Correia Guimarães, eu nasci em 20 de março de 1953, aqui no município de Paracatu.

P/1 – Qual o nome dos seus pais?

R – Pedro Correia Guimarães e Jordelina Coimbra Guimarães.

P/1 – E o nome dos seus avós?

R – O meu avô paterno é o Carlos Correia Guimarães e a minha avó materna, Joana de Melo Monteiro, que era esposa do Carlos. Avó paterna, desculpe. Meu avô materno, eu não conheci, chamava-se Porcidônio José Coimbra, ele era açougueiro, trabalhou no Mercado Municipal muitos anos, era muito conhecido. Conheci a minha avó, que era Martinha Mendes Teixeira. Eu tenho fotografia desses avós, menos do Porcidônio.

P/1 – E qual era a atividade dos seus pais?

R – A minha mãe era costureira. Ela trabalhou muito costurando. O meu pai era um pequeno agricultor, trabalhava nesse sistema de meeiro. Eles tinham uma propriedade, que era do meu avô, que morava assim, era tipo uma aldeia, os filhos moravam ali em volta. Mas meu pai, quando saiu de lá... Uma parte da minha infância, foi na zona rural. Quando chegou a idade de escola, aos sete anos, que a gente veio pra cidade, meu pai comprou uma casa aqui e ele passou a trabalhar para os outros. Deixou lá o sítio, a fazendinha lá, e veio. E trabalhava com os fazendeiros nessa proposta de meeiro. O fazendeiro dava terreno preparado com a semente, o resto era com ele. Posteriormente, ele ficou...

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Título: Família e fotografia

Data: 13 de junho de 2017

Local de produção: Brasil / Minas Gerais / Paracatu

Autor: Museu da Pessoa

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