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História
Por: Museu da Pessoa, 22 de setembro de 2011

Factótum

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“Quando vim para São Paulo, isso com oito, nove anos, primeiro trabalhei na loja de um tio. Ele tinha uma loja grande de tecidos, fogões, geladeiras; era uma loja dessas enormes, era muito bem conceituada na época. Depois, quando meus pais vieram de Ribeirão Preto, eu parti para trabalhar numa loja da Fotoptica. Tomava o bonde até o Largo São Bento; ficava no estribo do bonde, porque todo garoto que se prezasse precisava mostrar que era homem e viajar ali no estribo. Quando era de tarde, a cidade ficava uma loucura, porque juntava um monte de gente e todo mundo ia para os bondes. E havia aquelas coisas curiosas, como o cobrador. Ele cobrava de você e marcava lá: ‘clein clein clein’. Marcava lá, só que ele fazia assim, ele cobrava de cinco e marcava dois. Era interessante. Naquele tempo não tinha carro, não tinha isso, não tinha aquilo, e quase não aconteciam desastres, nada. Era muito difícil você ouvir falar de uma coisa trágica. A criminalidade era pequena e os jovens eram mais simples. A diversão era jogar futebol, ir ao cinema e parava por aí. Mas enfim eu trabalhei nessa loja da Fotoptica por três anos e depois passei para a TV Tupi, onde projetava filmes. Naquele tempo, a programação vinha dos Estados Unidos. Eu chegava lá tipo sete horas, tinha aquele monte de filme, botava na máquina, tal, entravam os slides. Hoje não é mais isso, mas antigamente entravam slides, entrava um slide assim: ‘Sessão Musical’. Era o tempo de pôr o filme, ‘puf’, e disparar para o pessoal ver em casa. Dali, anos depois, fui trabalhar com a Globo. Caminhei, fui para o jornalismo. Naquele tempo, o ‘Jornal Nacional’ não tinha um locutor só; eram quatro, cinco, seis locutores. Um que falava sobre esportes, um que falava sobre isso, sobre aquilo. E eu era o coordenador, lá na mesa de switch. Não sei mais como chama isso; na época era uma mesa onde as câmeras entravam: entra o filme, entra o...

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P/1 - Eu gostaria de começar agradecendo a presença do senhor aqui no Museu, por ter aceitado o nosso convite e vindo aqui para conceder essa entrevista, e pedir para o senhor falar para a gente o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R - Meu nome completo é Calogero Miragliotta Netto. Eu sou descendente de italianos e nasci em 18 de julho de 37, aqui em São Paulo.

P/1 - E qual é o nome dos seus pais?

R - O nome dos meus pais, Antonino Miragliotta, e Rafaela (Disando?) Miragliotta.

P/1 - Você falou da ascendência italiana. O senhor sabe de onde eles vieram?

R - Eles vieram do sul da Itália. Meu pai veio da Sicília e meus avós por parte da minha mãe vieram da Calábria. Eu tenho parentes no mundo inteiro. Foi um pessoal que... Eles se mexeram muito, então temos parentes no Brasil, tem na Argentina, na Austrália, na França. Na Itália nós temos parentes no Sul e no Norte. E também na Inglaterra, a gente tem gente na Inglaterra. Então, quando eu quiser viajar eu tenho lugar para ir (risos).

P/1 - E você sabe para onde seus familiares vieram? Seu pai e a família da sua mãe, se eles vieram direto para São Paulo, como é que foi a chegada deles?

R - Eles vieram há muitos anos, para dar uma data, 80, 90 anos atrás. Eles foram para o interior do estado de São Paulo, e posteriormente vieram para São Paulo, para a cidade. Mas, tipo Catanduva, Jaboticabal, onde eles tinham alguma fazenda, alguma propriedade agropecuária, alguma coisa assim, nessa linha.

P/1 - E quando seu pai veio para São Paulo, qual era a atividade dele, o que ele fazia?

R - Eles eram pessoas simples, ligados a agropecuária mesmo, ou seja, mexiam com gado, madeira, essas coisas. Meu pai é que não, ele mexia com automóvel, ele tinha uma revendedora Ford na época. Isso de falar revendedora Ford, na época era uma coisa do outro mundo, porque os carros eram todos importados na época, e como ele era italiano... Nós vivíamos muito bem, estávamos numa...

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