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História
Por: Museu da Pessoa, 29 de abril de 2010

Fé em Santa Ana

Esta história contém:

Fé em Santa Ana

Vídeo

Eu aprendi sozinha a rezar. Isso foi de mim mesma, sabe? Porque uma vez eu era bem pequenininha e um menininho se engasgou. Eu fui, rezei e ele melhorou. Eu sou assim, eu rezo pra qualquer pessoa. E quando a espinha não sai, quando ela é muito grande, eu dou um remédio pra pessoa provocar o vômito e sair. Eu não aprendi com ninguém.

Eu tenho uma pessoa que me guia, sabe? Quando eu saio fora das coisas, ela me castiga muito. Mas quando não, ela me acompanha pra tudo quanto é canto. Ela me livra de tudo quanto é mal, me protege na minha casa. Mas quando eu faço as coisas contra ela, ela me castiga, me faz adoecer, ela me faz ficar com raiva.

É uma mulher morena. Ela aparece desde que eu era pequenininha, porque esse dom que eu tenho é de nascença, desde quando eu nasci.

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Dulce Sardinha de Vasconcelos

legenda:Mulher sorrindo de pé próxima de uma mesa em uma cabana. Há exemplares de santos católicos na mesa.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Alter Do Chão
história: Fé em Santa Ana
tipo: Fotografia

Dulce Sardinha de Vasconcelos

legenda: Mulher mostrando um objeto feito de palha. Está sorrindo e em uma cabana.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Alter Do Chão,
história: Fé em Santa Ana
tipo: Fotografia

Dulce Sardinha de Vasconcelos

legenda: Mulher sentada em um banco dentro de uma cabana. Está realizando trabalho com palha.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Alter Do Chão
história: Fé em Santa Ana
tipo: Fotografia

Dulce Sardinha de Vasconcelos

legenda: Mulher de pé mostrando bolsa e objeto feitos de palha. Há árvores e uma casa ao fundo.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Alter Do Chão
história: Fé em Santa Ana
tipo: Fotografia

Dados de acervo

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P/1 – Dona Dulce, eu vou começar fazendo uma pergunta muito difícil, que é o seu nome inteiro.

R – O meu nome é Dulce Sardinha de Vasconcelos.

P/1 – E por que o seu nome é esse, dona Dulce?

R – Olha, é uma resposta que eu não sei dizer, sabe?

P/1 – Onde a senhora nasceu?

R – Eu nasci aí, em Alter do Chão.

P/1 – E quando foi isso?

R – Isso foi dia 3 de outubro de 1942.

P/1 – A senhora tinha muitos irmãos?

R – Não. Tive oito irmãos, morreram quatro e tem quatro.

P/1 – Como é o nome do seu pai e da sua mãe, dona Dulce?

R – Olha, o nome do meu pai não existe no mundo, que eu nunca soube. Agora o nome da minha mãe, no documento dela, é Alvina Sardinha de Vasconcelos. Mas, nos demais documentos que ela tirou, ela botou Ervina.

P/1 – Ervina?

R – É.

P/1 – Ela trocou?

R – Trocou.

P/1 – Por quê?

R – Eu não sei.

P/1 – A senhora disse que não lembra o nome do seu pai, por quê?

R – Porque a minha mãe nunca me disse quem era o meu pai.

P/1 – E os seus irmãos eram filhos do mesmo pai ou cada um...

R – Não. É assim, cada um tinha um pai. Não gostava de ter só um pai, gostava de cada um ter um pai (risos).

P/1 – A senhora chegou a conhecer algum pai de algum dos seus irmãos?

R – Eu conheci. Porque eu tenho uma irmã, Antônia, que ela é irmã da dona Benita, essa que fez a entrevista. E tenho um irmão que ele é irmão do Zé Sardinha, sabe? Da nossa família mesmo. O nome do pai dele era Alberino. Chamávamos Zinho pra ele.

P/1 – Então, ele é irmão só por parte de pai?

R – Só. E outra foi lá do Amaranaí, o seu Tércio, um que era seringalista, tinha muita seringa, né? Já morreu também. Agora, outro, ele era primo do Zé, que trabalha na prefeitura, Zé Araújo. O pai do meu irmão era irmão do pai do Zé Araújo. Agora do resto eu não sei, nem o meu eu não sei (risos).

P/1 – Mas explica pra mim, na sua casa a sua mãe é que era responsável pela criação?

R...

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Título: Fé em Santa Ana

Data: 29 de abril de 2010

Local de produção: Brasil / Pará / Alter Do Chão

Autor: Museu da Pessoa

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