Eu estava em uma sala de dentista com outras pessoas e, ao mesmo tempo que era uma sala de dentista porque havia uma cadeira própria a este profissional, também parecia um hospital, pois era muito maior. Todos os que estavam ali, eu e outras 4 ou 5 pessoas, não podiam sair da sala e sabiam que havia pessoas do lado de fora, os quais não podiam entrar; dentre as pessoas que estava comigo, eu só reconhecia a minha irmã, os demais eu não conhecia, mas no sonho não os estranhava. Aquela sala branca e extremamente asséptica dava uma sensação de segurança, mas ao mesmo tempo uma frieza que, acompanhada da impossibilidade de sair dali, gerava um estranhamento em todos, a gente conversava sobre isso, quando então acordei.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
Pensei muito sobre a sensação que acompanhava a impossibilidade de sair da sala: não se tratava de um pavor por estarmos trancados, mas também ninguém estava confortável em não poder sair dali, era uma sensação entre que bom que estamos seguros e eu preferia não estar aqui, o que vem me acompanhando há algum tempo nesta pandemia que, depois de ter passado por situações de muito medo de me contaminar, ter acompanhado minha família toda adoecendo e perdido minha mãe, o alívio de não infectado é acompanhado de um cansaço por tanto tempo de resguardo e a ameaça, que se tornou ainda mais forte com o falecimento de minha mãe, de que é preciso se manter presa em um lugar asséptico que, ainda que retire a liberdade, confere uma segurança. Este sonho ocorreu depois de cerca de 10 dias que havia me vacinado com a primeira dose, o que foi um grande alívio e que foi acompanhado de muita ansiedade, pois havia perdido uma possibilidade de vacinação anterior por ter tomado a vacina para H1N1, ou seja, para me proteger de uma doença, a influenza, fiquei mais tempo vulnerável à covid, e isto me deixou muito angustiada e só pôde diminuir a angústia...
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Eu estava em uma sala de dentista com outras pessoas e, ao mesmo tempo que era uma sala de dentista porque havia uma cadeira própria a este profissional, também parecia um hospital, pois era muito maior. Todos os que estavam ali, eu e outras 4 ou 5 pessoas, não podiam sair da sala e sabiam que havia pessoas do lado de fora, os quais não podiam entrar; dentre as pessoas que estava comigo, eu só reconhecia a minha irmã, os demais eu não conhecia, mas no sonho não os estranhava. Aquela sala branca e extremamente asséptica dava uma sensação de segurança, mas ao mesmo tempo uma frieza que, acompanhada da impossibilidade de sair dali, gerava um estranhamento em todos, a gente conversava sobre isso, quando então acordei.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
Pensei muito sobre a sensação que acompanhava a impossibilidade de sair da sala: não se tratava de um pavor por estarmos trancados, mas também ninguém estava confortável em não poder sair dali, era uma sensação entre que bom que estamos seguros e eu preferia não estar aqui, o que vem me acompanhando há algum tempo nesta pandemia que, depois de ter passado por situações de muito medo de me contaminar, ter acompanhado minha família toda adoecendo e perdido minha mãe, o alívio de não infectado é acompanhado de um cansaço por tanto tempo de resguardo e a ameaça, que se tornou ainda mais forte com o falecimento de minha mãe, de que é preciso se manter presa em um lugar asséptico que, ainda que retire a liberdade, confere uma segurança. Este sonho ocorreu depois de cerca de 10 dias que havia me vacinado com a primeira dose, o que foi um grande alívio e que foi acompanhado de muita ansiedade, pois havia perdido uma possibilidade de vacinação anterior por ter tomado a vacina para H1N1, ou seja, para me proteger de uma doença, a influenza, fiquei mais tempo vulnerável à covid, e isto me deixou muito angustiada e só pôde diminuir a angústia quando enfim recebi a primeira dose da vacina contra o Coronavírus. Desde de março de 2020 tenho me mantido em trabalho remoto e saído poucas vezes de casa, sempre com máscara, e vejo nisso um privilégio, mas que também tem me deixado exausta por me manter tanto tempo com a guarda levantada, para não morrer e poder resistir a um governo que tenta a todo custo nos matar.
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