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História
Por: Museu da Pessoa,

Explodir o Viaduto Santa Teresa

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Explodir o Viaduto Santa Teresa

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Cinema e cidade talvez tenha muito a ver, talvez porque é a minha cidade que instiga, e acho que Belo Horizonte, particularmente, tem sempre esse problema com a urbanidade. Esse problema de ser uma cidade grande, mas não é grande. É metrópole, mas é província. Essa questão é muito presente para o belo-horizontino, acho que muito também por essa proximidade de Rio e São Paulo. Então, as pessoas aqui vão embora, se formam e tal, nessa coisa profissional, mas Rio e São Paulo chamam muito. Então, acho que a minha relação com Belo Horizonte é isso: "Pô, voltei". "Vai ficar morando em Belo Horizonte". As pessoas têm muito isso. Todo mundo tem uma coisa com Belo Horizonte, tem aquela brincadeira, como é? "Rio para passear, São Paulo para trabalhar e Belo Horizonte para morar". Acho que é isso mesmo. É uma cidade tranquila, mas é uma cidade muito árdua profissionalmente, principalmente para essa nossa área, artes, audiovisual… Porque para se estabelecer você está muito à sombra de Rio e São Paulo. Em qualquer dificuldade, você vai embora. Eu acho que é um dado presente em várias áreas. Falta o mar aqui, não é? Mas é uma cidade muito agradável, eu gosto muito de Belo Horizonte. Meu filme, A Hora Vagabunda, era pra falar disso, da cidade, de três artistas: uma atriz, um diretor de cinema e um músico, que se encontram e tem aquela coisa da Rádio Bip, que era uma coisa interessante. Hoje, sei lá, essa juventude nem sabe o que é Rádio Bip, mas lembro que no filme tinha Chico Science, “uma cerveja antes do almoço”, essas coisas. Então, acho que foi bem representativo do que era a cidade naquele momento. Ele é todo filmado na rua, principalmente quando explode o viaduto… Então, é tudo BH mesmo. Isso era um ato de protesto e o Drummond falou muito disso: subir o viaduto. Em vez de passar pela rua, subir pelos arcos. Aqui, tem um poeta de BH - Rômulo Paz - que fala: subir Bahia e descer...

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Projeto Belo Horizonte Surpreendente

Depoimento de Rafael Conde de Resende

Entrevistado por Lucas Torigoe

Belo Horizonte, 27/09/2019

PCSH_HV828 _ rev.

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Ana Beatriz Cunha

Revisado por Paulo Rodrigues Ferreira

P/1 – Qual é o seu nome completo, em que data você nasceu e onde foi?

R – Rafael Conde de Resende, eu sou nascido aqui em Belo Horizonte mesmo, em quatro de abril de 1962.

P/1 – Você nasceu em hospital... Em casa... Como é que foi?

R – Nossa, eu acho que nasci em Maternidade, não lembro em qual Maternidade.

P/1 – E seus pais contaram para você como é que foi o seu nascimento?

R – Não, não me lembro de terem contado não. Eu lembro de ter sido logo depois de um irmão meu, que morreu depois de ter sido tirado a "fórceps”, não é? Eu lembro de depois... Deles terem me contado isso, de eu ter sido… Depois desse irmão, eu lembro bem… Do meu nascimento, é o que eu lembro.

P/1 – Mas depois como assim? Eram gêmeos?

R – Não, eu fui pouco tempo... Acho que um ano antes minha mãe perdeu o filho… Eu lembro que vim depois desse, lembro dessa história, de como morreu… No meu nascimento, acho que deu tudo certo.

P/1 – E como era o nome da sua mãe, inteiro?

R – Maria Cecília Conde de Resende e meu pai é Oto Coimbra de Resende.

P/1 – Como que é a família da sua mãe? Veio de onde?

R – A família da minha mãe… Minha mãe é filha de espanhol, não é? Com brasileira. Meu avô, Emílio Conde, espanhol, muito legal, fugindo la do Franco, não é? Foram dois irmãos que vieram para a América do Sul, o irmão dele foi para a Argentina, meu avô ficou aqui e começou a trabalhar… Foi uma onda mesmo de imigração da Espanha nessa época, tem até a famosa gripe espanhola. E ele veio e virou construtor, mestre de obras, não é? Então ele construiu o Grande Hotel de Araxá, e tal. Mas sempre trabalhando… É, mestre de obras mesmo, não é? E acho...

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Título: Explodir o Viaduto Santa Teresa

Local de produção: Brasil / Belo Horizonte

Autor: Museu da Pessoa

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