Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
História
Personagem: Léo Voigt

Eu profissionalizei a minha militância

Esta história contém:

Eu profissionalizei a minha militância

Vídeo

Eu nasci em Porto Alegre em junho de 1959. O pai chama-se Adroaldo José Voigt. Ele nasceu na cidade de Estrela, na zona rural, na colônia alemã. A mãe nasceu em Santa Clara, que era distrito do município de Lajeado. Ela se chama Erna Marina Voigt. Eles se conheceram na cidade de Estrela, eram jovens razoavelmente bem sucedidos, a minha mãe já trabalhava porque era de uma família muito pobre, o meu avô morreu muito cedo, então os sete filhos tiveram que ir trabalhar pra sobreviver. E o meu pai era um jovem que podemos chamar de pequeno burguês, de uma vida muito aventureira e muito sapeca, tanto que houve muita resistência de que a minha mãe namorasse ele porque a minha mãe era filha de uma viúva com sete filhos, pobre, e isso era um risco. Houve uma série de advertências, mas acabaram aprovando o namoro e o vigário da paróquia também não obstaculizou. E isso virou logo um casamento.

Na minha infância tinha a turma da rua, que se dividia; era turma pertencente a dois colégios que eram bem próximos, que era um colégio público, Souza Lobo, e o outro colégio era o colégio privado Santa Família. Os alunos dessas duas escolas que moravam naquelas quadras ali próximas do Souza Lobo eram a nossa turma de rua. E era uma turma muito consistente, sempre a mesma, muito amigo, os pais se conheciam todos e a vida se dava na rua. A gente brincava de esconder, de pegar. No novo bairro, quando eu vou a partir dos sete anos, as brincadeiras eram mais de guris, sempre tinha futebol, muita sela e taco. A primeira coisa que eu idealizei na primeira infância era Medicina. A segunda foi ser padre, até porque eu sou sobrinho de um padre, o meu nome, inclusive, é herança desse tio. Depois, o meu grande sonho era ser oceanólogo, tanto que eu cheguei a prestar vestibular depois, aos 18 anos, para oceanologia em Rio Grande, e cheguei a ler uma enciclopédia inteira sobre Oceanologia. Eu não passei no primeiro vestibular, mas eu já tinha uma forte...

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

Histórias Que Reciclam

Depoimento de Léo Voigt

Entrevistado por Lucas Torigoe

São Paulo

Realização Museu da Pessoa

HQR_HV01_Léo Voigt

Transcrito por Karina Medici Barrella

P/1 – Léo, fala o seu nome inteiro, local e data de nascimento.

R – Meu nome é Léo Voigt. Eu nasci em Porto Alegre em junho de 1959.

P/1 – E qual é o nome do seu pai inteiro e local e data de nascimento dele

R – O pai chama-se Adroaldo José Voigt. O pai nasceu na cidade de Estrela, na zona rural, na colônia alemã.

P/1 – E a sua mãe?

R – A mãe igualmente nasceu em Santa Clara, que era distrito do município de Lajeado, hoje é município. Ela se chama Erna Marina Voigt, a mãe é de 1934. Ambos são vivos.

P/1 – E conta um pouco mais da origem do seu pai. Você falou da comunidade alemã, né?

R – Então, todos nós somos da mesma origem, todas as minhas famílias, não há muita miscigenação. O Rio Grande do Sul é um estado intensamente colonizado na primeira metade do século XIX pelos alemães e na segunda metade pelos italianos. O Rio Grande do Sul, portanto, é um estado que têm praticamente três grandes zonas geográficas étnicas e culturais que são a zona da campanha, que é luso-espanhola toda ela, ela é imensa; a zona da colônia alemã, região dos vales, e, como os italianos vieram depois ocuparam a serra, já que todos os vales estavam ocupados. É um estado com um baixíssimo volume das demais populações, inclusive população negra, já que não foi um estado que teve mão de obra escrava usada em larga escala, o percentual de população de origem afroascendente é inferior a 10%. E os alemães, praticamente todos, são pessoas pobres, católicas, rurais que vieram na primeira metade do século XIX. E assim são todos os meus familiares, cada um vem de uma subregião da mesma região do sul da Alemanha; são sobrenomes semelhantes, são famílias de culturas compartilhadas, o dialeto era igual, era semelhante, com pequenas ênfases...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.