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História
Por: Museu da Pessoa, 4 de outubro de 2018

Eu posso dar a volta por cima

Esta história contém:

Eu posso dar a volta por cima

Vídeo

Eu não sei a história da dermatite atópica do meu nascimento até os cinco anos, mas dos cinco anos para frente eu sei, porque a dermatite atópica sempre esteve presente na minha vida. Sei que é uma coisa que não existe uma cura, mas uma melhora. Comecei a fazer tratamento, acho que minha mãe me levava no bairro da Penha para tomar vacina durante dez anos, dos cinco aos quinze, e aí depois com quinze anos o médico falou: “Olha, agora você nem precisa tomar mais, o seu organismo também já acostumou, e daqui para a frente, conforme o crescimento, você vai melhorar”, e dos quinze aos vinte e três eu tive a pele maravilhosa.

Foi a época que fui mais livre, eu fazia o que eu queria, eu saía, meu pai falava “não” e eu ia, porque eu sempre fui bem abusada.

Ele falava: “Você não vai viajar”, e eu: “Está bom, pai”, mas quando chegava no dia da viagem, eu estava pronta para ir. Sempre fui muito desafiadora, tudo na minha vida quando eu tenho objetivo eu vou até o fim, eu acho que a gente só pode se arrepender daquilo que a gente faz, o que a gente não faz não tem como você se arrepender. E eu tenho mais três irmãos: a Márcia, o Rogério e o Eduardo e eles não têm dermatite. Na família, até os primos mais próximos, ninguém tem, só eu, eu e agora o meu filho.

Tenho gêmeos. O Gustavo também tem dermatite, mas a dele é controlada. Ele tem do mesmo jeito que eu tinha na infância, que é só em algumas partes. Hoje eu tenho em praticamente cem por cento do corpo.

Quando casei tinha 23 anos. Eu conheci o Valmir (temos 13 anos de diferença) e me apaixonei. Com oito meses que a gente estava junto, eu juntei as minhas coisas e fui embora. Só que um ano depois que eu estava com ele, ele descobriu que tinha problema renal. Ele começou a fazer hemodiálise porque já estava em uma situação grave a gente não tinha noção. A partir daí a minha dermatite começou a voltar, só que eu não...

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Eu e Eika

Eu e Erika

período: Ano 2013
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia

Com irmão

período: Ano 2015
local: Brasil / São Paulo / Guarulhos
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia

Com Rosilene

período: Ano 1996
local: Brasil / Bahia / Porto Seguro
crédito: Acervo pessoal

Com os filhos gêmeos, Eric e Gustavo

período: Ano 2017
local: Brasil / São Paulo / Guarulhos
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia

Com o barman

local: Brasil / Bahia / Porto Seguro
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia

Maternidade

Os filhos de Simone com cinco anos.

período: Ano 2008
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia

Com Cristina

No Aeroporto de Guarulhos

período: Ano 1996
local: Brasil / São Paulo / Guarulhos
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia

Em casa

período: Ano 1978
local: Brasil / São Paulo / Guarulhos
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia

Dados de acervo

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Programa Conte Sua História

Depoimento de Simone Cardoso dos Santos

Entrevistada por Denise Cooke

Guarulhos, 04 de outubro de 2018

Entrevista número PCSH_HV662

Realização: Museu da Pessoa

Revisado e editado por Bruno Pinho

P/1 - Oi, Simone, muito obrigada por estar aqui contando a sua história para a gente, seja bem-vinda. E vamos começar, fala para nós o seu nome, a data do seu nascimento e onde você nasceu.

R - Bom, meu nome é Simone Cardoso dos Santos, eu nasci aqui em Guarulhos, nasci em 13 de janeiro de 1973.

P/1 - E você sabe alguma coisa sobre o dia do seu nascimento?

R - Importante? Eu nunca pesquisei, eu não sei o que pode ter acontecido.

P/1 - E você sabe como os seus pais se conheceram?

R - Meus pais se conheceram em uma vila que tinha aqui em Guarulhos, que já existiam famílias deles, a minha mãe tinha uma quantidade de pessoas que já moravam lá, meu pai também e minha mãe trabalhava em uma fábrica de brinquedos, a Estrela, e eu acho que eles se encontravam ali quando ele ia visitar a família e aí começaram a namorar e casaram.

P/1 - Como é o nome deles?

R - O meu pai chama Severino Cardoso dos Santos, a minha mãe Edjane Cardoso dos Santos.

P/1 - E onde você nasceu? Em que casa você nasceu?

R - Eu nasci aqui em Guarulhos mesmo, eu nasci no Centro de Guarulhos, eu nasci em uma casa que eram dois cômodos e o banheiro era do lado de fora. Eu lembro que a gente tinha dois cachorros, o Preto e a Suzi, que era um pequinês, que acho que nem existe mais, porque cruzaram tanto e já não existe, e eu andava o dia inteiro com ela no colo e mesmo com a dermatite, que eu já tinha dermatite desde que eu nasci. Eu não sei a história da dermatite do meu nascimento até os cinco anos, dos cinco anos para frente eu sei, então a dermatite sempre esteve presente na minha vida, eu sei que é uma coisa que não existe uma cura, mas uma melhora. Nunca foi um problema para mim, assim, de discriminação na escola, porque quando eu...

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Título: Eu posso dar a volta por cima

Data: 4 de outubro de 2018

Local de produção: Brasil / São Paulo / Guarulhos

Revisor: Bruno Pinho
Editor: Bruno Pinho
Entrevistador: Denise Cooke
Autor: Museu da Pessoa

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