havia um ginásio. uma arquibancada. pessoas por ali. era uma cidade estrangeira, europeia, talvez eu achasse que fosse na áustria, apesar de nada parecer com a áustria, nem com uma cidade europeia. não sei porque a áustria, senão por um dado ao fim do sonho. parecia um ginásio mesmo, simples, normal, de qualquer cidade do brasil, de qualquer colégio, de qualquer subúrbio, de qualquer cidade pequena. um ginásio, com arquibancada, uma quadra embaixo, um teto em cima, estruturas de ferro e aberto nas laterais. eu sabia que era no estrangeiro, não pela língua, porque se falava português mesmo, digo, o nosso português, o brasileiro, como se tudo se passasse aqui, mas não se passava aqui, passava-se em outro lugar que parecia com aqui. aqui ou lá? eu sabia que estava no estrangeiro, porque eu ia sair para conhecer algo na cidade. eu era um turista nessa cidade. mas só soube o que eu iria fazer logo depois. só soube de minha condição de turista logo depois. Havia uma angústia qualquer no ar. eu não sabia o motivo, mas havia angústia no ar. como outras pessoas, eu estava na arquibancada, em pé. tinha pessoas nas arquibancadas, em pé, sentadas. eu via as pessoas na arquibancada e, na quadra, uma mesa, cheia de comida, mas comida meio estranha, meio velha, desgastada (?)… eram restos de comida na mesa no meio da quadra. descendo da arquibancada, me direciono então à quadra, em direção à mesa de comida. uma mulher de jaleco branco me dá 3 pastéis fritos bem dourados e me diz: “vai conhecer a casa (museu) de Berlioz”. pego os pastéis, saio do ginásio, ando em direção à rua. é noite. a cidade se abre. postes com luzes, faróis, sinais. não sei onde é a casa de Berlioz, não sei em que direção ir. vou. acordo com alguma angústia.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
moro no vale do socavão, no meio do mato, nos arredores da cidade de teresópolis. em teresópolis, a prefeitura está...
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havia um ginásio. uma arquibancada. pessoas por ali. era uma cidade estrangeira, europeia, talvez eu achasse que fosse na áustria, apesar de nada parecer com a áustria, nem com uma cidade europeia. não sei porque a áustria, senão por um dado ao fim do sonho. parecia um ginásio mesmo, simples, normal, de qualquer cidade do brasil, de qualquer colégio, de qualquer subúrbio, de qualquer cidade pequena. um ginásio, com arquibancada, uma quadra embaixo, um teto em cima, estruturas de ferro e aberto nas laterais. eu sabia que era no estrangeiro, não pela língua, porque se falava português mesmo, digo, o nosso português, o brasileiro, como se tudo se passasse aqui, mas não se passava aqui, passava-se em outro lugar que parecia com aqui. aqui ou lá? eu sabia que estava no estrangeiro, porque eu ia sair para conhecer algo na cidade. eu era um turista nessa cidade. mas só soube o que eu iria fazer logo depois. só soube de minha condição de turista logo depois. Havia uma angústia qualquer no ar. eu não sabia o motivo, mas havia angústia no ar. como outras pessoas, eu estava na arquibancada, em pé. tinha pessoas nas arquibancadas, em pé, sentadas. eu via as pessoas na arquibancada e, na quadra, uma mesa, cheia de comida, mas comida meio estranha, meio velha, desgastada (?)… eram restos de comida na mesa no meio da quadra. descendo da arquibancada, me direciono então à quadra, em direção à mesa de comida. uma mulher de jaleco branco me dá 3 pastéis fritos bem dourados e me diz: “vai conhecer a casa (museu) de Berlioz”. pego os pastéis, saio do ginásio, ando em direção à rua. é noite. a cidade se abre. postes com luzes, faróis, sinais. não sei onde é a casa de Berlioz, não sei em que direção ir. vou. acordo com alguma angústia.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
moro no vale do socavão, no meio do mato, nos arredores da cidade de teresópolis. em teresópolis, a prefeitura está centralizando o atendimento aos portadores do coronavírus no pedrão, um ginásio atrás da rodoviária da cidade. além disso, a angústia, a mulher com jaleco branco, como enfermeira... ao acordar, a certeza de que o sonho era com a pandemia.
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