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História
Por: Museu da Pessoa,

Escrevo para os netos de todo mundo

Esta história contém:

Escrevo para os netos de todo mundo

Vídeo

P1 – Queria começar a entrevista pedindo pra você falar seu nome completo, data e local de nascimento.

R – A ficha. Me chamo Tatiana Belinky para todos os efeitos. E pra cheque, sou Tatiana Belinky Gouveia, nome de casada. Mas meu nome profissional é Tatiana Belinky, porque eu já era, antes de casar. Nasci em 18 de março de 1919, em São Petersburgo, que na época se chamava Petrogrado e depois voltou a ser São Petersburgo. Que mais quer saber? Em 1929, aterrissei em São Paulo, vinda do Báltico, de Riga. Três semanas de navio e mais uma semana até chegar em São Paulo. E de São Paulo não saí mais, a não ser para passear, como turista, para viajar. Estou em São Paulo desde 1929, há muito tempo. Sou mais brasileira do que você que nasceu aqui. Estou a mais tempo no Brasil.

P1 – É verdade. Tatiana, você veio com dez anos de idade. Nesse período de menina, que você viveu na Europa, qual a sua primeira lembrança de mundo?

R – Quer um livro que eu escrevi, chamado Transplante de Menina? Você já tem?

P1 – É um clássico, esse livro.

R – Clássico? Ah, tá bom! É que saiu uma nova edição mais elegante, mais bonitinha.

P1 – Ah, é?

R – É. Pela Moderna.

P1 – A minha edição é antiga.

R – Quer um?

P1 – Claro!

R – Dou pra você. Posso pegar já.

P1 – Não se incomode. Depois, quando acabar a entrevista. Porque no Transplante de Menina é um pouco da sua biografia.

R – É a minha biografia dos meus últimos três anos na Europa, dos sete até os dez, e dos meus primeiros três anos em São Paulo, dos dez até os treze. Desencadeia o crack da bolsa Nova York em 1929. (RISOS)

P1 – Tatiana, você tem lembrança da sua casa lá?

R – Lembro, claro. Eu estive lá quando fui de turista. É prédio, apartamento. Casa, só morei aqui no Brasil. Só que não é mais residência, é uma coisa...

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Dados de acervo

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Projeto Memória da Literatura Infanto-Juvenil

Depoimento de Tatiana Belinky

Entrevistado por José Santos

São Paulo, 17 de setembro de 2003

Realização Instituto Museu da Pessoa

Entrevista ABC_HV020

Transcrito por Lúcia Nascimento

Revisado por Teresa Magalhães

P1 – Queria começar a entrevista pedindo pra você falar seu nome completo, data e local de nascimento.

R – A ficha. Me chamo Tatiana Belinky para todos os efeitos. E pra cheque, sou Tatiana Belinky Gouveia, nome de casada. Mas meu nome profissional é Tatiana Belinky, porque eu já era, antes de casar. Nasci em 18 de março de 1919, em São Petersburgo, que na época se chamava Petrogrado e depois voltou a ser São Petersburgo. Que mais quer saber? Em 1929, aterrissei em São Paulo, vinda do Báltico, de Riga. Três semanas de navio e mais uma semana até chegar em São Paulo. E de São Paulo não saí mais, a não ser para passear, como turista, para viajar. Estou em São Paulo desde 1929, há muito tempo. Sou mais brasileira do que você que nasceu aqui. Estou a mais tempo no Brasil.

P1 – É verdade. Tatiana, você veio com dez anos de idade. Nesse período de menina, que você viveu na Europa, qual a sua primeira lembrança de mundo?

R – Quer um livro que eu escrevi, chamado Transplante de Menina? Você já tem?

P1 – É um clássico, esse livro.

R – Clássico? Ah, tá bom! É que saiu uma nova edição mais elegante, mais bonitinha.

P1 – Ah, é?

R – É. Pela Moderna.

P1 – A minha edição é antiga.

R – Quer um?

P1 – Claro!

R – Dou pra você. Posso pegar já.

P1 – Não se incomode. Depois, quando acabar a entrevista. Porque no Transplante de Menina é um pouco da sua biografia.

R – É a minha biografia dos meus últimos três anos na Europa, dos sete até os dez, e dos meus primeiros três anos em São Paulo, dos dez até os treze. Desencadeia o crack da bolsa Nova York em 1929. (RISOS)

P1 – Tatiana, você tem lembrança da sua casa lá?

R – Lembro,...

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Título: Escrevo para os netos de todo mundo

Local de produção: Brasil / São Paulo

Autor: Museu da Pessoa

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