Na infância do senhor Vilson, ele gostava de andar a cavalo e com seus amigos construíam bicicletas de madeira para brincarem durante o final de semana, eles costumavam descer as ladeiras e às vezes elas se quebravam, sendo assim tinham que refazer toda a bicicleta para poderem se divertir novamente. Mais tarde quando ele estudava no Englert gostava de jogar bolita, mas era proibido, então as professoras revistavam os alunos na hora do intervalo e eles as escondiam na boca para poder passar pela revista sem serem pegos, quando saiam jogavam atrás da igreja. Um dia teve uma briga no meio do jogo, um dos meninos tinha um canivete e tentou cravar nas costas do outro, mas apenas raspou, pois ele estava com uma blusa de lã. Depois do ocorrido ninguém mais levou bolitas para a escola. Ele sempre ajudava a família nas atividades do campo, na década de 60 aconteceu uma grande nevasca e para tratar os porcos tinha que ir a pé até o chiqueiro, levando a ração nas costas, pois o trator não funcionava porque a neve congelou o motor. Seu Vilson foi morar no Mato Grosso para trabalhar na lavoura, lá reencontrou Maria Jucélia, ele já a conhecia desde o seu batizado e até a pegou no colo. A moça se tornou o grande amor de sua vida e os mesmos se casaram. Depois de um tempo retornaram para o Rio Grande do Sul, vindo morar em Coxilha, aqui tiveram três filhos homens, que lhes deram lindos netos e netas. Por um grande tempo de sua vida trabalhou como caminhoneiro, com os rendimentos deste trabalho comprou uma propriedade rural na comunidade de Linha Fauth, local onde vivem até os dias de hoje. *bolita: bola de gude.
Vilson Jacobs