Imuí Guajá conta sua história de vida. Ela cresceu no mato comendo todo o tipo de comida que a floresta oferece como: porcão, jabuti, capelão... Ela apreciava bastante a casca do coco com jabuti. Sua mãe era muito inteligente, sempre que ela ia pra floresta, voltava carregada de jabuti que tinha conseguido encontrar e preparar para família.
Imuí conta em detalhes o momento em que percebeu um arame no meio da floresta na fuga de uma perseguição de brancos invasores e ela escutou os cachorros deles latindo. Ela lembra que os próprios cachorros matavam seus parentes e quem sobrevivia, corria desesperado largando a caça e tudo para trás, buscando salvar a sua vida. Recorda também que, nessa época, não tinha parteira no grupo, então as mulheres tinham os seus filhos sozinhas, só elas e a floresta.
Em determinado momento, ela encontrou dois indígenas que já conheciam o mundo dos brancos e orientaram aos parentes que a forma de se salvar era não correr, senão seriam perseguidos. Nessa época, quando chegava algum produto de fora como um machado, os Awá Guajá morriam apenas com o cheiro da fábrica, eram tão acostumados com a floresta, que os objetos de fora matavam eles. Além disso, eles foram contaminados com a gripe, por isso, os mais velhos e conhecedores dos saberes ancestrais foram morrendo nesse trajeto. E foi assim que eles observaram as pessoas pelando caça com taboca e começaram a adquirir os primeiros objetos, e já estavam se acostumando. Então um parente convidou ela e os outros Guajás pra virem morar nessa aldeia deles que foi feita depois do contato, pois já estavam acostumados, ela e outros parentes vieram, mas seu pai ficou até o fim da vida vivendo no meio da floresta.
Mais tarde, depois de casada, ela estava caçando capelão com o seu marido e os mais velhos que ainda viviam isolados, se depararam com ela e seu esposo e se assustaram. Pelo seu jeito de falar e as coisas que tinham, chegaram até a pensar que...
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Imuí Guajá conta sua história de vida. Ela cresceu no mato comendo todo o tipo de comida que a floresta oferece como: porcão, jabuti, capelão... Ela apreciava bastante a casca do coco com jabuti. Sua mãe era muito inteligente, sempre que ela ia pra floresta, voltava carregada de jabuti que tinha conseguido encontrar e preparar para família.
Imuí conta em detalhes o momento em que percebeu um arame no meio da floresta na fuga de uma perseguição de brancos invasores e ela escutou os cachorros deles latindo. Ela lembra que os próprios cachorros matavam seus parentes e quem sobrevivia, corria desesperado largando a caça e tudo para trás, buscando salvar a sua vida. Recorda também que, nessa época, não tinha parteira no grupo, então as mulheres tinham os seus filhos sozinhas, só elas e a floresta.
Em determinado momento, ela encontrou dois indígenas que já conheciam o mundo dos brancos e orientaram aos parentes que a forma de se salvar era não correr, senão seriam perseguidos. Nessa época, quando chegava algum produto de fora como um machado, os Awá Guajá morriam apenas com o cheiro da fábrica, eram tão acostumados com a floresta, que os objetos de fora matavam eles. Além disso, eles foram contaminados com a gripe, por isso, os mais velhos e conhecedores dos saberes ancestrais foram morrendo nesse trajeto. E foi assim que eles observaram as pessoas pelando caça com taboca e começaram a adquirir os primeiros objetos, e já estavam se acostumando. Então um parente convidou ela e os outros Guajás pra virem morar nessa aldeia deles que foi feita depois do contato, pois já estavam acostumados, ela e outros parentes vieram, mas seu pai ficou até o fim da vida vivendo no meio da floresta.
Mais tarde, depois de casada, ela estava caçando capelão com o seu marido e os mais velhos que ainda viviam isolados, se depararam com ela e seu esposo e se assustaram. Pelo seu jeito de falar e as coisas que tinham, chegaram até a pensar que eles eram brancos.
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