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História
Por: , 17 de abril de 2014

Ensinar ‘está no sangue’ de Eunice

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Ensinar ‘está no sangue’ de Eunice

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Meu nome é Eunice Claudia Sampaio, nasci em Rio Claro, no dia 14 de maio de 1949. Meu pai era pintor de parede, mas ele tinha um grande conhecimento de artes plásticas, ele desenhava muito bem, ele fazia gravuras, pintura em afresco. E acho que herdei essa parte dele, porque eu estava sempre junto, então fui gostando do trabalho à mão, me interessando por isso, até aonde cheguei hoje. Minha mãe era dona de casa, trabalhava muito pra poder criar a gente. Minha infância foi muito boa, a gente tinha a liberdade de brincar na rua.

Eu lembro [a primeira vez que fui ao cinema], foi um filme do Mazzaropi, mas era tão lindo. A gente nunca tinha ido, aquela sensação de ir ao cinema, no Excelsior, que hoje, infelizmente, terminaram os cinemas daqui, é a Loja Americana, na Rua Quatro. Então tinha um bar muito grande dentro do cinema, eu gostava mais de ir ao cinema pra comer a bala e a pipoca. Eu me entretinha mais com os docinhos ali do que assistindo os filmes. Mas, eu sempre gostei muito de cinema, quando era menor, nós íamos em família, depois [meu pai] foi deixando. O filme que a gente gostasse de ver, tinha liberdade, ele levava até a porta e ia buscar, eu ia com amigas. Então ele sempre deu o maior apoio pra gente ter cultura.

Eu vivi dentro de uma escola acho que mais da metade da minha vida, estudando e trabalhando, como aluna e como profissional. Então pra mim a escola é tudo na vida. Nossa, eu sou apaixonada pela minha profissão, fui uma professora [de Geografia] muito consciente, procurei levar cultura para qualquer aluno. Eu era muito marechal, eu cobrava mesmo, exigia que aprendessem, porque eu estava lá pra ensinar, então eu queria que pelo menos a minha função fizesse jus ao salário que recebia. Eu nunca gostei de ficar só dentro de um local fechado com 40 pessoas e eu comandando. Às vezes falava: “Gente, vamos lá no jardim”. E a gente tinha aula no coreto, aula mesmo. À noite, na Semana Santa, eu tirava os alunos da...

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Plano Anual de Atividades 2013 – PRONAC 128.976 - Whirlpool

Depoimento de Eunice Claudia Sampaio

Entrevistada por Márcia Trezza

Rio Claro, 17 de abril de 2014

WHLP_HV012_Eunice Claudia Sampaio

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Claudia Lucena

P/1 – Eunice, pode falar o seu nome completo.

R – Meu nome é Eunice Claudia Sampaio.

P/1 – Onde você nasceu?

R – Eu nasci em Rio Claro mesmo.

P/1 – Quando?

R – No dia 14 de maio de 1949.

P/1 – E o nome dos seus pais?

R – Meu pai tinha o nome de Sebastião Sampaio e a minha mãe Ermínia Dragone Sampaio.

P/1 – Seu pai trabalhava em quê?

R – Meu pai era pintor, pintor de parede, mas ele tinha um grande conhecimento de artes plásticas, ele desenhava muito bem, ele fazia gravuras, pintura em afresco. E eu acho que eu herdei essa parte dele, porque eu estava sempre junto, então eu fui gostando do trabalho à mão, né, e eu fui me interessando por isso, até aonde eu cheguei hoje.

P/1 – Ele era pintor de parede também?

R – Pintor de parede, é.

P/1 – Além disso ele fazia alguns desenhos profissionalmente?

R – Fazia, fazia, mas profissionalmente não. Ele nunca vendeu quadro, nunca nem pintou um quadro, mas quando ele ia pintar uma parede, na época usava muito aquelas áreas pro pessoal ficar olhando na rua, eles pediam pra que ele fizesse algum desenho e ele fazia em cima. Na época era cal que eles pintavam a parede, né, e ele fazia ali em cima o desenho, uma paisagem, ficava muito bonito o trabalho dele.

P/1 – Você lembra de uma paisagem que você gostava bastante?

R – Eu sempre gostei da parte da natureza. Ele fazia sempre um lugar assim, com árvores, um lugar bem gostoso, refrescante, eu acho que ele tinha aquilo na imaginação dele como uma paz, uma tranquilidade então ele colocava aquilo nos desenhos que ele fazia.

P/1 – E sua mãe, que lembranças você tem?

R – A minha mãe, ela era dona de casa, trabalhava muito pra poder criar a gente, que na...

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Título: Ensinar ‘está no sangue’ de Eunice

Data: 17 de abril de 2014

Local de produção: Brasil / São Paulo / Rio Claro

Transcritor: Claudia Lucena

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