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História
Personagem: Maria Lucia Barciotte
Por: Museu da Pessoa, 21 de dezembro de 2016

Em defesa do consumo responsável

Esta história contém:

Em defesa do consumo responsável

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Eu nasci no Alto da Mooca, em São Paulo, capital, dia primeiro de junho. Tive uma infância muito gostosa, fui criada muito com a minha vó, que era a melhor pessoa que eu já conheci na minha vida, acho que tudo que eu faço tem a ver com a figura dela. Ela se casou aos dezesseis anos, casou com o meu avô que morava numa colônia italiana na fazenda, então, costumes e culturas muito misturadas. A brasileira, pois a família era de Minas, mas com a cultura italiana muito forte, muito afetiva. Aos oito anos de idade, uma vez, eu vi uma peça da Clarice Lispector, onde tinha uma frase que eu me identifiquei muito. Eu já olhava para o mundo, e queria consertá-lo. Achava que os adultos, em geral, precisavam de alguma coisa, que tinham certa incoerência naquilo que se falava, que se fazia, como sociedade. Então, desde pequena, eu achava que eu queria ser educadora ou professora, alguma coisa assim, adorava escola, achava que a escola era um ambiente de troca, assim como hoje. Eu sempre muito de pessoas, desde criança, eu lembro quando a gente viajava, eu via as casinhas ao longe, com as luzinhas acessas e sempre ficava pensando: “que criança será que nora lá?”, como eu queria conhecer aquela criança, então era uma coisa que me deixava feliz só de imaginar.

E essa percepção de unidade, eu acho que sempre me acompanhou. Eu digo que tenho um pensamento sistêmico desde esses meus oito anos de idade e assim, eu conseguia ver o todo e as coisas encaminhadas e as relações. Inclusive, fiz curso normal, nunca dei aula para pequenos, mas eu fiz a escola normal e a questão de ir fazer uma faculdade de Biologia foi muito intuitiva, mas tinha a ver com esse meu pensamento sistêmico, eu tive um professor de citologia, um cara maravilhoso, chamado Renato Basile, que a aula dele era quase uma aula de teatro, era apaixonante. A coisa do pensamento sistêmico veio, de fato, com o livro que ele nos apresentou, chamado “Fantasma da...

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Histórias de Consumo Consciente

Depoimento de Maluh Barciotte

Entrevistado por Lila Schneider

São Paulo, 21/12/2016

Realização Museu da Pessoa

PCSH_HV551_Maluh Barciotte

Transcrito por Mariana Wolff

MW Transcrições

P/1 – Maluh, então vamos começar falando o local de nascimento, a tua data de nascimento…

R – Então, eu nasci no Alto da Mooca, Água Rasa, em São Paulo, capital. Primeiro de junho. Eu tive uma infância muito gostosa, fui criada muito com a minha vó, que era a melhor pessoa que eu já conheci na minha vida, que acho que tudo que eu faço tem a ver com a figura dela. Casou aos 16 anos, casou com o meu avô que morava numa colônia italiana na fazenda, então, costumes e culturas muito misturadas, né? A cultura brasileira, era uma pessoa que a família era de Minas com a cultura italiana muito forte, muito afetiva e então, foi muito feliz, mas aos oito anos de idade, uma vez, eu vi uma peça da Clarice Lispector, onde tinha uma frase que eu me identifiquei muito. Aos oito anos de idade, eu já olhava para o mundo, eu achava… assim como a Clarice, eu queria consertar o mundo. Eu já via que os adultos assim, em geral, eles precisavam de alguma coisa… eles tinham uma certa incoerência naquilo que se falava, naquilo que se fazia, como sociedade. E aí, eu queria consertar o mundo. Então, desde pequena, eu achava que eu queria ser educadora ou professora, alguma coisa assim, adorava escola, adorava. Achava que a escola era um ambiente de troca, assim como hoje, eu sempre gostei desde criança muito de gente, então eu lembro quando a gente viajava, eu passava assim, eu viajava de carro, via as casinhas ao longe assim, com as luzinhas acessas, eu sempre ficava pensando, né: ‘que criança será que mora lá? ’, como eu queria conhecer aquela criança, então era uma coisa que me deixava feliz só de imaginar. Adorava inventar história, adorava inventar histórias e aí, quando eu estava então na escola que eu gostava...

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