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História
Por: Museu da Pessoa, 24 de junho de 2010

Em busca de tranquilidade

Esta história contém:

Em busca de tranquilidade

Vídeo

Tinha que ir afogar a juta, o dia todinho dentro da água trabalhando, trabalhando, trabalhando. Aí eu fui crescendo e ouvia falar de garimpo em Rondônia, Porto Velho. Aí, na época, apareceram por uns tempos aquelas calças de lycra, umas calças que ficavam com o vinco permanente. Eu cheguei a ver alguém vestindo uma calça daquelas e achei até bonita, mas era muito cara. Eu disse: “Rapaz, um dia eu vou ser dono da minha vida.” Na verdade, eu vim pra Porto Velho por causa disso, por causa de uma calça. E fui trabalhar com garimpo. Eu me lembro benzinho: eu saí de casa no dia 15 de junho de 70; eu saí de lá meia-noite no navio. Comprei a passagem, cheguei a Rondônia. Foram oito dias pra chegar aqui em Porto Velho. Aí toquei minha vida. Fui trabalhar com garimpo. Eu hoje não tô rico porque eu não tenho que ser rico, mas dinheiro eu já ganhei aqui. Eu já fui dono até de maquinaria no garimpo.

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Francisco Batista Vanziler

legenda: Francisco Batista Vanziler

período: Ano 2010
local: Brasil / Rondônia / Jaci Paraná
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Francisco Batista Vanziler

legenda: Francisco Batista Vanziler. Retrato do Depoente. Homem de boné em pé em uma área residencial. Há casas e uma área coberta onde o homem se encontra.

período: Ano 2010
local: Brasil / Rondônia / Jaci Paraná
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Francisco Batista Vanziler

legenda: Francisco Batista Vanziler Retrato do Depoente. Homem de boné sentado em uma mesa em frente a uma casa. Há uma cobertura decorada com bandeiras verdes e amarelas junto com uma bandeira do Brasil. Há um freezer ao fundo.

período: Ano 2010
local: Brasil / Rondônia / Jaci Paraná
tipo: Fotografia

Francisco Batista Vanziler

legenda: Francisco Batista Vanziler. Retrato do Depoente. Homem de boné sentado em uma mesa em frente a uma casa. Há um freezer ao fundo.

período: Ano 2010
local: Brasil / Rondônia / Jaci Paraná
tipo: Fotografia

Francisco Batista Vanziler

Homem de boné sentado em uma mesa em frente a uma casa. Há uma cobertura decorada com bandeiras verdes e amarelas.

período: Ano 2010
local: Brasil / Rondônia / Jaci Paraná
tipo: Fotografia

Francisco Batista Vanziler

Retrato do Depoente. Homem de boné sentado em uma mesa em frente a uma casa. Há uma cobertura decorada com bandeiras verdes e amarelas.

período: Ano 2010
local: Brasil / Rondônia / Jaci Paraná
tipo: Fotografia

Dados de acervo

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Projeto Memória dos Brasileiros Entrevistado por Karen Worcman

Entrevista de Francisco Batista Vanselier

Jaci-Paraná, 24 de junho de 2010

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Andiara Pinheiro

Revisado por Heci Regina Candiani

P/1 – Vamos começar por seu nome e o lugar onde o senhor nasceu.

R – Onde eu nasci?

P/1 – É.

R – Eu nasci no rio chamado Rio Arapinhões, no Pará, entendeu? No rio.

P/1 – No rio?

R – No rio. Era o local, entendeu? Longe da cidade de Santarém, uns 30 quilômetros. Longe da cidade. Um rio chamado Rio Arapinhões.

P/1 – E quando foi isso?

R – Foi em 1947.

P/1 – Como era o nome inteiro do seu pai e o da sua mãe, o senhor sabe?

R – O nome da minha mãe era Lucila Batista Vanselier.

P/1 – E seu pai?

R – Manduquinha Batista.

P/1 – O nome do seu pai era Manduquinha?

R – Manduquinha Batista.

P/1 – E o que ele fazia, o senhor se lembra?

R – Na época ele trabalhava na Petrobras.

P/1 – Ele trabalhava na Petrobras lá em Santarém?

R – Em Santarém, era.

P/1 – E o senhor sabe se ele nasceu lá em Santarém mesmo?

R – Não, ele era peruano.

P/1 – O que o senhor sabe da história dele pra contar pra gente.

R – O que eu sei da história dele é que ele trabalhava na Petrobras, andava muito no mato. Aí uma cobra o picou e ele morreu.

P/1 – Só sabe isso?

R – Só isso.

P/1 – O senhor não sabe por que ele veio pro Brasil?

R – Peruano ele era mesmo. Agora, ele veio pro Brasil... Ele trabalhava muitos anos na Petrobras, aí veio pro Brasil e ficou por aí trabalhando.

P/1 – E sua mãe?

R – A minha mãe era natural de Santarém mesmo.

P/1 – Quando ele morreu, o senhor tinha quantos anos?

R – Eu tinha mais ou menos uns sete anos.

P/1 – Então, o senhor não se lembra dele.

R – Não me lembro não, tinha sete anos.

P/1 – Então quem é que criou o senhor?

R – Foi a minha mãe.

P/1 – O senhor tinha muitos...

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Título: Em busca de tranquilidade

Data: 24 de junho de 2010

Local de produção: Brasil / Rondônia / Jaci

Entrevistador: Karen Worcman
Transcritor: Andiara Pinheiro
Autor: Museu da Pessoa

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