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História
Por: Museu da Pessoa, 23 de novembro de 2009

Ditadura e ilustração

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Ditadura e ilustração

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O meu nome completo é Elifas Vicente Andreato. Eu nasci no dia 22 de janeiro de 1946 em Rolândia, uma pequena cidade próxima de Londrina, norte do Paraná. Meu pai se chamava José Vicente Andreato e minha mãe Alzira Gomes Andreato. A minha mãe e meu pai são aqui de Ourinhos. Eles migraram, foram pro norte do Paraná quando o norte do Paraná estava abrindo, havia já um grande boom ali na época com o café. Meu avô e o meu pai abriram um sítio para plantar café, e meu avô Juca enlouqueceu porque a geada acabou com o cafezal dele e ele perdeu as terras pro Banco do Brasil e morreu louco.

Eu fiquei mais interessado em descobrir a origem do meu nome porque meu nome quando eu era menino era uma coisa estranha. Se você considerar que eu morava no mato e me chamava Elifas, quer dizer, até hoje eu tenho problemas com isso. Com secretária: "Está bom, Seu Elias!" Você diz o nome, mas... Aí eu digo: "Olha, se você não disser que é o Elifas ele não vai me atender". "Então tá, estou anotando aqui. Seu Elias a gente te dá retorno." (risos) Então você imagina que foi um problema. Eu descobri que o meu avô materno era espírita, assim como a minha mãe ainda é. Eu fui saber que num livro que meu avô tinha, de ocultistas, uma coisa assim, meio fechada, escondida. Eu fui descobrir depois do falecimento dele - já tem muitos anos - que o meu nome saiu de um ocultista francês do século XIX chamado Elifas Levi. Meu irmão, o que faleceu também e que veio logo depois de mim, e que se chamou Eurípedes por conta de outro ocultista do mesmo livro. Então o nome veio assim! Eu custei para me interessar por essa história até que há uns 15 anos eu fui ao Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento, porque o meu pai, coitado ele era alcoólatra e nos abandonou muito cedo e eu acabei assumindo como filho mais velho toda a responsabilidade de... Comecei a trabalhar muito cedo para ajudar a criar o restante dos irmãos. Comprei alguns livros, que são...

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Depoimento de Elifas Andreato

Entrevistado por Rosali Henriques e Gabriel Monteiro

São Paulo, 23/11/2009

Realização: Museu da Pessoa

PC_HV210_Elifas Andreato

Transcrita por Vanuza Ramos

Revisado por Paulo Ricardo Gomides Abe

P/1 – Boa tarde, Elifas.

R – Boa tarde.

P/1 – A gente quer começar o depoimento perguntando o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – O meu nome completo é Elifas Vicente Andreato. Eu nasci no dia 22 de janeiro de 1946 em Rolândia, uma pequena cidade próxima de Londrina, norte do Paraná.

P/1 – Qual o nome dos seus pais?

R – Meu pai se chamava José Vicente Andreato e minha mãe Alzira Gomes Andreato.

P/1 – Elifas, você sabe a origem da sua família?

R – Ah, eu não... Eu nunca me interessei muito por isso, mas uma antiga secretária do Jean Francesco Guarnieri, quando foi Secretário de Cultura do município de São Paulo, ele tinha uma secretária que tinha o Andreoti. Ela estava fazendo um levantamento porque você tem Andreas, Andreoti, Andrete e alguns outros que são de uma mesma raiz que veio do Norte da Itália. Eu fiquei mais interessado em descobrir a origem do meu nome porque meu nome quando eu era menino era uma coisa estranha. Se você considerar que eu morava no mato e me chamava Elifas, quer dizer, até hoje eu tenho problemas com isso. Com secretária: "Está bom, Seu Elias!" Você diz o nome, mas... Aí eu digo: "Olha, se você não disser que é o Elifas ele não vai me atender". "Então tá, estou anotando aqui. Seu Elias a gente te dá retorno." (risos) Então você imagina que foi um problema. Eu descobri que o meu avô materno era espírita, assim como a minha mãe ainda é. Eu fui saber que num livro que meu avô tinha, de ocultistas, uma coisa assim, meio fechada, escondida. Eu fui descobrir depois do falecimento dele - já tem muitos anos - que o meu nome saiu de um ocultista francês do século XIX chamado Elifas Levi. Meu irmão, o que faleceu também e que...

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Título: Ditadura e ilustração

Data: 23 de novembro de 2009

Local de produção: Brasil / São Paulo / São Paulo

Entrevistador: Gabriel Monteiro
Revisor: Vanuza Ramos
Autor: Museu da Pessoa

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