Facebook Info Ir direto ao conteúdo
História
Por: Museu da Pessoa, 15 de abril de 2003

Disputas e conciliações

Esta história contém:

Disputas e conciliações

Vídeo

Eu me lembro de uma coisa interessantíssima que lembrei agora, eu casei em 62 a minha filha, minha primeira filha nasceu em 13 de setembro de 63, e em 1968 a Petrobras começou a atividade de exploração de petróleo no mar. Foi fim de 67, início de 68, por aí. Bom, eu estava trabalhando em terra, mas eu tinha muito interesse nesse negócio do mar, que eu achava que no mar a Petrobras ia fazer o Brasil auto-suficiente em petróleo, então eu acompanhava de perto. Aí eu levanto de manhã cedo lá, eu morava no interior da Bahia, no Recôncavo, tinha um radinho, rádio elétrico, naquela ocasião; não tinha a pilha ainda, botei lá para ver as notícias antes de sair para trabalhar. Eram sete horas da manhã, ou coisa assim, aí a notícia: “Notícia importante, a Petrobras acaba de descobrir petróleo no mar em Sergipe.” Era 13 de setembro de 68. Eu chamei minha mulher e disse: “Olha que coisa extraordinária, descobriram petróleo no dia em que a nossa filha está fazendo aninhos hoje.” Eu nunca mais esqueci isto. 13 de setembro de 68, ela estava fazendo 5 aninhos naquele dia. Interessante - logo depois, não durou acho que nem um mês, eu fui chamado pela administração do Rio de Janeiro para ir trabalhar no mar. Começou em Sergipe, e logo depois foi se espalhando. Eu trabalhei em Sergipe, trabalhei no Ceará, trabalhei no Rio Grande do Norte, trabalhei no Amapá, trabalhei em tudo quanto era lado, na Bacia de Campos.

Mas os grandes desafios eram... depois que descoberta é feita, você tem que tirar o petróleo que está 3, 4 mil metros de profundidade e trazer ele para a terra, e a tecnologia para fazer isso não existia, ou existia, mas estava muito bem guardada no cofre de umas poucas companhias, que não queriam dizer isso para ninguém. Então você tinha praticamente que fazer tudo, fazer do zero, desenvolver os programas de computador, desenvolver tecnologia de soldagem para trabalhar em águas frias, e para trabalhar...

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

Boa tarde. Meu nome é Sebastião Henriques Vilarinho. Eu nasci em Belo Horizonte, no dia 14 de janeiro de 1938.

OS PAIS

O nome do meu pai, já falecido, era Joaquim Henriques Vilarinho. O nome da minha mãe, também já falecida, era Miquelina Fiúza Vilarinho. Meu pai era imigrante português, veio para o Brasil em 1906, 1907, e minha mãe era mineira nascida em Ouro Preto.

Meu pai nasceu numa região em Portugal muito pobre, cujo nome é... Se é que eu estou certo, seria Trás-os-Montes, uma região pobre, praticamente só havia agricultura muito modesta, criavam-se também carneiros, e ele era de uma família muito grande, e achou que era melhor vir para o Brasil, porque o Brasil naquela ocasião representava um desafio muito grande para quem tinha interesse em aqui trabalhar. Aí ele veio para cá. Veio para o Rio de Janeiro, deve ter chegado aqui por volta de 1906, 1907, mas o Rio de Janeiro era uma cidade muito perigosa naquela ocasião. Eu me lembro que no tempo em que ele estava vivo, às vezes, eu ouvia as palavras, ele dizia que era uma cidade muito cheia de doenças, muitos mosquitos, ele então resolveu mudar-se para Friburgo. Ele era muito bom construtor, mexia com madeira, fazia móveis, fazia obra de construção civil e tudo mais, e indo para Friburgo, naquela ocasião estava sendo construído o Colégio Anchieta, que a gente vai hoje em dia visitar Friburgo e fica admirado com a beleza daquele prédio, e ele lá foi um dos mestres que ajudaram a construir as portas, as janelas. Aquela enorme porta da entrada, a gente vê e admira quando passa, ele trabalhou lá na construção daquela porta e isso ele contava com muito orgulho, mas logo depois tomou conhecimento de Belo Horizonte. Belo Horizonte tinha sido construída havia poucos anos, era a nova capital do Estado de Minas Gerais, e ele então resolveu mudar-se para Belo Horizonte, e lá começou, entrou na construção civil e foi assim até o fim da vida.

Na época do meu pai não havia...

Continuar leitura

Título: Disputas e conciliações

Data: 15 de abril de 2003

Local de produção: Brasil / Rio De Janeiro / Rio De Janeiro

Autor: Museu da Pessoa

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Essa história faz parte de coleções

voltar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

    voltar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

      voltar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      voltar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.

      Receba novidades por e-mail:

      *Campos obrigatórios