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História
Por: Museu da Pessoa,

Direito por uma questão social

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Direito por uma questão social

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O Direito, isso foi muito interessante, porque eu fiz um ano no Colégio Santo Antônio, mas o segundo e o terceiro anos do ensino médio eu voltei para Contagem, para uma outra escola lá. O Santo Antônio, para mim, foi a chave de muita coisa, ele foi a chave de entender a diferença de classe, por exemplo. Porque Contagem por Contagem era todo mundo periférico, de uma certa forma. No Santo Antônio foi onde eu tive interação com crianças que o pai deixava de carro na porta da escola, que morava em condomínio fechado, tinha uma política de portas abertas na hora do recreio, e tipo assim, o pessoal tinha dinheiro para sair e comprar lanche nas lanchonetes da rua, na Savassi, que é um dos lugares mais caros de Belo Horizonte. Então, o Santo Antônio foi muito marcante por vários aspectos, assim, a qualidade do ensino é sensacional, mas também de ter essa interação com gente da minha idade mas que não tinha a mesma trajetória, não era do mesmo grupo social que o meu. Isso foi muito marcante, entendeu? Teve um momento de socialização com as meninas da minha sala que foi muito marcante para mim. Eu lembro que a gente estava tentando decidir… A gente queria ir ao cinema se divertir e eu lá tentando me incluir, e sugeri da gente ir ao cinema e ao Shopping Cidade, que é um shopping bem no Centro aqui de Belo Horizonte, que fazia muito sentido na minha lógica de ocupação da cidade, porque está no Centro, todo mundo passa por ali. E aí, uma das meninas virou e falou: "Ah, eu não posso ir lá, a minha mãe não vai me deixar ir porque é um shopping de pobre, tipo, ele é frequentado por pessoas pobres". O que é ser pobre, sabe? Então, foi o Santo Antônio… Para mim ele é muito marcante na minha vida como isso, que foi um lugar, um ambiente que me permitiu ter acesso a pessoas com quem eu jamais circularia na minha... Se fosse pensar na minha vida. Eu lembro que sugeri esse local, como fazia parte da minha realidade de lazer, de...

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Dados de acervo

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Projeto Belo Horizonte Surpreendente

Depoimento de Tatiana dos Santos Silva

Entrevistada por Lucas Torigoe

Belo Horizonte, 20/09/2019

PCSH_HV824 _ rev.

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Ana Beatriz Cunha

Revisado por Paulo Rodrigues Ferreira

P/1 – Qual é o seu nome completo, onde você nasceu e em que data?

R – Tatiana dos Santos Silva, dia 10 de fevereiro de 1986, em Belo Horizonte.

P/1 – Em Belo Horizonte mesmo?

R – Isso.

P/1 – Em que bairro e hospital, você sabe?

R – Eu nasci na Maternidade Otaviano Neves, que é uma Maternidade que fica na região hospitalar aqui em Belo Horizonte. Então, é uma região mais central.

P/1 – E seu pai e sua mãe contaram como foi esse nascimento? Como foi o dia? Você já ouviu essa história?

R – Eu já ouvi muito da minha mãe. A minha mãe, aliás, para qualquer pessoa que conhece, ela vai contar a história de como ela se sentiu, das emoções e tudo mais. Eu sou a segunda tentativa deles de ter um filho. Ela teve um aborto...

P/1 – Você estava contando que sua mãe conta direto essa história.

R – Conta, conta muito. Eu sou a segunda tentativa deles de ter um filho, ela sofreu um aborto antes e aí ficou grávida de mim. Ela conta muito ter sido um processo tranquilo toda a jornada. Ela trabalhou muito (trabalhava em três empregos). O processo de quando ela começou a sentir as dores da dilatação, ela queria que fosse parto natural, mas, realmente, foi um processo que não foi tão fácil. Ela ficou um tempão no hospital e não conseguiu ter a dilatação que queria. Ela desenvolveu uma relação muito próxima com o médico, que é o doutor Lucas, que me colocou neste mundo. Ele a aconselhou mesmo: "Poxa, já está na época, já está na data, está próximo, vamos fazer uma cesárea para garantir que não vai ter problema". E aí foi: às 21:59 h do dia 10 de fevereiro, numa segunda de Carnaval, Tatiana dos Santos Silva vem ao mundo (risos).

P/1 – Entendi....

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Título: Direito por uma questão social

Local de produção: Brasil / Belo Horizonte

Autor: Museu da Pessoa

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