Lembro-me como fosse hoje a primeira vez que entrei na sala de aula e conheci o peso da palavra professor, que ia muito além do ato de ensinar.
E com certeza está mais ligada a laços de amor.
Aí entendi profundamente que aquele era e é o meu lugar.
Já se passaram 10 anos, houve muitas mudanças no meu pensamento, mas a essência daquele dia continua empregando em mim.
Continuo achando que os meus alunos são sementes ricas com inúmeras bagagens e eu sou uma jardineira que devo trabalhar com afinco, carinho para que essas sementes cresçam gerando bons frutos.
Frutos com valores definidos, frutos com muito amor.
Sei que muitas vezes peguei sementes difíceis de cuidar, às vezes chorei por deparar com tamanhas dificuldades mas não desistia, procurava entender os motivos da rigidez daquela semente e tentava sempre dar o melhor de mim a ela.
Às vezes conseguia, outras nem tanto.
Ah! Mas nunca desistia e sabia, sabia mesmo que num tempo que pode ser longínquo aquela semente ia desabrochar e ia lembrar da jardineira que não desistiu dela.
E assim faço meu papel todos os dias na escola pública que eu trabalho.
E o meu trabalho vai muito além do ato de ensinar.
Procuro reconhecer as necessidades dos meus alunos e ajudá-los a superarem.
Assim me sinto uma professora cheia de desafios que juntos aos seus alunos tenta superar, sei que não é fácil, mas foi o que escolhi e nunca vou desistir.
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