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História
Personagem: Carmelita Krause Rosa
Por: Museu da Pessoa, 10 de maio de 2014

Depois de perder tudo, Carmelita se refez com uma antiga receita da mãe

Esta história contém:

Depois de perder tudo,  Carmelita se refez com uma  antiga receita da mãe

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Meu nome é Carmelita Krause Rosa, nasci em Joinville, Santa Catarina, em vinte e dois de dezembro 1971. Meu pai era eletricista e minha mãe trabalhava na fábrica de confecção de roupas e, agora, faz uns 30 anos que ela faz biscoitos caseiros.

Eu tinha estudado até o Ensino Médio, depois parei. Fiquei esse tempo com o [meu filho] Lucas. O Marcio tava muito bem no trabalho dele, tava tudo muito bem. Ele tinha empresa. Mas aí a gente foi à falência, e ficou desempregado. Assim, da noite pro dia, a gente ficou sem chão. Sem chão completamente! Ele tentou com turismo, mas a coisa não tava engatando, não tava funcionando. Daí, depois disso que eu pensei: “Vou ter que trabalhar, tenho que ajudar, tenho que fazer alguma coisa”.

Daí eu falei pra minha mãe: “Quer saber? Acho que eu vou começar a fazer biscoito”, só que ela não colocou muita fé em mim, não. Ela disse: “Não, fica aqui com a mãe, ajuda a mãe”, eu falei: “Não, não, não. Eu vou trabalhar esse final de ano aqui com a mãe, mas a partir de janeiro, eu vou começar a fazer sozinha”.

Acho que ela não botava muita fé que eu… Porque sempre ela era a protetora, eu ajudava, mas o puxar o negócio era ela. Era dela o negócio, eu ajudava nos acabamentos, mas meter a mão na massa, fazer a massa, nunca tinha feito. Ajudava ela a empacotar, pintar, a fazer as entregas, mas fazer mesmo? Então ela não botou muita fé: “Não vai dar certo esse negócio”. Aí eu peguei o último dinheiro que a gente tinha, que era fim de ano mesmo, fui lá e comprei o forno à vistinha, para não me endividar muito. E eu comecei na pior de todas as épocas, porque você trabalhar, começar a fazer biscoito em pleno verão, depois que todo mundo se encheu de chocolate, Natal. Foi a pior de todas as épocas para você querer começar esse tipo de negócio. E eu comecei em janeiro.

O forte era dezembro. Só que em dezembro, eu fiquei ajudando ela. “Mas eu vou começar em...

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Plano Anual de Atividades 2013 – Pronac 128.976 Whirlpool

Depoimento de Carmelita Krause Rosa

Entrevistada por Marcia Trezza

Joinville, 10/05/2014

WHLP_HV029_Carmelita Krause Rosa

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Mariana Wolff

P/1 – Carmelita, nós vamos começar a entrevista, fala seu nome completo.

R – Carmelita Krause Rosa.

P/1 – Que lugar você nasceu?

R – Joinville, Santa Catarina.

P/1 – Em que data?

R – Em 1971.

P/1 – Que dia e mês?

R – Vinte e dois de dezembro.

P/1 – Qual o nome dos seus pais?

R – Antido Krause e Luana Otto Krause.

P/1 – A origem deles, eles são brasileiros?

R – Eles são brasileiros, né, mas a origem é alemã.

P/1 – Do pai e da mãe?

R – Dos dois, ambos.

P/1 – E que atividade tem o seu pai, ou tinha?

R – Ele era eletricista.

P/1 – Ele ainda é vivo?

R – Não, ele é falecido.

P/1 – Foi sempre eletricista?

R – Sempre eletricista.

P/1 – E a sua mãe?

R – A minha mãe, mais de nova, ela trabalhava na fábrica, né, de Nova, fábrica de confecção de roupas. E agora, faz uns 30 anos que ela também faz biscoitos caseiros.

P/1 – Ela continua fazendo?

R – Continua fazendo biscoitos caseiros. E assim, durante um bom tempo, depois que o meu pai se aposentou, ele também ajudava ela, né, então…

P/1 – E além da sua mãe, mais alguém da família fazia biscoitos?

R – Sim, uma irmã dela, né, que daí essa irmã que deu os primeiros passos, ensinou ela. Essa irmã dela.

P/1 – E essa irmã é com biscoitos de origem alemã, ou não?

R – Sim, sim, porque era biscoito de melado, pão de mel, né, então são os mais de origem, né, os tradicionais natalinos.

P/1 – E que lembranças você tem do seu pai?

R – Do meu pai? Paizão (risos), paizão! Ah, não queria falar…

P/1 – Você lembra dele e fica com saudades, né? E da sua mãe?

R – Desculpa…

P/1 – Imagina! Carmelita, a gente tava falando do parto do Lucas. Você chegou e...

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