Sonhei que colhia um mamão em uma árvore, da janela do meu quarto, sendo que moro de frente em um prédio de três andares, numa rua relativamente tranquila com algumas árvores e plantas na calçada, quase na esquina com outra rua muito movimentada, principalmente nos dias de semana. O mamão caía na calçada, partindo-se ao meio e eu descia correndo para pegá-lo. Chegando lá, a fruta era do dono do armazém que tem me trazido algumas compras nessa quarentena; encontro-o na calçada com a metade da fruta na mão sendo que o estabelecimento, nesse caso, está no térreo do meu edifício e originalmente é na esquina da rua perpendicular à minha, muito próximo. Não sei onde foi parar a outra metade do mamão, acho que se “desmanchou” ao cair, o sonho termina com o dono do armazém entrando na venda e eu aceitando que era dele a metade da fruta.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
A alimentação tem tido um foco importante pra mim nessa quarentena, do ponto de vista nutricional, mesmo, e também simbólico, como para tod@s, acredito, do que vamos nos alimentar nesse período? Vamos ter que criar novas receitas, além das tradicionais no interior da casa. Nutricional porque estou assumindo uma rotina de cozinhar meu próprio alimento, de me organizar no sentido de eu mesma prover a minha alimentação, o que já vinha gradativamente acontecendo nos últimos meses e que agora se torna decisivo, inclusive com alimentos mais orgânicos. Outra coisa é que tenho cuidado mais das plantinhas em casa de um tempo pra cá, expondo-as ao sol e aguando com regularidade elas cresceram mais e deram mais flores. Percebo também que tive o sonho logo após constatar que as formigas já não percorrem tanto o parapeito das minhas janelas como antes, então imaginei que ocupam as plantas e as árvores na calçada, pois não são mais afugentadas pelo movimento dos carros, o barulho e trânsito de pessoas.