João Batista Tavares, de 78 anos e residente na cidade de São João da Boa Vista, no interior de São Paulo, conta um pouco do processo de imigração de seu pai, Antônio Tavares, que veio de Portugal para o Brasil.
João conta que a imigração de seu pai ocorreu em 1914 por conta do início da Segunda Guerra Mundial, quando ele foi mandado de navio para o Rio de Janeiro junto com seu irmão, com o qual, depois da imigração, nunca mais teve contato. Antes da mudança para o Brasil, Antônio trabalhava junto com sua família em uma quinta na cidade de São Pedro de Castelões, que fica no município de Vale de Cambra. Quando ele chegou ao Rio de Janeiro, sua profissão mudou drasticamente, a família onde Antônio ficou, que mais tarde se tornaria a família de sua esposa, tinha uma marcenaria e ele começou a trabalhar como ajudante de marceneiro.
Depois de um tempo, o pai de João acabou se casando com a filha do casal da casa em que ele morava, e juntos se mudaram para o interior de São Paulo, para São João da Boa Vista, onde João e duas de suas três filhas ainda moram. Chegando em São João, ele abriu uma pequena marcenaria que, com o decorrer do tempo, foi crescendo muito por conta da localidade ser uma cidade pequena e por não existir tantas marcenarias na época.
Antônio teve dez filhos, sendo João o mais novo; por isso, quando nasceu, a condição financeira de sua família já era estável, e em casa eles tinham aparelhos domésticos como geladeira e telefone, que na época não eram comuns.
Como ele era um homem bem fechado, os filhos não sabiam muito como se sentia em relação à imigração, principalmente João, por ser o mais novo. Ele não trouxe consigo muitas tradições, apenas o consumo de vinho nas refeições e o bacalhau. Ele também não falava muito sobre o desejo de voltar para Portugal, porém, João acha que ele sempre sentiu vontade e saudades da família, já que o único contato que eles tinham era por cartas, mas...
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João Batista Tavares, de 78 anos e residente na cidade de São João da Boa Vista, no interior de São Paulo, conta um pouco do processo de imigração de seu pai, Antônio Tavares, que veio de Portugal para o Brasil.
João conta que a imigração de seu pai ocorreu em 1914 por conta do início da Segunda Guerra Mundial, quando ele foi mandado de navio para o Rio de Janeiro junto com seu irmão, com o qual, depois da imigração, nunca mais teve contato. Antes da mudança para o Brasil, Antônio trabalhava junto com sua família em uma quinta na cidade de São Pedro de Castelões, que fica no município de Vale de Cambra. Quando ele chegou ao Rio de Janeiro, sua profissão mudou drasticamente, a família onde Antônio ficou, que mais tarde se tornaria a família de sua esposa, tinha uma marcenaria e ele começou a trabalhar como ajudante de marceneiro.
Depois de um tempo, o pai de João acabou se casando com a filha do casal da casa em que ele morava, e juntos se mudaram para o interior de São Paulo, para São João da Boa Vista, onde João e duas de suas três filhas ainda moram. Chegando em São João, ele abriu uma pequena marcenaria que, com o decorrer do tempo, foi crescendo muito por conta da localidade ser uma cidade pequena e por não existir tantas marcenarias na época.
Antônio teve dez filhos, sendo João o mais novo; por isso, quando nasceu, a condição financeira de sua família já era estável, e em casa eles tinham aparelhos domésticos como geladeira e telefone, que na época não eram comuns.
Como ele era um homem bem fechado, os filhos não sabiam muito como se sentia em relação à imigração, principalmente João, por ser o mais novo. Ele não trouxe consigo muitas tradições, apenas o consumo de vinho nas refeições e o bacalhau. Ele também não falava muito sobre o desejo de voltar para Portugal, porém, João acha que ele sempre sentiu vontade e saudades da família, já que o único contato que eles tinham era por cartas, mas por ser muito recluso, nunca falou sobre isso.
Diferente de seu pai, João e alguns de seus familiares mostram um grande desejo de visitar Portugal; ele contou que agora corre o processo de conseguir seu visto português, e tem o desejo de visitar o país de seus antepassados, principalmente a cidade onde seu pai cresceu, e conhecer um pouco da cultura que seu pai não passou, nem contou para ele.
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