O entrevistado se chama Henri Philippe Reichstul; ele nasceu na França, em Paris, em 12 de abril de 1949, e veio para o Brasil de barco em 1955; aos 6 anos de idade, chegou em Santos.
Os pais dele, originalmente queriam ir para os Estados Unidos, porém, por conta do trabalho de exportação de máquinas têxteis, o pai teve que ir para a alfândega do Brasil por conta de uma máquina que tinha ficado presa, e se maravilhou com o país e convenceu a família a vir.
Os pais decidiram vir por conta de um trauma da Segunda Guerra Mundial; eles eram judeus poloneses, e queriam sair do continente Europeu .
Henri Philippe Reichstul estudou no Pasteur, fez teatro na Aliança Francesa, se formou em economia na USP, fez estágio na revista de economia Banas e depois conseguiu trabalho na Varig. Como falava três línguas, primeiro trabalhou na loja e depois trabalhou como taifeiro de cálculo de passagem.
Quando chegaram em São Paulo, ficaram no Grande Hotel Americano durante 6 meses, antes de se mudarem para a Avenida Nove de Julho, perto do Viaduto Major Quedinho; e depois a família conseguiu comprar um apartamento na Rua Sabará.
Sobre tecnologias, o vídeo fala sobre:
Navios que era como se faziam as viagens internacionais que tinham que cruzar o mar; máquinas têxteis, já que seu pai trabalhava com a venda das mesmas; em passagens aéreas, em que você emitia as passagens a mão, e eram feitas de carbono, e com uma régua, pois não podia errar; também havia as máquinas facit para fazer os cálculos das passagens. Durante o tempo em que morava na Nove de Julho, ele tinha um rádio, da marca Grunge, e bem grande, com frequências modulares longas e curtas; um rádio pequeno a pilha; um telefone que custava um preço de um carro na época; e televisão não tinha, mas ia no vizinho assistir; só havia duas em todo o prédio.