Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
História
Por: Museu da Pessoa,

De estação em estação

Esta história contém:

Vídeo

P/1 – Bom dia, senhor José Carlos.

R – Bom dia.

P/1 – Obrigada por ter atendido nosso convite.

R – Foi um prazer.

P/1 – Obrigada. Eu quero começar a entrevista com o senhor nos dizendo seu nome completo, o local e a data de nascimento.

R – José Carlos de Oliveira Melo, nasci em Catende, Pernambuco, no dia 8 de abril de 1940.

P/1 – Muito bem. E o nome dos seus pais, senhor José Carlos?

R – Meu pai é Gregório Taumaturgo de Oliveira Lima e minha mãe era Beatriz Correia de Oliveira Melo. Falecidos.

P/1 – São falecidos?

R – São.

P/1 – Eles nasceram em Alagoas, é isso?

R – Alagoas, um em Santa Luzia do Norte, meu pai, e minha mãe em Atalaia.

P/1 – Qual era a atividade do seu pai?

R – Papai? Olha, quando eu era pequeno, papai era... Eu nasci no engenho que pertencia à Usina Catende. Uma grande usina que fechou. Papai tomava conta do barracão. O barracão, não sei se a senhora sabe, era onde ficavam “aprisionados” os empregados da usina.

P/1 – Ah, é?

R – É, porque hoje em dia não tem muito, mas o que acontecia? Você era trabalhador na cana, no corte de cana em geral e só tinha aquele barracão para fornecer alimentos e outras coisas. Então, você ia comprando, comprando, o preço lá em cima; quando era o fim da semana, você não tinha nem saldo, sempre ficava devendo. Você nunca podia sair dali. Ele não era o dono do barracão, ele era quem tomava conta. Depois, ele passou para a cidade, foi depois que eu nasci e lá ele foi gerente de um bar que pertencia a um tio meu. Pronto. Em 1946, meu pai, que nunca pegou numa colher de pedreiro, nunca pegou, foi trabalhar como mestre de obra, na construção de uma usina de açúcar no interior da Paraíba, um lugar chamado Pirpirituba. Daí, passamos dois anos lá; depois, ele saiu da usina, não sei por qual motivo e foi trabalhar na construção de uma estrada de...

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

Projeto Um Trem de Histórias

Registro Disseminação dos Saberes e Ofícios da Rede Ferroviária do Nordeste - Módulo Pernambuco

Depoimento de José Carlos de Oliveira Melo

Entrevistado por Claudia Fonseca

Recife, 15/04/2010

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista número: MRFP_HV019

Transcrito por Arianna Sassaroli

Revisado por Natália Ártico Tozo

P/1 – Bom dia, senhor José Carlos.

R – Bom dia.

P/1 – Obrigada por ter atendido nosso convite.

R – Foi um prazer.

P/1 – Obrigada. Eu quero começar a entrevista com o senhor nos dizendo seu nome completo, o local e a data de nascimento.

R – José Carlos de Oliveira Melo, nasci em Catende, Pernambuco, no dia 8 de abril de 1940.

P/1 – Muito bem. E o nome dos seus pais, senhor José Carlos?

R – Meu pai é Gregório Taumaturgo de Oliveira Lima e minha mãe era Beatriz Correia de Oliveira Melo. Falecidos.

P/1 – São falecidos?

R – São.

P/1 – Eles nasceram em Alagoas, é isso?

R – Alagoas, um em Santa Luzia do Norte, meu pai, e minha mãe em Atalaia.

P/1 – Qual era a atividade do seu pai?

R – Papai? Olha, quando eu era pequeno, papai era... Eu nasci no engenho que pertencia à Usina Catende. Uma grande usina que fechou. Papai tomava conta do barracão. O barracão, não sei se a senhora sabe, era onde ficavam “aprisionados” os empregados da usina.

P/1 – Ah, é?

R – É, porque hoje em dia não tem muito, mas o que acontecia? Você era trabalhador na cana, no corte de cana em geral e só tinha aquele barracão para fornecer alimentos e outras coisas. Então, você ia comprando, comprando, o preço lá em cima; quando era o fim da semana, você não tinha nem saldo, sempre ficava devendo. Você nunca podia sair dali. Ele não era o dono do barracão, ele era quem tomava conta. Depois, ele passou para a cidade, foi depois que eu nasci e lá ele foi gerente de um bar que pertencia a um tio meu. Pronto. Em 1946, meu pai, que nunca pegou numa colher de pedreiro, nunca...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.