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História
Por: Museu da Pessoa, 12 de junho de 2017

De confiança, desde pequeno

Esta história contém:

De confiança, desde pequeno

Vídeo

Minha mãe é de Morro do Ferro (MG), é próximo de Oliveira. E meu pai é de Oliveira, cidade de Oliveira. Por incrível que pareça, no ano passado, eu tive a oportunidade de ir lá porque eu não conhecia Oliveira. Sou de lá, vim de lá com 3 anos de idade e fui pedir informação de como foi que eles se conheceram. Aí disseram que meu pai era comprador de gado e, nessa região, tinha muito gado, e eles ficaram se conhecendo.

Meu pai tinha um caminhão, viemos [para Paracatu, MG] de caminhão. Ele produzia muito café, ainda veio trazendo café de lá [Oliveira] pra cá. Aí vendeu esse caminhão e comprou a propriedade, a fazenda Bandeirinha. Casa de adobe, colonial, com um pomar, curral, tinha um curral na frente da fazenda e o que produzia mais era leite.

Olha, falando francamente, eu não lembro de brinquedo. Meus pais nunca deram nenhum brinquedo, era serviço, era a convivência com os animais, o bezerro, por exemplo, laçar. E aí ia levando aquela vida. Não tinha prática de brinquedo. Meu pai me chamava 1 hora da manhã pra trabalhar e, às vezes, ficava até 9 horas da noite ainda para pôr ração para gado. E desde pequeno.

Com 7 anos, eu comecei a ir na escola rural. A minha mãe ia pentear meu cabelo para eu ir pra escola, o cabelo estava duro. Como eu tocava animal no engenho e escondia debaixo, porque o sol estava quente, às vezes, me escondia debaixo do engenho, pingava garapa. Então era aquele problema pra pentear o cabelo porque endurecia. Era o cabelo todo cacheado. Minha mãe penteava e fazia os cachos no cabelo. Eu lembro.

Tinha que andar quase 3 quilômetros pra essa escola. E era tudo numa sala só, uma mesa emendada na outra e era banco. E acho que a professora não tinha condições de estrutura pra ensinar. Eu ganhei palmatória na mão. A palmatória, é como se fosse uma colher, mas é redonda e cheia de buraquinho. Quando ela batia, fazia assim (bate na palma da mão) chegava a puxar, e a mão da gente inchava. Até no...

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Carteira de identidade católica

Na época, foi dado para que os cristãos levassem junto com os documentos.

tipo: Documento

Veteranos 2007

Último certificado, dos 15 anos de trabalho de Antônio.

tipo: Documento

Lembrança escolar

Recordação do quarto ano.

período: Ano 1963
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Documento

Certificado de batismo

Se lembra que a mãe guardou a lembrança com muito cuidado.

período: Ano 1945
tipo: Documento

Dia de festa

Dia do casamento do irmão de seu Antônio, Joaquim. Ao fundo, seu Antônio e Isa e a filha mais velha do casal, Ana Paula.

período: Ano 1976
local: Brasil / Minas Gerais / Matutina
tipo: Fotografia

Porta-bandeira paracatuense

Esposa, quando jovem, participava de desfile de aniversário da cidade e também no desfile cívico. Ela era porta-bandeira.

período: Ano 1965
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Família reunida

Em família: Amado Monteiro de Resende (pai), Conceição Maria de Resende (mãe), Raimundo José Resende (irmão), Maria José Resende (irmã), Geralda Maria Viana Resende (irmã) Maria Conceição (irmã), Tarcísia Aparecida Resende (irmã), Francisco Nazare Resende (irmão), Joaquim de Paual Eustáquio Resende (irmão) e Antonio. Estão no quintal da casa de Antonio, em Paracatu, na Boa Vista.

período: Ano 1950
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Época do ginásio

Formatura quarta série B da esposa, na escola Antônio Carlos.

período: Ano 1968
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Desfile

Isa, esposa de Antonio, está à frente, participando do desfile. As apresentações da escola sempre eram na Rua Goiás, tendo esse nome porque era a estrada para Goiás.

período: Ano 1968
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Grupo da fanfarra

A esposa é a primeira como porta-bandeira, mas nesse dia “estava de fanfarra”.

período: Ano 1965
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Grupo escolar

Grupo da escola de Isa, esposa de Antônio, (embaixo, de branco no centro), em apresentação também no antigo campo da Liga.

período: Ano 1965
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Carnaval

Isa aos 15 anos (aproximadamente), pronta para o Carnaval de Paracatu. Foto tirada no Jóquei Clube, onde hoje é a Câmara Municipal

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Cachoeira desmoronando

Uma enchente fez desmoronar a cachoeira “parecia que uma nuvem desceu e desaguou a água toda!”. A cachoeira era na praia do Vigário.

período: Ano 1979
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Foto 3X4

Primeira foto tirada para começar a trabalhar no Banco do Brasil.

período: Ano 1973
tipo: Fotografia

Brinde

Reunião de amigos e família para o aniversário da esposa: a Isa está ao lado de Antonio, brindando.

período: Ano 1999
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Confraternização

Festa de confraternização de fim de ano da RPM. Na foto estão Antonio, Isa e colegas da área de segurança e da hidrometalurgia.

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

História de pescador

Lembra-se que foram parados na “barreira da polícia” com os peixes, mas sendo liberados porque era sexta-feira da Paixão!

local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
tipo: Fotografia

Virando notícia

Na revista da firma, notícia sobre a produção do ouro.

período: Ano 1987
tipo: Fotografia

Dados de acervo

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Projeto Kinross Paracatu

Depoimento de Antonio Afonso de Resende

Entrevistado por Fernanda Prado e Luís Gustavo Lima

Paracatu, 12/06/2017

Realização Museu da Pessoa

KRP_HV16_Antonio Resende

Transcrito por Karina Medici Barrella

P/1 – Então, beleza, seu Antonio. A gente primeiro gostaria de agradecer de o senhor ter recebido a gente aqui na sua casa para essa entrevista. E pra gente começar eu queria que o senhor falasse o seu nome completo.

R – O prazer foi todo meu, de receber vocês só que nessa humilde residência. Antonio Afonso de Resende.

P/1 – A data do seu nascimento.

R – Primeiro do doze de 1948.

P/1 – E a cidade que o senhor nasceu?

R – Oliveira, Minas Gerais.

P/1 – Qual o nome dos seus pais, seu Antonio?

R – Amado Monteiro de Resende e Conceição Maria Aparecida.

P/1 – E fala da origem dos seus pais pra gente.

R – A origem?

P/1 – É, de que cidades eles são.

R – Minha mãe é de Morro do Ferro (MG), é próximo de Oliveira. E meu pai é de Oliveira, cidade de Oliveira.

P/1 – O senhor sabe como eles se conheceram, como eles casaram?

R – Por incrível que pareça, no ano passado, eu tive a oportunidade de ir lá porque eu não conhecia Oliveira. Sou de lá, vim de lá com três anos de idade e fui pedir informação, como foi que eles se conheceram. Aí disse que meu pai era comprador de gado e foi nessa região que tinha muito gado e eles ficaram se conhecendo.

P/1 – E o senhor tem irmãos, seu Antonio?

R – São quatro homens e quatro mulheres.

P/1 – E o senhor está em que lugar dessa escadinha?

R – Eu estou mais ou menos no meio (risos), sou o quinto, parece que faleceu um, mas ainda jovem, criança.

P/1 – E o senhor falou que veio pra Paracatu com três anos de idade.

R – Isso.

P/1 – Então o senhor não se lembra da viagem.

R – Não lembro. Mas lembro de contar que meu pai tinha um caminhão, veio de caminhão. Ele produzia acho que muito café, ainda veio trazendo café de...

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Título: De confiança, desde pequeno

Data: 12 de junho de 2017

Local de produção: Brasil / Minas Gerais / Paracatu

Autor: Museu da Pessoa

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