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História
Por: Museu da Pessoa, 7 de outubro de 2022

De bem com a vida

Esta história contém:

De bem com a vida

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Eu nasci linda, né? Loirinha, de olho claro. Isso mamãe que falou... nasci em Rafard e fiquei aqui até os meus dezenove anos de idade.

Convivi com meu pai, Danilo Abel, em todos os momentos da minha vida, no seu salão de barbeiro. De vez em quando eu ficava ali pra limpar, varrer o cabelo do chão, organizar as coisas. Aprendi a cortar cabelo observando papai, ele era um artista. Fenomenal o jeito que ele trabalhava com a navalha, com a tesoura, com aquelas maquininhas de fazer aqueles cabelos estilo alemão atrás. Enfim, a minha juventude foi dentro do salão. Era uma satisfação enorme eu estar com papai e o nosso gênio era muito igual: alegre, expansivo, falando, mexendo com todo mundo.

E do outro lado da rua tinha tio Laerte Abel, com a alfaiataria. E aí tinha o ponto de ônibus. Ali chegava e saía um monte de gente da cidade: as pessoas que iam trabalhar em Capivari, que iam estudar. Então o salão do meu pai era uma vitrine e do tio Laerte também, porque reunia todos os homens aposentados da cidade, ficavam ali. E, modéstia à parte, meu tio Laerte fazia um terno como ninguém. Ele era um espetáculo como alfaiate. Então, a vida deles era essa, na Rua Maurício Allain, onde tinha muita gente. Nós éramos família, mesmo. Todo mundo se conhecia.

Ele gostava das coisas culturais, tinha o cinema, Paratodos. Nosso cinema era fantástico, enorme, com duas janelas no fundo. Abria-se aquela cortina de veludo grande que tinha e ele ficava vendo o fim do filme, tinha faroeste, filme chinês... ele gostava dessas coisas. Ele foi embora muito cedo da nossa vida. Faleceu com 53 anos, teve um infarto em 1976. Então pra mim foi uma perda muito grande. Eu tinha dezenove anos de idade. A vida dele foi linda. Ele viveu uma vida plena.

A minha mãe era Dona Adélia Domingues Abel, uma pessoa linda por dentro e por fora. Ela costurava muito bem, ajudava o papai nas despesas da casa. Até teve uma vez um concurso de desfile de modas em Rafard e...

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O carro da Loira Fatal

Dados da imagem Lourdinha ganhou este Fiat Uno novo no bingo, em 1996, e está com ele desde então. Esta foi uma grande história para seus conhecidos, tanto que ela ficou conhecida como a Loira Fatal.

Período:
07/10/2022

Local:
Brasil / São Paulo / Rafard

Imagem de:
Maria de Lourdes Domingues Abel

História:
De bem com a vida

Crédito:
Acervo pessoal

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
carro, bingo, fiat uno, 1996

Lourdinha ganhou este Fiat Uno novo no bingo, em 1996, e está com ele desde então. Esta foi uma grande história para seus conhecidos, tanto que ela ficou conhecida como a Loira Fatal.

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