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História
Por: Museu da Pessoa, 30 de novembro de -0001

Das ladainhas da Capoeira às encantarias do Maranhão

Esta história contém:

Das ladainhas da Capoeira às encantarias do Maranhão

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A história é assim: eu fui gerado no Maranhão, um pai e uma mãe indo trabalhar no Rio de Janeiro, na casa das pessoas que os meus ancestrais foram escravos deles e meu vô foi no regime patronal deles, meio que meeiro, né? Você usa a terra e planta e paga pra poder fazer farinha na Casa Grande. Então, era um sistema meio assim. Você praticamente pagava pra poder estar vivendo dentro da terra.

Todos iam lá pra casa do meu vô pra escutar, na noite de lua, histórias. Todo mundo da comunidade reunia e aí contava-se as histórias no areial branco, maravilhoso, cheio de pé de caju. Meu vô sabia que aquela lagoa ali, aquele poço não é um poço, eles chamam de cacimba, alguns, mas é um olho d’água, umas pedras em volta e você vai lá pra tomar banho, pra lavar roupa e ele sempre diz que a Iara ficava lá. E sempre escuta os barulhos dela à noite,

Tinha seis anos. É igualzinho aquelas crianças ali. E eu, morando no interior, fui pra cidade de São Luís. Meu, já pensou um índio, um cara que viajou de navio pra chegar no Maranhão com um ano e se lembrava do cheiro do mar, do navio... Aquilo no seu inconsciente e depois ir para o interior, um lugar que não tinha luz, não tinha tecnologia. Animais, lagoas, intempérie, uma casa de palha, índios, histórias antigas e ir pra cidade de São Luís. Foi tipo um bicho dentro da cidade. Eu fugi da escola e peguei um bonde e caí do bonde e o carro puuuuuuuuuuuu. (risos) Essa foi uma das primeiras peripécias minhas e aquilo me pegaram, foram me levar na casa e apanhei do pessoal que não era minha mãe, era o pessoal que me criava, que criava a minha mãe. Porque eu queria liberdade e esse pessoal me reprimia. Não eram que nem meus avós, né?

Era o pessoal de outra família, não me compreendia e me reprimia. Então, a gente vivia nesse clima, nessa família, eu também fui abusado, mas o que eu levei dessa família foram várias coisas que eu aprendi. Conheci murano, baixela de prata, viajei...

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