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História
Por: Museu da Pessoa, 22 de agosto de 2013

Da Espanha aos negócios brasileiros

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Da Espanha aos negócios brasileiros

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Meus pais eram da lavoura, lavoura e cuidar de terras. Eu morava numa casa linda, uma casa, era a melhor casa da aldeia, de branco, não sei como se chama aqui, tinha forro, você não via as telhas, nem nada, aliás, não eram telhas, era piçarra, sabe o que é piçarra? É de pedra mesmo, a louça de pedra, era bonito, três quartos, três habitaciones, um corredor de ponta a ponta. Duas adegas, uma embaixo, uma na quadra que tínhamos porcos ou vacas embaixo, e ao lado uma bodega onde se conservavam os presuntos, os chouriços, sabe, chouriço? Da Espanha, não é o de sangue, não, lá que também mamãe fazia morcillias maravilhosas, a morcillia de sangue, de sangue dos porcos e um monte de coisa mamãe fazia morcillia. E assim foi a vida, a papai lhe tocaram duas vacas de parte do pai dele e começou a negociar, a comprar e vender vacas, porque ali tinha feiras de vender, feiras de vacas em três lugares. Eu fui pouco da escola. Um pouco tempo só, eu aprendi a somar decimal por montes nas pedras, riscando nas pedras aprendi a somar. Mas isso é insignificante porque, olha, a escola foi pouco tempo porque quando começou a guerra os professores eram fuzilados. Comecei a trabalhar, vender. E quando já maior eu resolvi vir pro Brasil. Me deu essa coisa, digo: “Me vou da Espanha”, estava aborrecido e eu ia tomar o metrô pra ir pra Salamanca, o bairro mais chique de Madri, que ali tinha eu clientela, e antes de pegar o bilhete do metrô dei a volta e fui na Puertadel Sol, que eu conhecia, uma agência de viagens tinha ali, e subi: “Buenos dias”, “Buenos dias”, “Que deseja?”, “Olhe, quero ir pra fora da Espanha”, “Pra onde?”, “Não sei, pra qualquer lugar”, disse: “Olhe, no Brasil estão pedindo muita mão de obra”. Aqui em São Paulo, eu sempre apanhando, então eu comecei a trabalha e passei um mês numa pensão na Mooca, na Rua da Mooca e a pessoa que eu...

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