Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
História
Personagem: Adib Farah Júnior
Por: Museu da Pessoa, 29 de agosto de 2011

Crescendo no Brás

Esta história contém:

Crescendo no Brás

Vídeo

“Nasci na Rua do Gasômetro, mas acho que morei lá por menos de um ano. Depois minha mãe, conseguiu um empréstimo junto ao professorado paulista, que tinha uma linha de crédito para os professores, e aí então meu pai comprou uma casa na Alameda Jaú. A Jaú, na época, não era o valor do metro quadrado que é hoje; ali do lado da Avenida Paulista e tal. Quase sem juros, aquilo era um negócio da China. Hoje seria uma fortuna! Então, na verdade, eu morei toda minha infância ali na Alameda Jaú. A minha mãe trabalhava como professora meio período e ajudava no estoque da firma no outro período. Tinha sempre alguém que ajudava na limpeza da casa, uma empregada. Teve a Marieta, depois teve a Maria Auxiliadora. E a gente estudava ali pelos arredores também. Fim de semana às vezes descia para o Ibirapuera, ia de bicicleta e voltava. Eu e os meus amigos jogávamos futebol ali no parque. Não era permitido jogar na grama, e a gente tinha que ficar esperto com os guardas, porque se eles pegassem a molecada ali, furavam a bola. Minha infância foi mais ou menos assim. A gente tinha um vizinho que tinha autorama, aqueles carrinhos. Até na Rua Augusta tinha um lugar que era especializado. Não sei se ainda existe, mas eles vendiam carenagem, rodas, contato, um monte de coisa assim. Às vezes, quando sobrava um pouquinho da mesada, a gente ia lá de bicicleta e brincava. Tinha a pista e você dava voltas lá com o carrinho. E foi mais assim: bicicleta, futebol, autorama. Nas férias a gente ia para Santos. O meu pai tinha um apartamento alugado na praia do Gonzaga que ele cedia para os funcionários quando se casavam; para a lua de mel dos funcionários. Ou às vezes sorteava para um fim de semana no verão. E, quando o apartamento não estava em uso, a gente ia. Passava quase um mês lá! Tinha um pessoal que a gente conhecia e também era futebol na praia, bicicleta. Mas isso não podia durar para sempre, e eu fui começando a trabalhar também....

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

P/1 – Adib, boa tarde.

R – Boa tarde.

P/1 – Eu queria primeiro agradecer o senhor por ter aceitado o nosso convite de vir aqui ao Museu e vou começar pedindo para você falar o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Adib Farah Júnior, São Paulo, nove de março de 1960.

P/1 – E o nome dos seus pais?

R – Adib Farah e Clesita Farah.

P/1 – Você sabe um pouquinho da origem deles, para contar para gente?

R – Adib Farah, o meu pai, era filho de Amin Farah, sírio da cidade de Homs, que veio de lá. Era católico e saiu de lá por causa de guerras, perseguições. Veio para o Brasil no início do século passado ainda. Estabeleceu-se em Santos com a família. Veio ele e dois irmãos, mãe e pai. Veio a família toda e nunca mais voltaram para lá. Nada. A minha avó paterna, Ludovina Farah, que é mãe do meu pai, era filha de um comerciante, trabalhador da Bolsa de Café de Santos e trabalhava no estabelecimento do meu avô, na loja da família lá em Santos. Eles se casaram e nasceu o meu pai. A minha avó Ludovina acho que era neta ou bisneta de portugueses. E do lado materno a minha mãe é filha de portugueses e alemães, mas é a terceira geração já. O sobrenome dela era Clesita Sewaicker de Oliveira, depois casou e ficou Clesita Farah. É mais ou menos isso. Ela era de Sorocaba.

P/1 – E você sabe como é que eles se conheceram?

R – A minha mãe e o meu pai se conheceram em um baile de carnaval. Depois eles começaram a namorar. Ela morava em São Paulo já e ele também. Meu avô veio pra São Paulo, a minha avó materna também veio. Vieram os filhos e se conheceram nesse baile de carnaval.

P/1 – E qual é a atividade dos seus pais?

R – O meu pai foi o fundador da empresa, um dos fundadores. Ele era comerciante, fez Contabilidade, Direito, Psicologia. Era também diretor, depois foi Presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Vestuários e Armarinhos de São Paulo. Foi Diretor do Sesc,...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.