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História
Personagem: Amélia Lopes Legal
Por: Museu da Pessoa, 24 de junho de 2010

Costurando entre os percalços

Esta história contém:

Costurando entre os percalços

Vídeo

Ninguém sabia dessas coisas de higiene nesse tempo. Mesmo Porto Velho ainda tinha muito mato dentro da cidade, era uma cidade muito suja. O esgoto corria no meio da rua, era uma cidade fedida, uma cidade ruim. Tanto que larguei tudo, vendi tudo e fui embora. Também não aguentei mais a malária, porque dava malária demais. Mas não era só a malária que dava. Também uma tal de doença de criança, que eles falavam. A criança começava a gritar de dor de cabeça e dali a um pouquinho estourava sangue do nariz e do ouvido e já morria. Uma vez, eu e meu marido chegamos numa casa e a mulher estava lavando umas roupas e a criança chorando. Aí o médico foi e falou: “É hepatite B. E é um perigo até dos que estão por perto pegarem.” Ele deu uma orientação boa, ele falou pra formarem esse hospital. Hoje tem, que foi na época meu marido e meus filhos que fizeram esse hospital em 80 e não sei o quê. Fizeram esse hospital aqui. E tem uma casinha ali que hoje é o posto de saúde.

Dados de acervo

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Projeto Memória dos Brasileiros Depoimento de Amélia Lopes Legal

Entrevistada por Gustavo Sanchez Jaci Paraná, 24 de junho de 2010.

Realização Museu da Pessoa Entrevista MB_HV128

Transcrito por Rosângela Maria Nunes Henriques.

Revisado por Fernanda P. Prado

P/1 – Dona Amélia, a gente vai começar agora. Eu vou pedir pra senhora começar dizendo seu nome completo, o lugar em que a senhora nasceu e quando a senhora nasceu?

R – O meu nome completo é Amélia Lopes Legal, eu nasci em Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul, em 13 de outubro de 1935.

P/1 – E lá em Brilhante, você vivia com quem?

R – Com meus familiares, meu pai tinha fazenda na Barranca do Rio Brilhante e eu fui criada em fazenda lá, era muito gostosa a vida lá. Depois, em 1952, casei, em Rio Brilhante. Aí, eu morei em Campo Grande uns tempos até os filhos estudarem um pouco, aí foram casando tudo, cada um tomando seu rumo, aí eu também vim para Porto Velho.

P/1 – E a senhora conheceu seus avós?

R – Só a minha avó materna.

P/1 – E que lembrança a senhora tem da sua avó materna?

R – Minha avó materna era uma pessoa maravilhosa. Ela era paranaense, eu tenho uma lembrança muito agradável dela, ela era uma pessoa muito dócil, muito boa e sempre me lembro dela com muita saudade. Agora, da parte do meu pai, eu não conheci ninguém. Era argentina a família do meu pai, mas eu não conheci. Só meus tios, alguns, mas não tenho lembrança nenhuma deles.

P/1 – A senhora falou da sua avó e deu até uma saudade. O que a senhora comia quando ia a casa dela visitar? O que vocês faziam juntas?

R – Fazíamos juntas a comida, eu a ajudava a fazer a comida, ela tinha umas comidinhas muito gostosas, era muito bom, a vida naquele tempo... Onde a gente comia as comidas naturais era muito gostosa, a gente tinha mais saúde, a comida... Meu pai matava uma vaca por mês na fazenda pra despesa, porque a gente não tinha esse negócio de: “Vai ali ao açougue e...

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Título: Costurando entre os percalços

Data: 24 de junho de 2010

Local de produção: Brasil / Jaci Paraná

Personagem: Amélia Lopes Legal
Autor: Museu da Pessoa

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