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História
Por: Museu da Pessoa, 11 de abril de 2003

Consciência e política

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Consciência e política

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Nas campanhas médico-sociais em que eu entrei, nas campanhas femininas e principalmente - principalmente que foi onde eu me dediquei mais e até hoje - nas campanhas cívicas. De defesa dos interesses, começando pela campanha do petróleo. Que entrei em 1948; final de 47 já estava nos centros democráticos que se integraram quando lançaram a campanha do petróleo. Veio através do centro da Tijuca.

Bom, eu vinha falando nos trabalhos médicos-sociais de que eu participava. Minha mãe ela tinha entidades aqui no Rio de Janeiro, também a instituição Carlos Chagas, e trabalhava no movimento feminino. E foi a São Paulo e criou uma federação. Primeiro isso, falar em mulheres, tinha que reportar à Federação Brasileira pelo Progresso Feminino de Berta Lutz, que representava em São Paulo a federação.

E teve uma atuação grande pelo voto feminino etc. E depois do pós-guerra, houve uma eclosão de uniões femininas pelo Rio de Janeiro e entidades democráticas também, e contra a carestia pelos bairros. Antifascistas e contra a carestia. E no nosso bairro ela era presidente do Centro Democrático Catete-Laranjeiras. Quando a Liga Anti-Fascista da Tijuca, que era presidida pelo general Euclides Figueiredo, o pai, e dona Nuta Bartlet James também era da liga, porque morava na Tijuca, minha mãe presidiu o Centro Democrático Catete-Laranjeiras. O Café Filho era vice-presidente. E eu integrava também o centro.

E tinha a União Feminina, que também funcionava ali. Ela foi para São Paulo criar a Federação de Mulheres, já lançando no programa a defesa do petróleo, porque tudo começou em 47 com as palestras, a convite do general César Obino, que era o presidente do Clube Militar. Ele, o general Henrique Cunha e o brigadeiro Francisco Teixeira, que eram da comissão cultural, sugeriram que abrissem a discussão. E a diretoria, o general César Obino, prontamente concordou e convidou os dois: o general Juarez Távora - que na palestra se mostrou...

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Meu nome completíssimo é muito grande, Nossa Senhora. Então vamos lá, há lugar. Maria Augusta de Toledo Tibiriçá Miranda. Mas eu não uso isso tudo, é muito nome. Nasci em São Paulo, capital. Seis de maio de 1917. Com o que estão vendo, 6 de maio próximo completo 86 anos.

FAMÍLIA

Meu pai, João Tibiriçá Neto. Paulista de uma família de políticos paulistas, da antiga oligarquia paulista antes de 30. Ele era engenheiro e exerceu a profissão em parte em São Paulo, em parte no Maranhão. Que ele foi construir uma estrada de ferro. Mas dominantemente em São Paulo. Minha mãe, Alice de Toledo Ribas Tibiriçá. Ela fez um curso completo de piano, como era comum à época. Ela era profundamente autodidata. E escrevia muito bem. Chegou a lecionar português e era uma oradora exímia. Agora, se você me perguntasse profissão, eu diria patriota. E ela se embrenhou muito em campanhas médico-sociais. Desde 1927, exatamente quando meu pai estava no Maranhão construindo a estrada de ferro, meu irmão mais velho tinha 2 anos - são 4 anos de diferença entre nós. Ele já faleceu. Ele tinha 2 anos e foi para o Maranhão. E minha mãe saía, às vezes à tarde, ia para as praças com ele, e via os leprosos, como eram chamados à época. E é o nome, depois houve uma conotação que ela própria trabalhou para mudar. Ela via os leprosos a cavalo, à distância, pedindo esmola. E ela ensinava o filho, meu irmão, a levar para eles os óbolos, e aquilo marcou a vida de Alice Tibiriçá - que era o nome dela. Alice Tibiriçá, resumindo. Ela ficou muito impressionada e quando voltou para, primeiro para o Rio e depois para São Paulo, onde foram morar, onde eu nasci 2 anos depois, ela pensava sempre nos hansenianos do Maranhão. E resolveu fazer um trabalho para eles. Criou primeiro uma quermesse para levantar fundos, depois uma sociedade. E logo vejam, o nome consubstancia todo um programa, porque ela via muito largo. O nome era Sociedade de Assistência aos...

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Título: Consciência e política

Data: 11 de abril de 2003

Local de produção: Brasil / Rio De Janeiro / Rio De Janeiro

Autor: Museu da Pessoa

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