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História
Por: Museu da Pessoa, 11 de setembro de 2007

Comércio que se vê de longe!

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Comércio que se vê de longe!

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IDENTIFICAÇÃO Sou Valdir Rodrigues dos Santos. Nasci em 5 de abril de 1943, em Arealva, Estado de São Paulo. FAMÍLIA Meu pai era Manuel Antônio dos Santos e minha mãe Maria Serrão dos Santos. Ambos eram do sítio. Depois que eles se casaram, meu pai passou a trabalhar como lenhador e minha mãe ficou trabalhando em casa. Ele morreu trabalhando, cortando uma árvore. Eu tinha três anos de idade. O meu pai nasceu na viagem, quando meus avós vieram de Portugal para o Brasil. Ele nasceu no navio, foi registrado na cidade de Santos. Quem escolheu Campinas foi minha mãe, porque meu pai já tinha morrido, eu tinha três anos de idade, minha mãe tinha cinco filhos e cidade pequena do interior ficava difícil para uma viúva criar todos eles. Minha irmã mais velha já estava entrando no científico e lá no interior não tinha esse curso, então optamos por vir para Campinas, porque tem maior campo de trabalho, de estudo. No interior, ela cuidava dos filhos, não trabalhava. Primeiro veio uma irmã minha trabalhar aqui. Ela trabalhou um tempo, arrumou um lugar para nós morarmos, e viemos. Quando chegamos aqui em Campinas cada um foi procurar serviço. Eu, já no segundo dia de Campinas, arrumei serviço na ótica. Trabalho até hoje em ótica. Eu tenho mais quatro irmãos. As minhas três irmãs não estão no comércio, tomam conta da casa. O meu irmão, até três anos atrás, ele era vendedor de tecidos, mas ele teve um derrame e está impossibilitado de trabalhar. CIDADES / CAMPINAS / SP Chegamos em Campinas em 1954. No dia seguinte da nossa chegada saímos pra procurar serviço e no outro dia seguinte já comecei a trabalhar. A primeira impressão que eu tive foi de medo. Quando desci da estação da Fepasa [Ferrovia Paulista SA], eu estava descendo com minha mala, meus sapatões de sola de couro, o bonde começou a descer da estação, eu pensei que ele ia sair da linha do trem, do bonde e ia me atropelar, tanto é que eu corri,...

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Dados de acervo

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P1 – Senhor Valdir, nós gostaríamos que o senhor nos dissesse seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Valdir Rodrigues dos Santos. Nascido no cinco de abril de 1943, Arealva, estado de São Paulo.

P1 – Quais os nomes dos senhores seus pais?

R – Meu pai, Manuel Antônio dos Santos e minha mãe Maria Serrão dos Santos.

P1 – O senhor se lembra dos seus avós?

R – Muito pouco.

P1 – Qual seria a origem da sua família? Conta um pouco para a gente a história da sua família.

R – Tanto meu pai como minha mãe, eles eram do sítio. Depois que eles se casaram meu pai passou a funcionar como lenhador. Minha mãe, trabalhando em casa, né? Tanto é que ele morreu trabalhando, cortando uma árvore. Eu tinha três anos de idade.

P1 – E como é que foi o nascimento do senhor seu pai?

R – O meu pai nasceu na viagem, quando meus avós vieram de Portugal para o Brasil. Ele nasceu no navio, foi registrado na cidade de Santos. Quando o navio parou em Santos eles registraram.

P1 – E os senhores seus pais, moravam em Arealva, como o senhor disse, por que eles escolheram Campinas?

R – Não, quem escolheu Campinas foi minha mãe, que escolheu Campinas. Porque meu pai já tinha morrido, eu tinha três anos de idade, minha mãe tinha cinco filhos e cidade pequena do interiro ficava difícil ela, viúva, entendeu, criar cinco filhos. Minha irmã mais velha já estava entrando no científico e lá não tinha esse curso, né, então optamos por vir para Campinas, porque tem maior campo, né, de trabalho, de estudo.

P1 – O senhor disse que quando a sua mãe veio para Campinas, ela veio com perspectivas de trabalho. Qual era a atividade da sua mãe naquele momento?

R – No interior, ela cuidava dos filhos, né, não trabalhava. Primeiro veio uma irmã minha trabalhar aqui. Ela trabalhou um tempo aqui, arrumou lugar para nós morar, tudo, depois nós fomos para lá. Quando chegamos aqui, em Campinas cada um foi procurar serviço. Eu, já no...

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