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História
Por: Museu da Pessoa, 13 de agosto de 2012

Comércio justo

Esta história contém:

Comércio justo

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“Trabalhei na Zoomp, passei para a Jauense e, quando chegou 2004, fui para a Santista. Sempre, de algum modo, relacionado com tecidos e comércio exterior. Aí, em 2006, me falaram: ‘Olha, agora você vai começar América Central.’ Aí era outro mundo. Era sair daquela história de desenvolver o produto para ir para preço. Era só China, China, China. Aí eu falei: ‘Ah, não.’ E, de todo modo, eu estava num fechamento de ciclo na minha vida. Quando chegou 2005, mais ou menos, o Instituto Camargo Corrêa tinha uma coisa do funcionário voluntário. Eu fui ver o que era e conheci a Associação Comunitária Monte Azul. Continuei na Santista, mas comecei, em paralelo, um trabalho lá. Só que eu me envolvi. E muito. Tanto que chegava nas reuniões da empresa eu não conseguia pensar mais no trabalho. E aí vinha chefe: ‘O estoque está alto? O que você vai fazer?’ E a minha cabeça pensando em captação de recursos, essas coisas. Então acabei me desligando da empresa em 2007 e fiquei um tempo no trabalho voluntário. Eu sei que a coisa evoluiu de um modo que acabei conhecendo outro grupo, a Associação Lua Nova, que trabalhava com adolescentes que ficam grávidas. Elas fazem bolsas, bonecas e vendem os produtos. Lá eu tive uma experiência superinteressante, porque, quando eu comecei, elas estavam justamente num processo de exportar para a Itália. Eu lembro que ficava enrolando os italianos um tempão porque elas atrasavam o trabalho: ‘Não, na semana que vem.’ ‘Não, olha, a fulana não veio porque o filho está com dor de barriga.’ Eu sofria, mas era assim: era uma relação diferente em relação ao ritmo e à velocidade que eu trazia do segundo setor. Nesse meio tempo, eu conheci uma organização que trabalhava para fortalecer ONGs, a Ficas, e o pessoal de lá percebia o seguinte: que o trabalho começava com amor à causa, mas se perdia na hora da gestão. E foi trabalhando lá que...

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Dados de acervo

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P/1 – Bom, senhora Miriam, bom dia.

R – Bom dia.

P/1 – Primeiramente, muito obrigado por ter aceitado o nosso convite e participar do nosso projeto. Pra começar essa entrevista eu gostaria que a senhora falasse pra gente o seu nome completo e a data e o local do seu nascimento.

R – Meu nome completo é Miriam de Oliveira Lima, eu nasci no dia dois de dezembro de 1966, no Ipiranga, em São Paulo.

P/1 – E o nome dos seus pais?

R – Vera Lúcia Peres Lima e Alcides de Oliveira Lima.

P/1 – E a senhora tem irmãos, irmãs?

R – Eu tenho. Eu na verdade sou a mais velha, aí eu tenho dois irmãos: tenho uma irmã e um irmão.

P/1 – Qual que é o nome deles?

R – A irmã é Márcia de Oliveira Lima e o irmão Marcelo de Oliveira Lima.

P/1 – E a senhora teve bastante contato com seus avós seja materno ou paterno?

R – Sim, tive. Na verdade o paterno não muito porque ele morreu um pouco cedo.Mas os maternos até pouco tempo, na verdade; e a avó materna também tive muito contato.

P/1 – Qual que era o nome dele?

R – Então, dos avós paternos é Amélia Marquesine Lima e o meu avô (pausa) nossa, já começou o primeiro branco (risos)... Amélia Marquesine Lima e Antenor de Oliveira Lima. E os avós maternos é Nancy Dias Peres e Elizardo Peres.

P/1 – E a senhora sabe um pouquinho da história deles, com o que eles trabalhavam, o que eles faziam?

R – Então, na verdade é assim:a parte da minha mãe meu avô veio da Espanha com cinco anos de idade, vieram fugindo até da ditadura do Franco, na Espanha.E eles trabalhavam no campo, então, quando eles vieram pra cá, a família começou a trabalhar também no campo.E aí depois eles foram pra Santos, e lá meu avô começou a ser cozinheiro, trabalhou 40 anos como cozinheiro em hotéis; minha avó também fazia bolo, então, ele sempre trabalhando com isso. Do meu lado, do lado paterno a minha vó era dona-de-casa, mas também os avós, os pais dela, vieram da Itália.Aquela...

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