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História
Por: Museu da Pessoa, 8 de maio de 2014

Com 14 anos, Izilda aprendeu a defender sua família

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Com 14 anos, Izilda aprendeu a defender sua família

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Meu nome é Izilda Correia de Macedo Custódio, nasci em Bom Conselho, estado de Pernambuco, em dez do seis de 1955. Meu pai era quase médico, foi quase dentista. Mas, vamos colocar como agricultor mesmo, Nós tínhamos uma fazenda nos Caibros, que foi herança, ele trabalhava muito com os caseiros agricultores. Ele combateu na época, a febre amarela com um determinado remédio que sabia, e por combater essa doença, nós ganhamos essas casas em Bom Conselho. Minha mãe se casou muito novinha. Aos 16 anos ela só estudava em um colégio interno.

Eu tive uma infância maravilhosa! Enquanto meu pai era vivo, ele era um homem muito cuidadoso com nós mulheres. Como só tinha as quatro meninas, ele gostava da gente bem, de cabelinho curto, unha pintadinha e ensinava bons modos pra nós. Ele levava pras festas, dançava com nós. Ele explicava que quando tivesse numa festa, se alguém fosse tirar pra dançar a gente nunca dissesse não, tinha que ser uma verdadeira dama e dançar, contanto que tivesse respeito. Um homem que soube explicar pra nós tudo direitinho, como era a vida. Deu todas as coordenadas, até um dia se, lá na frente, a gente casasse. Como nós tínhamos fazenda, na nossa fazenda tinha madeira de lei, ele falava assim: “Quando vocês casarem, ajudem o marido com isso. Vocês têm forma de entrar com alguma coisa, pra nunca deixar ele sozinho. Se amanhã ou depois vocês começarem a trabalhar, dividam o orçamento com o esposo, isso não danifica. Não é porque ele é o homem, que seja obrigado a fazer de tudo, é importante que vocês estejam sempre a par. Prestem atenção com quem vocês vão casar também.” Meu Deus, eu não consigo esquecer de como meu pai podia ensinar essas coisas pra nós, que geralmente mãe ensina, mas foi o meu pai que ensinou.

... Adorava ver o crochê e me enfeitiçava, era extremamente apaixonada e tinha curiosidade de saber por que, como que se faz isso. E meu pai vendo aquilo, comprou uma agulha e uma lã,...

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Plano Anual de Atividades 2013 – PRONAC 128976 - WHIRLPOLL

Depoimento de Izilda Correa de Macedo Custódio

Entrevistada por Márcia Trezza

Joinville, 08 de Maio de 2014.

Realização Museu da Pessoa.

WHLP_HV024_Izilda Correa de Macedo Custódio

Transcrito por Iara Gobbo.

P/1 – Izilda, nós vamos começar a entrevista. Fala seu nome completo.

R – Meu nome é Izilda Correia de Macedo Custódio.

P/1 – Onde você nasceu?

R – Eu nasci em Bom Conselho, estado de Pernambuco.

P/1 – Em que data?

R – Ah, dez do seis do 55.

P/1 – Izilda, qual o nome dos seus pais?

R – Meu pai já é falecido, era Euclides Correa de Macedo e minha mãe ainda continua, é Maria Eliza de Menezes.

P/1 – Continua viva?

R – Sim, viva, graças a Deus.

P/1 – Qual a atividade do seu pai?

R – Olha, meu pai, vamos dizer assim, meu pai tinha uma série, meu pai era quase médico, foi quase dentista. Mas vamos dizer assim, vamos colocar como agricultor mesmo, porque ele não exercia essa função, ele trabalhava mais com o pessoal na roça. Nós tínhamos uma fazenda nos Caibros, que foi herança dos meus pais, passou pra ele e ele então assumiu isso aí. Trabalhava muito com os caseiros agricultores.

P/1 – Onde é Caibro?

R – Caibro é um bairro, um município de Bom Conselho.

P/1 – E você disse que ele trabalhava na própria fazenda?

R – Sim, daí nós tínhamos caseiros e ele ia pra roça com os caseiros, assim, plantação, essas coisas.

P/1 – Plantação de que que tinha?

R – De feijão, arroz, algodão. Não, arroz não, minto! Então, com feijão, milho, algodão, essas coisas.

P/1 – Izilda, pra produção, assim, vocês plantavam só pra sobrevivência ou tinha alguma produção assim que vendia?

R – Ele tinha na época ele tinha sim, porque eu lembro perfeitamente que ele vendia muito algodão. Agora não sei te dizer a origem, pra onde ia isso que ele vendia, mais algodão, né?

P/1 – E você falou que ele foi quase médico?...

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Título: Com 14 anos, Izilda aprendeu a defender sua família

Data: 8 de maio de 2014

Local de produção: Brasil / Santa Catarina / Joinville

Transcritor: Iara Gobbo
Autor: Museu da Pessoa

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