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História
Por: Museu da Pessoa, 10 de maio de 2014

Cleide saiu da Bahia e encontrou seu lugar em Santa Catarina

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Cleide saiu da Bahia e encontrou seu lugar  em Santa Catarina

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Meu nome é Cleide Barbosa dos Santos Dará, nasci em Lagoa Grande, Bahia, em 26 do quatro de 1970. Meu pai marceneiro e carpinteiro. Minha mãe é dona de casa e costurava também, mas só pra família. E como eu sou a irmã mais velha, eu fiquei incumbida, a vida inteira, de ajudar ela nas tarefas domésticas, de ajudar a cuidar dos irmãos, de tudo, desde muito cedo.

Quando eu tinha uns dez, onze anos eu fazia roupa pras minhas bonecas e ainda vendia pras minhas amigas (riso). Aprendi a fazer ponto cruz por curiosidade na escola, que a professora passou uma tarefa de Educação para o Lar, só que era pro meu irmão bordar em ponto cruz. Minha mãe ensinando e minha vó ensinando, e foi nessa época que eu aprendi a bordar. Era tudo torto, mas eu peguei.

Nós morávamos na cidade. Ah, tinha a praça da nossa cidade, cada final de semana se juntava todo mundo. Depois da igreja tinha a praça. A juventude toda se reunia ali. Era o ponto de encontro de todo mundo. Era sempre na praça. Tinha muita coisa, tinha lanchonete, tinha carrinho de pipoca, de vez em quando tinha shows. Ia pra igreja, mas a ansiedade era que tinha que terminar a missa logo, né?

[Minha mãe] ensinava algumas coisas, mas a maioria era de observar. A maioria das coisas que eu faço foi pela curiosidade e pela observação. E a tentativa, porque você vai fazendo, fazendo até que você alcança ali o que você quer. Eu desde pequena aprendi dessa maneira, mais pela observação e o tentar fazer que até hoje eu funciono assim.

Eu me formei com 19. Acho que eu tinha uns 16 anos quando comecei a trabalhar fora, tinha muita vontade, mas trabalhar na verdade, a vida inteira mesmo eu já trabalhava. O meu primeiro trabalho foi numa loja de tecido, que tem a ver, né? Aí eu aprendi a conhecer mais os tecidos, os nomes dos tecidos principalmente. Trabalhei de atendente de loja, tinha outra que era de variedades. Quando eu me casei, não trabalhava mais. Aí, tinha que ajudar o marido, eu...

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Plano Anual de Atividades 2013 – Pronac 128.976 – Whirlpool

Depoimento de Cleide Barbosa dos Santos Dará

Entrevistada por Márcia Trezza

Joinville, 10/05/2014

Realização Museu da Pessoa

WHLP_HV028_Cleide Barbosa dos Santos Dará

Transcrito por Ana Carolina Ruiz

P/1 – Cleide, nós vamos conversar a entrevista. Qual é o seu nome completo?

R – Cleide Barbosa dos Santos Dará.

P/1 – Onde você nasceu?

R – Eu nasci em Lagoa Grande, Bahia.

P/1 – Quando?

R – 26 do quatro de 1970.

P/1 – Qual o nome dos seus pais?

R – É Adedina Gama dos Santos e Zeferino Barbosa dos Santos.

P/1 – Qual a atividade do seu pai, principal?

R – Ele era marceneiro e carpinteiro.

P/1 – Ele é vivo ainda?

R – Não. Não.

P/1 – Sempre desenvolveu essa atividade?

R – Sim. Sim. Era a profissão dele.

P/1 – E sua mãe?

R – Minha mãe é dona de casa e costurava também, mas só pra família.

P/1 – Cleide, sua mãe você estava dizendo que era dona de casa.

R – Sim.

P/1 – Mas também?

R – Ela costurava, assim, um pouco, por isso que eu fui pegando as coisas dela. Porque ela de vez em quando estava na máquina e eu sempre estava curiosa ali perto, observando o que ela tava fazendo.

P/1 – Ela costurava pra fora ou só pra família?

R – Mais pra família, mas costurava pras minhas primas, né, minhas tias. Não profissionalmente, assim, pra ganhar dinheiro, mas sempre estava fazendo alguma coisa.

P/1 – Mas não cobrava por este trabalho?

R – Não.

P/1 – E que lembrança você tem do seu pai de quando criança ou jovem?

R – Ah, minha lembrança dele é mais na marcenaria trabalhando. Porque ele era o provedor da casa, então, assim, a parte afetiva ficava mais por conta da minha mãe. Ele só trabalhava. Domingo a domingo.

P/1 – E você se lembra dele trabalhando assim, tem alguma cena assim que você até hoje lembra?

R – Olha, tem várias.

P/1 – Fala pra gente.

R – Tem várias cenas, assim. Eu me lembro...

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