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História
Por: Museu da Pessoa, 30 de setembro de 2011

Casa de comércio

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Casa de comércio

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“Eu nasci em Botucatu nos anos 50. Era uma cidade bem típica do interior: pacata, tranquila, poucos veículos. Devia ter uns 60, 70 mil habitantes; metade do que tem hoje. Minha casa era grande e tinha sido projetada pelo arquiteto Leandro Dupré. Era antiga, mas com projeto, toda feita no estilo modernista. Ela fica lá na Rua Quintino Bocaiúva, no centro de Botucatu. Hoje ela está rodeada de edifícios, mas é a mesma casa. E a minha infância foi do tipo que era uma infância dos anos 50 e 60, de brincar na rua, de ter muito contato com a vizinhança. A televisão demorou para chegar, quer dizer, a televisão chegou no final dos anos 50, mas demorou a contaminar a comunidade. E a gente andava de bicicleta pela cidade – a cidade tinha muito menos veículos do que hoje. E toda essa brincadeira: futebol na rua com bola de meia, bolinha de gude e todo esse tipo de coisa, porque nesse tempo ainda não existiam os brinquedos eletrônicos. Uma das lembranças que eu tenho é que a gente ainda usava uma coisa que vocês não conheceram: uma caneta de pena! Você tinha aquele tinteiro que ia molhando, então a gente chegou a usar isso. E, antes da chegada da Bic, teve outra caneta esferográfica que eu me lembro do cheiro dela, enfim, e que era muito mais rudimentar. Quando estourava a ponta da caneta era um horror, porque saía aquela tinta superforte e tal. Um horror. Minha família também tinha uma casa comercial em Botucatu. Meu pai nunca foi sócio dela, mas meus tios eram os donos da loja. Essa loja se chamava Casa Armando. O imóvel, aliás, até hoje pertence aos meus primos. Ela ficava localizada num ponto central e vendia o chamado secos e molhados a granel. Eu tenho lembrança, por exemplo... Nós éramos, nós fomos basicamente criados juntos, daí que tinha essa coisa de família grande, que os primos se viam o tempo todo e eram como irmãos. Então eu visitava essa casa comercial constantemente e eu me recordo bem daquelas latas enormes de...

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Dados de acervo

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P/1 – Luiz, bom dia!

R – Bom dia!

P/1 – Eu primeiro gostaria de agradecer de o senhor ter aceitado o nosso convite, vindo aqui para essa entrevista, e começar pedindo para o senhor falar para a gente o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Luiz Carlos Amando de Barros, nasci em Botucatu, em 11 de abril de 1950.

P/1 – E qual é o nome dos seus pais, Luiz?

R – Meu pai é Armando de Barros Sobrinho e minha mãe Eondina Amando de Barros.

P/1 – E você chegou a conhecer os seus avós?

R – Conheci. Conheci a mãe do meu pai e a mãe da minha mãe.

P/1 – Qual era o nome delas?

R – O nome da minha avó materna, mãe da minha mãe, era Maria Olinda de Carvalho e da minha avó paterna, Ana Monteiro de Barros.

P/1 – Você sabe a origem da sua família? Sua ascendência?

R – Eu creio que há um misto de português e índio, uma coisa bem brasileira que já está aqui no meu país há mais de século.

P/1 – E qual era a atividade dos seus pais lá em Botucatu?

R – Meu pai foi um advogado em Botucatu durante 60 anos, de 1936 a 1994 e a minha mãe era chamada... Teve quatro filhos, é a chamada do lar.

P/1 – Certo. Então você tem três irmãos. Onde você está nessa escadinha?

R – Veja bem, na verdade eu tenho dois, o meu irmão mais velho, Luiz Antônio, foi uma das vítimas daquele primeiro acidente da TAM, em 31 de outubro de 96, e ele era um executivo da IBM. Então, nós somos hoje três irmãos apenas. E é isso, mas eu moro em São Paulo há muitos anos.

P/1 – Conta para a gente um pouquinho como era a sua casa lá em Botucatu, a sua infância, o que você se lembra de lá.

R – É, veja bem, eu cresci em Botucatu nos anos 50 e 60, que era uma cidade que tinha algo como 60, 70, 60 mil habitantes. E hoje tem mais de 130 mil, né? Era uma cidade dos anos 50, uma cidade pacata, uma industrialização baixa e poucos veículos. O ensino... Já era uma cidade conhecida pela qualidade do ensino que...

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