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História
Por: Museu da Pessoa, 27 de julho de 2021

Cada corpo tem uma história

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Cada corpo tem uma história

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Acho que a minha memória com eles está ligada diretamente a este espaço, a comunidade da Nova Holanda, onde a gente está agora, que é de onde eu venho. Meu avô paterno veio pra cá por conta da construção da avenida Brasil, logo em seguida minha avó também veio. Eles moraram primeiro na rua 3, que eu acho ser bem aqui atrás, depois passaram a morar na rua J, rua Marcelo Machado, que essa rua de frente onde nós estamos. Foi onde eu morei os primeiros 7 anos da minha vida

Então minha vida foi basicamente nesta rua, nesta rua que é a rua J. Eu sempre fui uma criança muito brincante na rua, então a rua era o meu primeiro espaço, eu acordava queria tomar café e mãe, “beijo e tchau, estou com as meninas”.

A gente brincava sempre, todos juntos, como eu era uma menina muito esperta corporalmente, eu acho que isso me dava um vale pra participar das brincadeiras dos meninos, que era de corrida, que era de apostar coisas; brincava de pic esconde, mamãe na lata, garrafão, taco

Eu via muita televisão, eu acho que a minha geração é muito da televisão, o início muito forte da televisão, a gente pode comprar, as pessoas pobres podiam de alguma maneira comprar televisão, eu acho que estava mais possível, então eu me lembro de acordar tomando café e já vendo Xuxa, era o programa da manhã, depois um pouco de desenho, ou quando eu ia pra escola e voltava e via desenho a tarde.

Aí na quinta série eu conheci uma menina, chamada Renata, que me convidou pra fazer uma aula de dança, de Street Dance, naquela época em Campo Grande, a gente tinha a camisa do colégio, que a gente podia entrar de graça, tinha esse passe, ainda não tinha a história do cartão e nada disso, a gente só entrava por trás. Aí eu fui fazer essa aula de Street Dance, foi onde a arte entrou na minha vida.

Era uma ONG que se chamava CAMPO, Centro de Apoio ao Movimento Popular da Zona Oeste, e foi lá que tudo começou, então lá tinha aula de serigrafia,...

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Entrevista de Luana da Silva Bezerra

Entrevistadoras Paula Ribeiro / Andreza Dionísio

27/07/2021

Realização: Museu da Pessoa

Projeto: Mulheres da Maré Dignidade Resiliência e Arte

Entrevista número MDRA_HV0004

00:02:48

P/1 - Boa tarde Luana, super obrigada por ter aceitado o convite, para participar do nosso projeto, concedendo seu depoimento de história de vida, trajetória pessoal e profissional, para o nosso trabalho. Meninas, eu agradeço a parceria, muito obrigada. Eu gostaria que você me desse o seu nome completo, local e data de nascimento, por favor!

R - Meu nome é Luana da Silva Bezerra, minha data de nascimento é 07/05/1985, eu sou do Rio de Janeiro.

00:03:30

P/1 - Tem essa história do seu nome?!

R - Eu sei o que não foi. Teoricamente o meu nome ia ser Luanda, era o que minha mãe tinha escolhido para mim, aparentemente, aí minha avó paterna sempre ficou resistindo ao nome, e a gente não sabia exatamente o porquê, isso são histórias e eu confesso que nem sei se isso é verdade, mas existe essa história no entorno do meu nome né. E aí, num certo momento, minha mãe perguntou: “Mas porque Jura?”; O nome da minha avó era Juraci, “Porque que você não quer que ela se chame Luanda? Imagina se ela é lenta e você tem que ficar, ‘anda Luanda, anda…’ ou se os meninos implicam com ela na escola e vão chamar ela de Luanta”. E aí essa coisa ficou, e sei lá porque meu pai decidiu colocar Luana e não Luanda. Confesso que eu não sei se essa história é inventada ou se ela é real, eu sei que tem essas histórias, eu ouço, mas também não tenho a certeza. E eu nunca cheguei a perguntar para a minha avó, pra confirmar isso, mas tem essa brincadeira aí.

E em relação ao sobrenome, quando eu falei fora da entrevista, quase foi Polícia. Porque o pai da minha mãe tem o nome polícia, não existe em lugar nenhum, eu acho! O meu bisavô que era policial em Natal ou o tataravô que era policial, aí todos os filhos ficaram...

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Título: Cada corpo tem uma história

Data: 27 de julho de 2021

Local de produção: Brasil / Rio De Janeiro

Entrevistador: Paula Ribeiro
Transcritor: Lids Ramos
Autor: Museu da Pessoa

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