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História
Personagem: Helio Reale
Por: Museu da Pessoa, 12 de julho de 2016

Banana e cachaça

Esta história contém:

Banana e cachaça

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Meu nome completo é Helio Reale. Nasci dia 25 de novembro de 24, data de nascimento. Nasci na Ilhabela, mesmo. Aqui no centro. Meu pai era italiano, meu pai veio para o cá para Ilha com 12 anos de idade, porque o tio dele era padre aqui, padre aqui na região. Ubatuba (SP), Caraguatatuba (SP), São Sebastião (SP) e Ilhabela, nas quatro paróquias. Aqui ficou, conheceu minha mãe, casaram e aqui fizeram a vida deles até falecerem, os dois.

Meu pai era italiano, tinha propriedade aqui na Ilha, tinha fábrica de pinga lá em Castelhanos. Castelhanos é um lugar atrás da Ilha. Ele tinha fazenda lá com produção de banana, produção de cana e fábrica de pinga, né?

Favorita.

Eu sou filho daqui da Ilha. Sou nascido e criado aqui. Eu me sinto bem aqui. Vivi muito tempo em São Paulo, né, quando eu era moleque, eu fui sorteado para o Exército, do Exército, eu não vim mais para cá para a Ilha, eu fui para São Paulo e em São Paulo, eu fui trabalhar numa firma SKS do Brasil, e lá eu trabalhei 15 anos. Depois, conheci minha senhora até hoje, nós casamos e viemos para cá. E aqui estamos até hoje.

Eu tenho quatro filhas, não tenho filho homem, tenho quatro filhas mulheres, são as quatro casadas, tenho os netos, tenho parece que oito netos.

Bom, eu quando voltei pra cá, nós tínhamos uma propriedade lá atrás da Ilha, em Castelhanos, uma fábrica de pinga, engenho de cachaça e nós fabricávamos a pinga lá e vendia toda. Então, a atividade era essa. Engarrafar pinga, rotular toda e depois, entregar no comércio, vender. Essa era a atividade.

Nós fazíamos as duas coisas junto, né? Nós tínhamos a produção da banana, tínhamos os bananais que produziam e tínhamos a produção da cana, o engenho.

Eu trabalhei com banana muito tempo. Eu tinha caminhão, levava banana pra São Paulo. Carregava… plantava, carregava o caminhão e levava para São Paulo. Mas nós já tinha freguês certo lá para entregar, chegava lá o caminhão, entregava a...

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P/1 – Então Helio, boa tarde. Primeiro, eu gostaria de agradecer do senhor ter aceitado o convite para essa entrevista. Pra gente começar, eu queria que o senhor falasse o seu nome completo, a data e o local do seu nascimento.

R – Meu nome completo é Helio Reale. Nasci dia 25 de novembro de 24, data de nascimento. Nasci na Ilhabela, mesmo. Aqui no centro.

P/1 – Fala pra gente seu Helio, o nome dos seus pais.

R – Leonardo Reale e Alzira Reale.

P/1 – Fala pra gente um pouquinho da história deles, eles eram já daqui de Ilhabela?

R – Meu pai era italiano, meu pai veio para o cá para Ilha com 12 anos de idade, porque o tio dele era padre aqui, padre aqui na região. Ubatuba (SP), Caraguatatuba (SP), São Sebastião (SP) e Ilhabela, nas quatro paróquias, o tio dele era padre aí. E o meu pai veio pra cá com 12 anos, aqui pra ilha, aqui ficou, conheceu minha mãe, casaram e aqui fizeram a vida deles até falecerem, os dois.

P/1 – E a sua mãe?

R – Minha mãe é santista. Ela é de Santos (SP), filha de Santos.

P/1 – E como que ela veio parar aqui? O senhor sabe?

R – Ela veio menina pra cá com uma senhora que criou ela desde pequena até ela ir para a escola, aí, depois o meu pai é italiano também, veio da Itália pra cá, que o tio dele era parco aí e aí, conheceram, casaram e viveram a vida, né? Aí, tiveram os filhos. Tiveram cinco… nós somos cinco, éramos, né? Já são todos falecidos, só tem eu vivo.

P/1 – E o senhor estava em que lugar nessa escadinha? O senhor é em que ordem de filho?

R – Eu sou o terceiro.

P/1 – Daí, como que era composto?

R – Nós éramos em cinco.

P/1 – Tá, dois mais velhos…

R – Quatro homens e uma mulher, né? E os três mais velhos e a menina que era a última, né?

P/1 – E o que seus pais faziam?

R – Meu pai era italiano, tinha propriedade aqui na Ilha, tinha fábrica de pinga lá em Castelhanos. Já ouviu falar em Castelhanos, né?

P/1 – Não. Conta…

R –...

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